domingo, 30 de novembro de 2008

Gravity by Vienna Teng







Sim, chovia e fazia frio...mas era isto que ouvia cá dentro constantemente e me aquecia.

Bom fim de semana, volto 2a feira, depois da formação missionária.

Levo a tua dezena.Com cores.Continentes.Com fé.Unidos.

sábado, 29 de novembro de 2008


Knockin' on heaven's door...and asking for sun.



Uma noite de trovoada, cortou a luz durante horas...

Lembro-me de adormecer, por entre clarões e trovões assustadores...mas só sei que acordei com o regresso da luz a ligar tudo o que tinha no quarto e na casa, eram precisamente 8h30!

Tarde demais...devia ter acordado ás 6h00...fiquei danada comigo mesma.Nem o telemóvel que estava a carregar escapou e até ás 12h não funcionava, nem ligar, nem desligar, nada.

Ás vezes penso porque acontecem estas coisas?Talvez porque tinha mesmo que ficar.

Mas amanhã ainda vou a tempo.Quero crer que sim...

Hoje, o País acordou com um frio de rachar e neve em muitos locais...fecho os olhos e imagino a minha serra da estrela...branca.

O dia cinzento convida a estar em casa, e a dedicar-me tempo.A parar.

Detenho-me a olhar para a janela, e a ver a chuva cair, há qualquer coisa de mágico nisto...enquanto uma caneca de café arrefece em cima da mesa, os pensamentos voam.

O mês que me viu nascer, chega ao fim...e entramos nesse mês que marca sempre.

Há dias fiz um amigo, e coisa mais preciosa no mundo não há.Tem 80 anos.

Hoje, fico por aqui, com a chuva na janela, o café, o aquecedor e as luzes de natal que piscam sem parar que coloquei junto á secretária...logo mais, o abraço da minha Renata.


Tarde de vendaval lá fora e tanta calma cá dentro.


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Emiliana Torrini - Today has been Okay

Today Has Been Okay - Emiliana Torrini



Como se o sol de Inverno, ao tocar-me a face, me segredasse que sim, que está tudo bem.E as folhas das árvores tornam-se cada vez mais vermelhas.



quarta-feira, 26 de novembro de 2008




Está tanto friiiooooo...






















Parece que o frio chegou em força.
Agasalhem-se, pois amanhã são esperados 4º c de temperatura miníma.
E apteceu-me enviar um abraço quentinho, a todos os que AMO.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008





E hoje és tu!



















E em 1981, (já eu descansava no meu berço na maternidade), nascia umas horas depois, a Renata.Era uma noite fria de Novembro...segundo consta e foi assim que quisemos vir ao mundo.
Eu sabia, que naquela noite, tinha ouvido um choro que me seria familiar para o resto da vida...secalhar cruzámo-nos no corredor, ou as nossas mães, estiveram lado a lado, a sofrer as dores do parto.O que elas não sabiam é que deitavam ao mundo nesse momento duas vidas, que mais tarde se iriam cruzar de tal forma, que só a morte as poderá separar.

No ano de 2001, partia eu numa missão, para a bela aldeia de S.paio...Gouveia, com o grupo de jovens.Era Agosto.
Alojados na casa do Padre, somos alvo de atenção por parte de toda a terra, que nos presenteia com bens alimentares e ajudas mil.Numa dessas ajudas, aparece a Renata com os seus avós, curiosa por tantos jovens da sua idade e desde logo, ou porque nos reconhecemos desde aquela noite na maternidade, ou porque tinha de ser assim, nunca mais nos largámos.Eu, mostrei-lhe o lado bonito da missão e o que ali estava a fazer.Ela, aceitou o desafio e ajudou no que pôde, mantendo-se por perto.
Passámos um dia na barragem da serra, no aniversário do seu avô, era uma grande churrascada de família e eu naquele momento, passei a fazer parte dessa família também.O dia, foi passado a andar de barco, um barco de borracha amarelo que estava furado e iamos acabando a boiar na água em busca de socorro, bem longe da margem. Demos voltas e mais voltas sempre a conversar rodeadas de montanha, num sol escaldante que viríamos a beber muitas vezes juntas, sem o sabermos.Foi um dia bem passado e que nos deu a descobrir esse facto de termos nascido quase ao mesmo tempo...de estudarmos na mesma faculdade, entre outros.
As cartas estavam na mesa.
Ainda hoje as jogamos e nunca ninguém perde e ninguém ganha.
Os anos passaram e lá estávamos nós, lado a lado.Férias juntas nessa aldeia serrana, aventuras pelo mundo, descobertas, crescimento.


Em 2003, eu deparei-me com uma doença grave, na qual ela sempre esteve presente com o seu sorriso meigo e paciência inegualável.

Em 2004, a Renata parte pela primeira vez para terras de Timor, para dar aulas, deixando em mim uma saudade funda, mas uma ligação forte, intemporal e capaz de resistir a qualquer adversidade.A saudade foi-se superando, nas visitas a Portugal, de uma forma intensa.


E no verão de 2006, depois de tanto falar de Taizé ao longo do anos, consigo cativar a Renata a ir a Taizé.Foi uma mudança na vida dela.Um ponto de viragem que a fez olhar a vida, a fé e o mundo mais de perto.Ela trabalhava, empenhava-se, entregou-se a tudo o que descobriu.
Os amigos nasceram pareciam cogumelos...e nunca mais aqueles olhos e sorriso, foram os mesmos.Passaram a ser mais iluminados, confiantes, doces, belos, cheios de Deus.

Os anos passam e entre Portugal e Timor, vive a Renata.Ainda hoje é assim.Despedidas no aeroporto ou esperas de 7h pela chegada, malas perdidas e peripécias.
As cores de Timor foram aparecendo na minha vida, mal sabendo eu que um dia talvez pudesse partir para lá.
Mas o tempo que passamos juntas é ainda hoje, recheado de gargalhadas, de lágrimas quando é preciso...de confidências únicas, daquelas que não se dizem a mais ninguém.Sabemos ler o olhar e as palavras uma da outra e prever as reacções.A minha casa, é a casa dela e não precisamos de hora e dia marcado para aparecer.Ninguém tem a calma de me dizer as coisas como ela...e convence-me sempre.É incrivél.Conhece-me tão bem e eu a ela.
Sabemos que na vida, podemos perder tantas coisas, mas também sabemos, que por mais voltas que a vida possa dar, nós, inaugurámos a palavra Amizade, assim que nos conhecemos...e é com ela que vamos selar a caminhada sobre a terra e continuá-la mais além.
Sim amiga, velhinhas de bengala, a beber chá e a comer scones, a rir muito das aventuras vividas,algumas que contadas niguém acredita...




Cresceste no nosso jardim, e tornaste-te numa das árvores mais belas e frondosas que me dá sombra em dias de calor, frutos, abrigo, solidez, cor, e ar puro e limpo.

Nesse mesmo jardim onde vive, uma gnoma,umDuende, e um baterista que ama o mar. =)

Eu não saberia não te ter.



Obrigado.

Utopia

Alanis Morisette - Utopia -



we'd gather around, all in a room,

fasten our belts, engage in dialogue

we'd all slow down, rest without guilt,

not lie without fear, disagree sans judgement

we would stay, and respond, and expand, and include, and allow, and forgive, and enjoy, and evolve, and discern, and inquire, and accept, and admit, and divulge, and open, and reach out, and speak up

This is utopia this is my utopia

This is my ideal my end in sight

Utopia this is my utopia

This is my nirvana

My ultimate

we'd open our arms, we'd all jump in, we'd all coast down, into safety nets ,we would share, and listen, and support, and welcome, be propelled by passion, not invest in out comes, we would breathe, and be charmed, and amused by difference,be gentle and make room for every emotion

This is utopia this is my utopia

This is my ideal my end in sight

Utopia this is my utopia

This is my nirvana

My ultimate

we'd provide forums, we'd all speak out, we'd all be heard, we'd all feel seen,we'd rise post-obstacle, more defined more grateful, we would heal, be humbled,and be unstoppable, we'd hold close, and let go, and know when to do which, we'd release, and disarm, and stand up, and feel safe

this is utopia

this is my utopia

this is my ideal

my end in sight

utopia this is my utopiat

his is my nirvana

my ultimate *




Um Domingo para recordar...









O dia acordou azul, luminoso e quente.
Assim estava eu, mal abri os olhos, eram ainda 8h da manhã com o telefone, e uma voz amiga a gritar: PARABÉNS!
Ainda com sono, que bom acordar assim...
Depois ainda me lembro que sonhei.Voltei a acordar eram 10h, e aí já não podia mesmo que quisesse, ficar parada, o dia começava...

Seguiu-se um turbilhão de sentimentos de cada vez que falava com um amigo...e dava uma boa gargalhada, com saudade.
O almoço em família, foi acolhedor e os raios de sol inundavam a casa dos meus tios, onde nos reunimos.O meu pai, estava feliz e sei que hoje, vestiu-se de uma força que há dias eu já não via...para me dizer, que celebra este dia com amor.
Depois foi partilhar uma bela refeição que alguém preparou com carinho, e como é bom demorar á mesa, só porque sim, perdidos em 1000 conversas.Sem pressas...
Pelo meio da tarde, era tempo de dar atenção á amizade, essa família que escolhemos e é tão importante.
Foi uma tarde para respirar fundo.Para sorrir docemente, sobre os locais que amo...e abrir os olhos e o coração, a todo um sem fim de coisas belas que o dia me ofereceu.
Algo de divino me habitava o rosto, o olhar e o sorriso...mas mais que isso o coração.
A vida é já por si, um presente tão precioso.
Foi esse presente que me entretive a desembrulhar como uma criança, todo o fim de semana, e a saboreá-lo com mais tempo e atenção.Partilhando-o.

E sabem o que vos digo, eu possuo um tesouro em vos ter, em algum dia vos ter tocado e nos termos cruzado.
Sou feliz e trago ainda comigo o cheiro, o som e a luz do mar que neste dia me abraçou mansamente.
Trago as vossas vozes ao meu ouvido...as vossas palavras e desejos profundos.
O dia terminou pelas 23h, pois amanhã é dia de trabalho.

Mas agora deixo imagens da magia...e uma oração ao pôr do sol.






















Grata pelo dom da vida.
Muito.Tanto.Cada vez mais.Sempre.



domingo, 23 de novembro de 2008

PARABÉNS A MIM...


Melhor presente, estar viva.E o dia de sol que bebo sem parar.


*

sábado, 22 de novembro de 2008

Ontem na Peninha...
Não sei olhar para a noite, sem me comover com a beleza que ela traz, naqueles dias ventosos em que pareço distante e em que me esqueço de tantas coisas. Quando estamos longe, é exactamente este o momento que repito em segredo, é com esta imagem que me convenço que afinal ainda há tanto a celebrar, que o Outono em que nasci, é uma estação cheia de folhas douradas que revolvemos com a ponta dos nossos sapatos.

Fechas os olhos quase timidamente enquanto levas a mão à cabeça e é tudo tão delicado que me sinto incrédula perante tantas estrelas cadentes, perante uma lua que nos sorri e um silêncio de ouro que nos inunda até ao fundo - este local para começar o fim de semana foi muito bem escolhido por ti.

Quero-te tanto, mas deixo que o vento te mantenha seguro, longe de mim, longe do meu desejo de te prescutar os sonhos.

Pedacinho de alma, não sei se te hei-de chamar assim.Ficamos horas a divagar sobre o mundo e o universo,ali mesmo debaixo dele, mas tu olhas-me com essa doçura tão grande, olhas-me sem pressa, como se o meu olhar te fizesse sentir seguro e te desse certezas daquilo que procuras.Soubesse eu as respostas, mas apenas te posso dizer, que sim, que a tua espiritualidade sente-se, faz sentido e pode chegar muito longe, ajudar tanta gente.

Quero fixar a placidez com que encostas o teu rosto ao tecto da noite e à pedra, a forma como encaixamos durante as recordações, tu tranquilo, eu consumida pela imagem da noite.

Quero que sejas sempre assim, quero ouvir-te dizer o ainda e sempre e prometer que estarei para sempre junto de ti.

Quero sentar-me devagar junto á parede do mundo, onde as luzes em alvoroço lá ao fundo, nos fazem imaginar vidas e sentir a tua luminosidade como um foco de paz ali ao lado.

Mas quando fecho os olhos, tudo o que vejo são ainda estrelas cadentes.

-"Viste??

-Vi!!"

E as estrelas cadentes são belas, mas fugazes.

Ainda sinto é o frio desta noite.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008





1º Cabelo branco...





























Coincidência ou não, a dois dias de completar 27 anos, descubro o meu 1º cabelo branco!
É Histórico na nossa vida.Digam-me aqueles que já os têm...há muito.
Isto inspirou-me para uma reflexão, de certa maneira..
Durante anos, andei com os cabelos ao vento, soltos e encaracolados, eram lindos.Depois quando o perdi todo, senti tanta falta dele, acabou por crescer, mais forte, mas não era o mesmo, e lá vieram as tranças...encantar o meu mundo.Já lá vão quase 5 anos de tranças.Talvez até tenha mais do que um cabelo branco, mas elas (as tranças) não me deixam ver.Mas não penso em pintá-los um dia, ou esconder.
Afinal ainda é só um, e os cabelos brancos têm o seu encanto e beleza.
Mostram uma vida cheia, mostram experiência, sabedoria, transmitem confiança.Mas isso é, quando são muito juntos, não apenas um desgarrado, como eu o encontrei reluzente...Não deixa de ser um choque, confuso.
Pronto não me senti mais velha, mas não deixou de me alertar para o tempo que passa.
Bom seria um dia, ter a cabeça repleta de branco, era sinal de que vivi uma vida inteira...e cheguei ao fim, com muitas histórias para contar.
Mas não me posso queixar, porque apenas com um cabelo branco, (que arranquei velozmente), já tenho muito para contar...e ao olhar para trás, tenho uma vida, cheia de bons momentos e aprendizagens importantes, nem tudo são rosas está claro, mas são esses momentos que nos fazem mais fortes e felizes.
E com tudo aquilo que ainda quero viver, os cabelos brancos serão certamente testemunhas dessa felicidade e aventura que é a vida.


Vou passar o dia a pensar no meu 1º cabelo branco...e pensar que daqui a 48h, somo 27 anos de vida.

Os dias antes são sempre assim, pensativa, mas muito feliz pelo dom da vida que ia perdendo lá atrás...mas agarrei.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


(cá dentro)




As luzes de natal, acenderam-se um pouco por toda a parte, a minha cidade, desde muito cedo, este ano, apostou numa iluminação muito bonita.

No autocarro, oiço alguém comentar, que "estas luzes todas, não são mais do que um chamariz para o consumismo mas este ano com a crise, nem as luzes salvam os comerciantes!"

Eu tiro sempre o lado positivo das coisas, e recuso-me a acreditar que estas luzes se acendam apenas nas ruas, e só é consumista quem quer.

Mas se ao olharmos para elas, nada nos desperta cá dentro, então são apenas pequenas lampadas, alimentadas pela electricidade.

Em mim acendem sempre algo de mágico e fazem-me sentir mais quente, cá dentro.

As noites estão geladas e estou a 3 dias de fazer anos, passo por estas luzes, sentindo uma companhia.

Pela rua soa apenas o som dos meus guizos a dar o toque final de um cenário de natal e a lembrar-me sempre o lado mágico e encantado das coisas.


















Por vezes sabe tão bem entrar em casa e, deixar lá fora toda a estupidez humana.

Como hoje!


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pôr do sol de Domingo.




Foi num local que nem sonhava existir, com um amigo "ultra-secreto", que decidiu partilhar um dos seus tesouros comigo.
Eu aceitei, e fui surpreendida.Porque ás vezes não é preciso muito, para me deixarem este sorriso na cara, as coisas simples são o que basta, para iluminar um dia.














O ar era puro.
Ao fim da subida, já podia sentir o som do mar, a paisagem era deslumbrante dourada pelo fim de um dia do qual eu me ia despedir.Porque os dias bons ou maus merecem que lhes digamos, Obrigado e que os esperemos com confiança.
Perante o que via e sentia, só uma palavra me vinha á mente.PAI.
E foi ali mesmo, que proferi uma oração, e pedi com todas as minhas forças olhando a linha do horizonte, pelo meu pai.
Sei que fui ouvida, é impossivel que não me tenham escutado.











E a viagem do sol, até ao outro lado do mundo, começou.
Imaginei como sempre, quantas pessoas do outro lado, o viam nascer, enquanto acordavam para mais um dia, ou se dirigiam para o trabalho...ou simplesmente, quem mais comtemplava tal espetáculo, aquela mesma hora, de pontos tão diferentes, ou ainda todos aqueles que o ignoram e correm apressados, deixando passar ao lado a magia que é viver, ainda com todas as coisas que nos custam.
É dessa magia que não abro mão e é ela que me move e mantém.
A essa magia também chamo, FÉ.
E aí sim, um sorriso nasceu em mim.


Depois foi só esperar que a terra girasse...e as primeiras estrelas aparecessem no céu, anciosas por brilhar...numa noite que lhes pertence.


No caminho para casa, a luz era esta...e as estrelas não se acenderam apenas no céu, mas dentro de mim também.
É com elas, que entro em mais uma semana e penso que alguém há-de reparar no brilho que têm.
E se têm.



Obrigado ao amigo ultra-secreto ;)
Boa semana a todos =)


domingo, 16 de novembro de 2008


Pai




Há dias, que guardo este sentimento.
O meu pai, está numa fase, muito delicada, da sua doença.Por estes dias, desde que chegou do alentejo, passa o tempo na cama, ou a ver televisão, recebe muitos telefonemas, que nem por isso o animam, qualquer tentativa de o tirar de casa, para passear, apanhar ar ou sol, é vã.Não quer ver o mundo.
Ontem, desmaiou, ainda não se sabe ao certo a causa, mas possivelmente uma quebra de tenção, pregou-nos um valente susto.
Hoje, chorou.Dei com ele a limpar as lágrimas, em surdina, com o seu lenço riscado de pano.
Hoje chora porque está triste, não quer estar doente, não quer voltar ao sofrimento que é a quimioterapia, sente-se a enfraquecer.Sente-se sem forças físicas e psicológicas.
Não há nada que já não lhe tenha dito, para o animar, para o encher de esperança e sentir que não está sozinho.Não há dia que não o abrace, que não o encha de carinho e fale com ele.
Mas ele está a chegar a um ponto que eu não sei mais o que fazer?
Mas a verdade é que acaba mesmo por estar sozinho.
Nestas coisas, eu acredito que a palavra possa curar a alma, que a presença seja ainda mais importante, mas há lugares que não se preenchem, palavras que não chegam...
E há dias que nada parece ser suficiente.E nos sentimos inúteis.
Sentimos, mas não somos.
E vou continuar aqui, até quando Deus quiser, mesmo que para isso, não possa ter uma vida só minha onde faço tudo o que me apetece, o meu Pai está primeiro.
Sei ,que também eu não tenho atravessado uma fase fácil, porque me salta o mau feitio,porque ando preocupada, porque corto relações, porque não entendo que algumas amizades sejam a 50%, numa altura destas em que o que precisamos é esses 100%...talvez exija demais.Sim.
Mas sei, que só os sentimentos verdadeiros, resistem ao tempo, ás dificuldades e á dor.
Tudo o que não estiver lá, quando a tempestade passar, foi com o vento...e eu não espero mais encontrar.
É duro, mas é assim.



Gnoma







Porque ela hoje faz anos!

Porque me enche de cor e ao mundo também, com um simples olhar...

Porque ela é cor...

Por estar sempre aqui e dar sentido á palavra Amizade, por tudo isto e muito mais,

PARABÉNS GNOMA!

Gosto-te* saudades

sábado, 15 de novembro de 2008

Manue.



Recordo o seu sorriso e olhar brilhante.
Recordo o acolhimento fantástico na sua cidade de Esbly, nos subúrbios de Paris, quando lá estivemos na semana a seguir á Páscoa.
Recordo, a sua paciência em nos guiar pela cidade, e explicar tudo e mais alguma coisa, ou nos mostrar aquele restaurante.
Recordo também, os seus Pais, que em visita á Manue, jantaram connosco em sua casa.
Recordo o pai, um homem já de certa idade, forte, baixo, olhos verdes, muito verdes e de um sentido de humor único, lembro-me que estava cheia de febre me ri durante todo o jantar, pois ele não paráva de dizer piadas, no seu francês carregado.


Na 4a feira passada, ele partiu para junto do Pai, inesperadamente.
Não quero sequer imaginar a dor da Manue, mas quero dizer-lhe que estou com ela e que não me esqueço de pedir por ela e pela sua família.
Ver partir a pessoa que nos pôs no mundo, deve ser tão duro...


















Manue:

Les personnes que nous aimons,sont toujours avec nous, toujours dans notre coeur, ils ne meurent jamais.
Je partage ta douleur.
Je te fais un très gros calin, rien que pour toi.
Rita.
Ontem...já passou.







Precisava definitivamente de me distrair e consegui da forma mais simples que conheço: Um grande amigo.Um chá quente. Música. Primeiro, música para ver; depois, música para conversar e, finalmente, música para dançar.Há tanto tempo que não saía para dançar.Tudo completamente inesperado.
Foi no Croissant, na baixa de lisboa,um espaço que há muito, marca a diferença e dá oportunidade a novos sons e projectos.
Enquanto o som está moderadamente alto, tenho menos espaço na cabeça para pensar e liberto o resto do corpo para a dança. Numa paz imensa todos dançavam ao som do Reaggue - era como se tivesse apenas que dançar.Ali não há espaço para vergonhas ou timidez, cada um rodopia aos trejeitos da alma.
Aliviada pelo som, deitei-me pela primeira vez em dias sem pensar em nada. Deitei-me e dormi. Não quer dizer que doa menos, só significa que hei-de conseguir controlar as lembranças.
Sem esforço, consigo ainda ouvir o som do teu riso e da tua voz grave ou perceber que tentas estar bem e inventar qualquer coisa para me fazer rir . Insistes que podia voltar a ser a Rita, enquanto eu desminto e digo que não sei ser nada mais do que a Rita. Tu achas que não, mas eu digo-te que só o tempo pode curar o tempo que sobre nós passou.Afinal o que a vida faz em nós, não te mudou só a ti, mas quem sabe a mim também...mas mudanças que não me vão nunca tirar o rosto nem o jeito de ser.
Gostas da minha presença e eu gosto da tua e estamos bem assim.
As nossas conversas são cascatas de curiosidade que correm sobre olhos que fazem perguntas em silêncio, que dizem tudo o que só conseguimos dizer quando estamos sós. Respondo a todas as tuas perguntas e coloco as minhas também, só para perceber o que ainda somos,(pois sei bem o que fomos), só para falar em círculos, só para evitar que as coisas se precipitem.
Há um mapa-mundi na minha cabeça, que me mostra a distância que um dia nos separou e aquela que se colocou entre nós há uns tempos. Eu olho seriamente para ele, como se pudesse antecipar esta sensação de abismo em que nos envolvemos. Mas logo o teu cabelo escuro me prende a atenção e logo os teus sonhos me distraem e logo os teus olhos se prendem nos meus tão demoradamente e está frio e é Novembro outravez.
As horas parecem intermináveis enquanto me abraças, ou te ris comigo e te levantas e pegas na tua caneca de chá com mel e matas a sede, são infinitos minutos a saber o que estamos a perder, uma pequena eternidade tentando gravar todas as memórias em que nos enrolamos devagar.
Fingimos que amanhã vai ser igual e depois de amanhã vamos estar no mesmo sítio para aliviar o sufoco da saudade que já ataca, mas sem grande sucesso. Enquanto um outro dia vem a caminho, enquanto os brilhos transformam os nossos olhos em pequenas pérolas brancas, despedimo-nos o mais serenamente que conseguimos. Sem olhar para trás uma única vez, sob pena de nunca mais conseguir ir embora.

Não me interessa o que passou,nem o que fazemos a seguir. Eu não vou esquecer.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008






Pózinhos de sonho...















"-Estás a ver,foi assim, quando o primeiro bebé se riu,

pela primeira vez, o seu riso partiu-se em mil bocados,

que se começaram a espalhar, e esse foi o princípio das fadas."








E porque não?
















***

Nouvelle vague - In a manner of speaking...



in a manner of speaking - nouvelle vague







In a manner of speaking...

I just want to say...

oooh give me the words...that tell me nothing.

oooh give me the word, that tell me everything...

*

segunda-feira, 10 de novembro de 2008



Descobri isto...





























Acorda, agarra-te á vida, saboreia cada segundo que passa, nutre o que sentes por ti, para o ar que respiras.

Enala a luz que resplandece em tudo o que vês. Exalta, e grita..livre... livremente...

Adquire as tuas proprias asas, e voa em frente, segue rumo ao infinito, ao nascer da aurora, e até ao pôr do Sol. Corre na praia deserta, desfloreia a areia virgem, vislumbra as pegadas que criaste, enaltece de louvor ao amor que em ti reside.

Rega o teu coração com aquilo que de bom sentes, retira dele, as folhas podres, mas respeita-as, usa-as como adubo, e verás que o teu coração ganhará nova cor. Resplandece ao luar, alegra-te com o nascer do dia, com o cantar dos pássaros, com o simples bater de um tic-tac incompreensivel mas existente, tal como tu ou eu.

Percorre o caminho, mas lembra-te sempre por onde passaste, vislumbra as paisagens, o céu e o horizonte; abraça o vento, a chuva e as marés...
Percorre tudo o que os teus olhos permitam percorrer; percorre tudo com o olhar que não vê...



1º Passo...







(Taizé páscoa 2008)






O caminho começou...eu parti ontem, de certa forma.
Tudo porque partir, não é um acto isolado, no dia em que deixamos tudo para trás, para ir ao encontro de quem precisa de nós.
É agora, que começa o deixarmos aos poucos muitas coisas para trás, para poder abarcar outras, também importantes e decisivas.
Sinto que já estou com o pé na estrada e não vou sozinha, á minha frente, vai um Pai, que me guia...e sabe o que é melhor para mim, mas sobretudo o que é melhor para os que vou encontrar neste caminho, cá e lá.
Para já, a minha missão é aqui e agora.
Confesso que vim para casa, com uma mistura de sentimentos, o coração apertado,algum receio, a ginástica que vai ser conciliar tudo para poder não faltar a nenhuma formação, mas vim feliz. Sei que é um caminho Duro, mas belo, muito belo.
Afinal, se não houvesse receio não estava a ser vivido no fundo e por dentro.
Feliz aquele que teme, mas mesmo assim não deixa de avançar.
Ps.Ter ao meu lado a Catarrrinnnaa, é uma força.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008



A porta abriu-se e ela entrou...









(Batendo a uma porta 7...em Durham, Novembro de 2007)







Hoje foi um dia em que a Saudade me bateu á porta e entrou sem pedir.
Sentou-se, bebeu um chá e tomou o seu lugar, até agora.
Julgo que me vai acompanhar até vir o sono.Por isso escrevo.
Não sei porquê.
Talvez seja de me ter, finalmente, apercebido que o frio está aí e que as nuvens em casa, vistas da minha janela, parecem carregadas de neve em vez de chuva.
Talvez esteja relacionado com o facto de ter o meu Pai de volta a casa...e sentir saudades do alentejo, de sentir que Novembro é o mês em que vim ao mundo, de ter calçado meias para dormir pela primeira vez e já me apetecer uma braseira.
Sentir que é inverno e o Natal está aí.O tempo corre.
Mas sobretudo de me lembrar do meu aniversário do ano passado, e da viagem ás terras altas da Escócia..."que a fiz de manhãzinha"!
Talvez não me apeteça fazer anos para dar uma festa, como se julga ser normal.Normal é celebrar todos os dias, com quem sentimos que está também em dias de temporal, essa festa acontece dentro de mim e dos que me amam, não me sinto com esta idade, se não sei que idade tenho.Sinto-me sempre uma miúda, que ainda não pensa em casar, nem em morar sozinha...que pensa apenas passar o resto da sua vida a mudar o mundo, a semear sorrisos e a ajudar quem não conhece.Só porque sim...porque sente até á alma, ser esse o seu caminho.
Talvez me falem às vezes do rumo natural das coisas, aquele que todos seguem, como rebanho, mas eu não o sigo e não sei porquê...sinto que não é o meu.
Talvez sair com os amigos, não chegue. Talvez um chá não aqueça. Talvez tenha demasiadas saudades de quem não devo. Talvez as pessoas nunca sejam mesmo aquilo que parecem. Talvez precisasse de travar abruptamente o rumo das coisas.
Mas não...não tenho que travar nada, apenas permanecer.
Há dias em que a nossa tristeza nasce onde? Faz-se de quê?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

Dia de Finados



O dia de Finados, leva a terra inteira ao cemitério, para honrar aqueles que já partiram...e por isso hoje, senti no meu pai, alguma saudade, nostalgia...daqueles que amou e aqui descansam nesta terra de Paz!
No entanto, vejo que estes dias lhe fizeram muito bem, exterior e interiormente.
Era isso que desejava e aconteceu.
Só queria que esta força não se apagasse.
Ontem á noite, ainda fui mordida por um vampiro...os efeitos, ainda não se fizeram sentir!






Hoje o dia acordou assim...









Depois do almoço, fomos até Monsaraz, ao castelo encantado...









Ruas claras...







Um cafézinho no Xarez...
Um local, mágnifico, com uma vista única sobre as planícies...música ambiente, puffs, e o sol a tornar perfeito o local.







Primos...como lagartos ao sol.















Verde, num horizonte sem fim...







Branco e Xisto...



Eu e o João...





Reflexos...












Porta para o horizonte...









A confraria do Pão, á saída da Vila...Acabado de fazer, ainda quentinho.




Aiiii o Pão alentejano!

Igreja...


Pássaros Peixes...num céu de mar, azul!






E em jeito de despedida...fica o meu coração, feliz pelas coisas boas que tenho e ás quais dou tanto valor.
Pois são essas, que me fazem viver, com um sorriso no rosto...e sentir no coração aquele calor...





Até Breve meu, Alentejo!