Sim, chovia e fazia frio...mas era isto que ouvia cá dentro constantemente e me aquecia.
Bom fim de semana, volto 2a feira, depois da formação missionária.
Levo a tua dezena.Com cores.Continentes.Com fé.Unidos.
Olhos que vêm,olhos que sentem... flutuam,acariciam, protegem, olhos que se apaixonam, todos os dias...pelo mundo.
Sim, chovia e fazia frio...mas era isto que ouvia cá dentro constantemente e me aquecia.
Bom fim de semana, volto 2a feira, depois da formação missionária.
Levo a tua dezena.Com cores.Continentes.Com fé.Unidos.
Como se o sol de Inverno, ao tocar-me a face, me segredasse que sim, que está tudo bem.E as folhas das árvores tornam-se cada vez mais vermelhas.
E em 1981, (já eu descansava no meu berço na maternidade), nascia umas horas depois, a Renata.Era uma noite fria de Novembro...segundo consta e foi assim que quisemos vir ao mundo.
Eu sabia, que naquela noite, tinha ouvido um choro que me seria familiar para o resto da vida...secalhar cruzámo-nos no corredor, ou as nossas mães, estiveram lado a lado, a sofrer as dores do parto.O que elas não sabiam é que deitavam ao mundo nesse momento duas vidas, que mais tarde se iriam cruzar de tal forma, que só a morte as poderá separar.
No ano de 2001, partia eu numa missão, para a bela aldeia de S.paio...Gouveia, com o grupo de jovens.Era Agosto.
Alojados na casa do Padre, somos alvo de atenção por parte de toda a terra, que nos presenteia com bens alimentares e ajudas mil.Numa dessas ajudas, aparece a Renata com os seus avós, curiosa por tantos jovens da sua idade e desde logo, ou porque nos reconhecemos desde aquela noite na maternidade, ou porque tinha de ser assim, nunca mais nos largámos.Eu, mostrei-lhe o lado bonito da missão e o que ali estava a fazer.Ela, aceitou o desafio e ajudou no que pôde, mantendo-se por perto.
Passámos um dia na barragem da serra, no aniversário do seu avô, era uma grande churrascada de família e eu naquele momento, passei a fazer parte dessa família também.O dia, foi passado a andar de barco, um barco de borracha amarelo que estava furado e iamos acabando a boiar na água em busca de socorro, bem longe da margem. Demos voltas e mais voltas sempre a conversar rodeadas de montanha, num sol escaldante que viríamos a beber muitas vezes juntas, sem o sabermos.Foi um dia bem passado e que nos deu a descobrir esse facto de termos nascido quase ao mesmo tempo...de estudarmos na mesma faculdade, entre outros.
As cartas estavam na mesa.
Ainda hoje as jogamos e nunca ninguém perde e ninguém ganha.
Os anos passaram e lá estávamos nós, lado a lado.Férias juntas nessa aldeia serrana, aventuras pelo mundo, descobertas, crescimento.
Em 2003, eu deparei-me com uma doença grave, na qual ela sempre esteve presente com o seu sorriso meigo e paciência inegualável.
Em 2004, a Renata parte pela primeira vez para terras de Timor, para dar aulas, deixando em mim uma saudade funda, mas uma ligação forte, intemporal e capaz de resistir a qualquer adversidade.A saudade foi-se superando, nas visitas a Portugal, de uma forma intensa.
E no verão de 2006, depois de tanto falar de Taizé ao longo do anos, consigo cativar a Renata a ir a Taizé.Foi uma mudança na vida dela.Um ponto de viragem que a fez olhar a vida, a fé e o mundo mais de perto.Ela trabalhava, empenhava-se, entregou-se a tudo o que descobriu.
Os amigos nasceram pareciam cogumelos...e nunca mais aqueles olhos e sorriso, foram os mesmos.Passaram a ser mais iluminados, confiantes, doces, belos, cheios de Deus.
Os anos passam e entre Portugal e Timor, vive a Renata.Ainda hoje é assim.Despedidas no aeroporto ou esperas de 7h pela chegada, malas perdidas e peripécias.
As cores de Timor foram aparecendo na minha vida, mal sabendo eu que um dia talvez pudesse partir para lá.
Mas o tempo que passamos juntas é ainda hoje, recheado de gargalhadas, de lágrimas quando é preciso...de confidências únicas, daquelas que não se dizem a mais ninguém.Sabemos ler o olhar e as palavras uma da outra e prever as reacções.A minha casa, é a casa dela e não precisamos de hora e dia marcado para aparecer.Ninguém tem a calma de me dizer as coisas como ela...e convence-me sempre.É incrivél.Conhece-me tão bem e eu a ela.
Sabemos que na vida, podemos perder tantas coisas, mas também sabemos, que por mais voltas que a vida possa dar, nós, inaugurámos a palavra Amizade, assim que nos conhecemos...e é com ela que vamos selar a caminhada sobre a terra e continuá-la mais além.
Sim amiga, velhinhas de bengala, a beber chá e a comer scones, a rir muito das aventuras vividas,algumas que contadas niguém acredita...
Cresceste no nosso jardim, e tornaste-te numa das árvores mais belas e frondosas que me dá sombra em dias de calor, frutos, abrigo, solidez, cor, e ar puro e limpo.
Nesse mesmo jardim onde vive, uma gnoma,umDuende, e um baterista que ama o mar. =)
Eu não saberia não te ter.
Obrigado.
we'd gather around, all in a room,
fasten our belts, engage in dialogue
we'd all slow down, rest without guilt,
not lie without fear, disagree sans judgement
we would stay, and respond, and expand, and include, and allow, and forgive, and enjoy, and evolve, and discern, and inquire, and accept, and admit, and divulge, and open, and reach out, and speak up
This is utopia this is my utopia
This is my ideal my end in sight
Utopia this is my utopia
This is my nirvana
My ultimate
we'd open our arms, we'd all jump in, we'd all coast down, into safety nets ,we would share, and listen, and support, and welcome, be propelled by passion, not invest in out comes, we would breathe, and be charmed, and amused by difference,be gentle and make room for every emotion
This is utopia this is my utopia
This is my ideal my end in sight
Utopia this is my utopia
This is my nirvana
My ultimate
we'd provide forums, we'd all speak out, we'd all be heard, we'd all feel seen,we'd rise post-obstacle, more defined more grateful, we would heal, be humbled,and be unstoppable, we'd hold close, and let go, and know when to do which, we'd release, and disarm, and stand up, and feel safe
this is utopia
this is my utopia
this is my ideal
my end in sight
utopia this is my utopiat
his is my nirvana
my ultimate *
Precisava definitivamente de me distrair e consegui da forma mais simples que conheço: Um grande amigo.Um chá quente. Música. Primeiro, música para ver; depois, música para conversar e, finalmente, música para dançar.Há tanto tempo que não saía para dançar.Tudo completamente inesperado.
Foi no Croissant, na baixa de lisboa,um espaço que há muito, marca a diferença e dá oportunidade a novos sons e projectos.
Enquanto o som está moderadamente alto, tenho menos espaço na cabeça para pensar e liberto o resto do corpo para a dança. Numa paz imensa todos dançavam ao som do Reaggue - era como se tivesse apenas que dançar.Ali não há espaço para vergonhas ou timidez, cada um rodopia aos trejeitos da alma.
Aliviada pelo som, deitei-me pela primeira vez em dias sem pensar em nada. Deitei-me e dormi. Não quer dizer que doa menos, só significa que hei-de conseguir controlar as lembranças.
Sem esforço, consigo ainda ouvir o som do teu riso e da tua voz grave ou perceber que tentas estar bem e inventar qualquer coisa para me fazer rir . Insistes que podia voltar a ser a Rita, enquanto eu desminto e digo que não sei ser nada mais do que a Rita. Tu achas que não, mas eu digo-te que só o tempo pode curar o tempo que sobre nós passou.Afinal o que a vida faz em nós, não te mudou só a ti, mas quem sabe a mim também...mas mudanças que não me vão nunca tirar o rosto nem o jeito de ser.
Gostas da minha presença e eu gosto da tua e estamos bem assim.
As nossas conversas são cascatas de curiosidade que correm sobre olhos que fazem perguntas em silêncio, que dizem tudo o que só conseguimos dizer quando estamos sós. Respondo a todas as tuas perguntas e coloco as minhas também, só para perceber o que ainda somos,(pois sei bem o que fomos), só para falar em círculos, só para evitar que as coisas se precipitem.
Há um mapa-mundi na minha cabeça, que me mostra a distância que um dia nos separou e aquela que se colocou entre nós há uns tempos. Eu olho seriamente para ele, como se pudesse antecipar esta sensação de abismo em que nos envolvemos. Mas logo o teu cabelo escuro me prende a atenção e logo os teus sonhos me distraem e logo os teus olhos se prendem nos meus tão demoradamente e está frio e é Novembro outravez.
As horas parecem intermináveis enquanto me abraças, ou te ris comigo e te levantas e pegas na tua caneca de chá com mel e matas a sede, são infinitos minutos a saber o que estamos a perder, uma pequena eternidade tentando gravar todas as memórias em que nos enrolamos devagar.
Fingimos que amanhã vai ser igual e depois de amanhã vamos estar no mesmo sítio para aliviar o sufoco da saudade que já ataca, mas sem grande sucesso. Enquanto um outro dia vem a caminho, enquanto os brilhos transformam os nossos olhos em pequenas pérolas brancas, despedimo-nos o mais serenamente que conseguimos. Sem olhar para trás uma única vez, sob pena de nunca mais conseguir ir embora.
Não me interessa o que passou,nem o que fazemos a seguir. Eu não vou esquecer.
In a manner of speaking...
I just want to say...
oooh give me the words...that tell me nothing.
oooh give me the word, that tell me everything...
*