domingo, 29 de julho de 2007

Eu + Beta + Adraga = PAZ


Deixá-mos o calor do "Subúrbio" para trás...percorremos a ic 19...cinzenta, de encontro ao mar...com vontade de mergulhar o corpo numa água gelada,que nestes dias parece ser sempre a única solução possivel.


Em casa não se podia estar, mas também só sabe bem ir para a praia depois das 17h.
Foi o que fizemos.


O verde de Sintra atravessamos, imediatamente senti aquele fresco...invadir o carro, e com a mão de fora saudava, casas, árvores e a serra...



E ali estava diante de nós, a maravilhosa Adraga, com os seus rochedos imponentes e mar revolto.






Bandeira vermelha...mas nada de desânimos!


E é sempre a mesma sensação, cada vez que meto os pés na areia...e caminho, respirando o cheiro a mar...que limpa, que renova, que liberta.








Venho sempre aqui...
Quem frequenta esta praia, gosta de sossego, de uma boa paisagem aliada ao sol e ao mar...
O nosso amigo Rasta, andava lá com a sua prancha de bodyboard...
Como ficou lindo na foto de perfil...





Esta era a nossa vizinha francesa, que fazia estas habilidades...


E ali senti que procuravam Paz...e um elevar dos pensamentos, cada um fazia o que mais gostava, ler, caminhar, como nós...e depois uma praia sem crianças a rir, construindo castelos na areia, não tem piada, e também lá haviam algumas, que se riam alto, e de olhos fechados, há uma infinidade de sons que vou absorvendo e me relaxam por completo.







Quem não ficou muito satisfeita com o estado do mar, foi a Beta, que gosta de mares calmos, e serenos, e este era tudo menos isso...apesar de tudo, deu para refrescar as ideias...



Mas não muito...pois a tenativa da beta de me tirar uma foto, ficou assim...



Beta AQUI!!!Mais abaixo um bocadinho!!Issoooo...

A Beta está de partida,e de certa forma, esta tarde com ela, soube-me assim a uma despedida, e estar ao seu lado sentada a conversar e a ver o sol descer,foi como que um tempo, só nosso, que mereciamos, que precisavamos ter...

Toda a amizade precisa do seu tempo...

Espera-a uma missão, em Moçambique, mais precisamente em Itoculo, durante todo o mês de Agosto...um desafio!Desafio que ela aceitou...e que vai desempenhar muito bem, tenho a certeza disso.

Faltam menos de 72h, para ela partir...e foi muito bom, passar ESTAS, com ela...

Ela partirá, mas não sozinha...fico bem perto, em pensamento.

Estarei também numa missão, mais curta, 10 dias, mas curta ou longa, o que importa é ajudar, deixar tudo um pouco melhor, seja o que for, que se cruze no nosso caminho.

Esperando momentos de PAZ E AMOR...e rastas, e francesas malabaristas e e e e e...tanto!

Saimos da praia eram perto das 21h, praticamente deserta, mas bela...o sol lá se foi, em tons de vermelho, prometendo calor...

Houve ainda tempo para um geladinho no café...mais um dedo de conversa, e estrada fora, vimos o mundo anoitecer...as luzes acenderem-se, nova semana á porta.




Mas fica um sorriso cá dentro e um adormecer com sabor a mar...

Boa semana amigos...

=)

E hoje...com tanto calor, vai ser...

(Rio Zêzere, Covão da Ametade, 2006)

E hoje...depois das 17h, vou dar um mergulho por aí, em excelente companhia...

Praia eleita...Adraga!

Ideal, deserta, pequena, com imenso verde á volta, envolve-nos nas suas rochas...

E ficaremos até o sol se esconder...

Refrescando a alma...e gozando as últimas horas de liberdade, de um domingo!

Heart door...

A única que nunca se fecha...=)

sábado, 28 de julho de 2007

Confissões X - Mon petit-ami



Foi no Verão em que completei 9 anos que me apaixonei pela primeira vez por um rapazito próximo de mim e de carne e osso.
Antes dele, as minhas inclinações tinham como alvo cantores, actores bonitos e também rapazes imaginários ou então verdadeiros, mas com vinte anos.
Geralmente eram amigos dos meus primos Tito e Luís que em inter-rail, paravam em Lisboa na casa da minha avó, enchiam a casa de 15 jovens de mochila ás costas, todos Madeirenses, e aquilo fascinava-me.
Iam juntos, percorrer a Europa...e a escala era em Lisboa, na casa da avó Glória.

Morávamos em Lisboa e costumávamos passar as férias no Alentejo, por causa das raizes do meu pai, que existem ainda e sempre, numa vila de nome Mourão.
Ao fim de semana os meus primos vinham juntar-se-nos e era uma alegria.Peixe assado, os cães da minha tia, um deles o batata, que eu adorava...
O quintal da minha tia...era assim um mundo.Um mundo onde cresci...e fui tão feliz.
E eu, ia e vinha para o rio Guadiana, onde aprendi a nadar, e onde passava horas...sob o olhar atento da Avó Chica, com os pés de molho, por causa dos calos, vestida de preto, naquele calor do Alentejo, mas o luto era mais forte.

Íamos para o rio de manhã cedinho, regressávamos a casa nas horas de calor, almoçávamos, todos dormiam a sesta e eu brincava lá fora onde tinha muito espaço, pois estávamos isolados no meio de um monte junto ao Rio, onde haviam mais cerca de 10 0u 15 casas, um espaço belo, com uma capela pequenina, onde eu tinha permissão para andar à vontade.
Só voltávamos para o rio por volta das cinco horas, de modo que eu, assim que almoçava, ia brincar lá para fora.
Era encantador, aqueles montes arenosos e com oliveiras inclinadas para o rio...foram nesses anos que me apixonei pelo campo...

À sombra dos sobreiros brincavam outros miúdos como eu.
Claro que, com a minha queda natural para as complicações, caí para o lado com um francesito que não falava uma palavra de português.
Eu também não percebia patavina de francês.
Num aprés-midi, andava eu a cantar e a apanhar joaninhas - havia imensas! - que depois deixava passear pelos braços acima, quando ouvi uma palavra qualquer, assim dita a medo e rir.
Voltei-me, vi um miúdo muito loiro, giríssimo, e... BUM!, o meu coração deu um grande salto sob aquele intenso olhar azul e os lábios invulgarmente grossos, que sorriam para mim.
Eu também era uma menina interessante, gorducha,de longos caracóis, olhos vivos...mas naquele instante senti-me tão pequenina.
Não sei o que lhe respondi que o fez acentuar o sorriso.
Eu perdi a fala e as joaninhas, que devem ter voado. Ele desatou a dizer palavras que não entendi e também nomes, enquanto fazia gestos.
Percebi apenas que se chamava Philipe, era francês e morava provisóriamente numa das casas daquele lugar. Estaria de férias...como eu.
Lá lhe disse o nome, a nacionalidade (!) e apontei para a casa da minha tia, ao longe.

Num instante instalou-se entre nós uma doce forma de comunicar, sorrindo, apontando coisas cujo nome um de nós dizia e o outro repetia.
Também faziam parte os olhares sempre muito intensos e por vezes dizíamos longas frases... e desatávamos os dois a rir perdidamente, encolhendo os ombros, pois era óbvio que não nos fazíamos entender, nem nos ralávamos com isso.
Nesse dia fiquei muito contrariada por ter de voltar para o rio com toda a gente por volta das 17h...e lá fui.
Fui com o coração em sobressalto, e desejando voltar a vê-lo, contando até os dias que me restavam para regressar a Lisboa...
Mas depois, à hora do banho no rio, perto da hora do jantar, em que já só ficava eu, os meus primos e a minha avó... precisamente quando me levantei de um valente mergulho, de que imediatamente me orgulhei, dei de caras com aquele sorriso azul que já quase me parecia ter sido apenas um sonho... mas estava ali a provar o contrário.
Senti-me maravilhada e também muito intimidada. Ele estava realmente ali. Muito próximo.
De repente percebi que ia ser assim durante as férias todas.
Sentia uma coisa que, não me sendo estranha, assumia proporções novas, de algo com que nunca antes tinha lidado.
Nunca tinha escutado a respiração, nem tocado nas mãos, nem visto pulsar perto de mim o corpo vivo de um rapaz que me despertasse amor.
E, de uma certa forma, fugi.
Tal como eu previra, tornamo-nos inseparáveis.
Passávamos os dias juntos, a brincar, a rir, a dizer muitas coisas de que apenas entendíamos menos de metade.
Ele fazia-me cantar, como no primeiro dia quando me interrompeu, e tentava imitar-me o que me fazia rir até às lágrimas e a ele também.
Eu só pensava em estar pertinho dele e sentia-me adorada.
Mas se as nossas mãos se tocavam, mesmo que casualmente, ao fazer construções de seixos lisos do rio, a minha saltava imediatamente para longe com um gesto vivo.
Eu sabia que ele sentia a barreira construída por mim, afinal ele ia partir para longe, lia-lho no olhar que me perscrutava, enchendo-se de confusão e de sombras.
Às vezes notava-lhe uma vaga tristesse... e isso produzia em mim um ataque de ternura tão dolorosa que me apetecia colar os lábios aos dele... assim de raspão... ou com muita força.
Para afastar tais ideias, voltava-lhe as costas de rompante, gritando "tenho que ir!" e corria para junto dos meus, se estivesse no rio, ou para dentro de casa, se estivéssemos no quintal.
Depois ficava com medo de o ter perdido e voltava.
Era sempre recebida com o mesmo olhar imensamente azul que me envolvia num halo de amor e o sorriso de boas vindas nos lábios grossos.

Um dia, logo pela manhã, saí de casa e, como sempre, olhei para as casas brancas e imaculadas, para as janelas do Philipe. Estavam todas escancaradas.
Procurei o carro e a roulotte - que tinham ficado as férias inteirinhas parados no mesmo lugar - e constatei que tinham desaparecido.

Ele partira!

E partira sem saber que fora correspondido, que também eu o amava. Nunca mais o veria. Nunca mais lhe podia dizer "salut!" - como ele me ensinou.
Nunca mais o ouviria a dizer-me "ôlá!" - com aquele sotaque que eu tentava corrigir em vão.

A minha reacção foi atravessar o pedaço que separava as nossas casas e entrar na dele.
Não procurava nada esquecido - nunca fui de tolices dessas! - queria apenas respirar um restinho de Philipe.
Percorri a casa, séria, sem me deter especialmente em nenhuma das poucas divisões.
Talvez tivesse tentado adivinhar onde ele dormira, não me lembro.

Lembro-me da pequena gota de sangue no chão, quase à saída. Tive a certeza que era dele.
Hoje essa certeza faz-me sorrir.
Não que duvide, até acredito bastante nessas intuições súbitas... mas eu era tão pequenita!
Toquei-lhe com a pontinha do indicador, num afago que pretendia repor um bocadinho da proximidade perdida... e saí.
Estava mais triste por lhe ter escondido o que sentia, do que por ele se ter ido embora.

Hoje uma situação semelhante poderia causar um grande sofrimento, mas quando se tem 9 anos estas coisas resolvem-se com muito maior simplicidade.
Com o coração apertado, mantive-me nas imediações da casa do Philipe e, de repente, ouvi assobiar.

Vi que era um dos trolhas que trabalhavam por ali em arranjos ás casas.Tinha um ar simpático, lembro-me que achei que ele tinha quarenta anos (mas às tantas tinha vinte e cinco!).
Fui ter com ele, que estava agachado a mexer numa papa de cal. Fiquei uns momentos enfeitiçada a olhar para aquilo até que ele deu por mim e parou de assobiar.
Cumprimentou-me e fez-me a típica pergunta, em sotaque alentejano:"Então míuda és filha de queeeem?" Dessa vez não me importei.

Disse-lhe quem era...perguntei o que estava a fazer?

Depois ganhei coragem. Respirei fundo e ao fim de todo aquele tempo - quase um mês! - finalmente declarei-me:



- O senhor sabe quem é o Philipe?

- O Filipe?!

- Sim. Aquele menino francês que morava ali - e apontei.


- Ah, sim, o lourinho! Sei, sei.


- Eu gostava dele, sabe?


O homem olhou-me admiradíssimo mas eu tinha que dizer tudo, por isso não me deixei intimidar e continuei:


- Gostava mesmo muito dele, assim com amor de namorados. Mas ele não sabia e agora foi-se embora.


Dito isto, acrescentei um rápido "adeus!" e voltei para casa muito aliviada!...




(Isto conto hoje, assim, com um sabor doce na boca, porque quando somos crianças tudo é tão simples...
Tive que o contar aquele trolha, quando nunca o contei a niguém, alguém tinha que guardar este segredo comigo...
Desde nova, que sempre tive a necessidade de expôr ao mundo o que sentia...
Se hoje o encontrasse, penso que o reconheceria...e talvez lhe dissesse tudo o que senti, que agora já sei perceber Francês, mas preferia nunca o ter aprendido, talvez reacendesse este amor...mais puro, que qualquer outro que senti.
Porque não era precéptivel, e quando as coisas se tornam demasiado óbvias, perdem o encanto...)
Cor Minha...









Quando os teus dedos
me abrem nos olhos os sonhos
e os teus lábios selam os meus
no silêncio solitário dos voos
mansos,
turbulentos,
Toda eu sou tu em mim.


No instante que pára
o tempo passa sem nos perturbar
Não sei onde estás
não sei onde vou
Apenas vejo e sigo
na luz distante
a cor tão linda que inventaste
minha.








Palavras sedentas de mim...




Na página branca
as palavras dançam em fúria
desafiam-me
para que as ordene em frases
com sentidos que só eu sei,
e elas assim perdidas zangam-se do meu silêncio
querem ser dotadas de acepção.
Eu sinto-as perfeitamente
e pinto-as
saboreio-as
como se fossem telas ou maçãs,
e elas assim vestidas
exasperam-se de tudo em mim
que as não transformo em narração.


À parte: (Não vêem elas que são demasiado frágeis para tão profundo mar?)
Só havia de parar para morrer...
















Caminhavam todos naquela direcção. Todos.


Os meus olhos atiraram-se ao horizonte, certos de ir encontrar um motivo, fosse ele feixe de luz ou porto-seguro, mas em vão. Nunca fui de me arrastar atrás da multidão.
Não se avistava nada que justificasse um tal consenso.





Talvez estivesse mais longe, talvez não se avistasse ainda, pensei, lembrando-me de que a terra é redonda, e juntei os meus passos aos de toda a gente.
Só por algum tempo, que não seja muito nem pouco, pensei, e tratei de escutar o coração enquanto caminhava, pois não há outro modo de saber quanto é o tempo certo que temos para as coisas.





Troquei palavras com alguns caminhantes.
A tudo quanto lhes disse me responderam coisas belas.
Quando por fim arrisquei a pergunta olharam-me com expressão entendida, e, de repente, era como se sentissem por mim uma pena profunda, um nadinha cómica.


Alguns deixaram de me falar e afastaram-se, outros apenas mudaram a forma como me ouviam e respondiam, mas percebi que a minha pergunta pusera uma mesma ideia na cabeça de todos, sem que tivessem necessidade de trocar impressões a meu respeito.
Descobrindo isso, sorri para mim só, o que os fez sorrir uns para os outros.





Voltei-me e segui um caminho que não tinha gente. Mas tinha-te a ti, a ti e a ti, tu também,e ela e ele, e eles...todos os que amo e sabem quem são, porque nada fizeram para não o merecer...porque vos escolhi e me escolheram.





Vou sempre para onde o coração me guia, na escolha gradual que for sentindo certa, ignorante do que irei encontrar no final.
Chego sempre a um lugar não premeditado que, meu conhecido ou não, percebo logo que me pertencia já, durante todo o caminho. Já era meu.
Tudo o que digo, se não vier do íntimo quase meu desconhecido, pouco significado tem.
Por belas que as palavras fossem, escapava-lhes a leveza tal era a crueza da verdade que tenho no meu coração - só ele pode falar longamente e nunca mentir.


Pequenina e simples frase: mais credível ela é.


Mais longe andou dos filtros do pensamento, mais perto a senti em mim.Está dita.Cravada no meu desejo.E cumprida.








Mas no horizonte avistei coisas e eram coisas que eu queria atingir com os meus passos. Algumas saíam de dentro de mim e posicionavam-se algures mais adiante.
Outras eram-me exteriores, mas vendo-as, sentia que lhes queria chegar.

Cada vez andava com mais entusiasmo e nunca me cansava, apesar de saber que tinha de ir sozinha e só havia de parar... para morrer.

terça-feira, 24 de julho de 2007


E este blog, fará um ano em Agosto...



E parece que NÃO fica por aqui...



Sempre seguirá.


Continuam os olhos da alma, que partilharei com toda a gente.



A privacidade írá sempre até onde eu quiser que vá...




E nisso já não és uma luz...

segunda-feira, 23 de julho de 2007



Acabou-se o Delta Tejo...





Termina assim a romaria ao alto da Ajuda...

Ficam os bons momentos, muita energia boa de sentir, gente feliz...dançar á chuva, ao sol e com poeira...que nada fique por deitar cá para fora!



Ficam abraços e canções juntos...cumplicidades!


E o Carlinhos Brown assustado com o meu abraço...e segredo!Valeu...


A última noite fica marcada por Orishas e pela chuva miudinha...que me fizeram dançar, e refrescar!

Tenho os pés castanhos da terra...e não saiu no banho...enfim, marcas da diversão...

Boa semana para todos=)

domingo, 22 de julho de 2007



Delta Tejo 2º dia...



Neste 2º dia de Festival, a noite chegou bem mais animada, na companhia de mais amigos pois é claro.
Mas os veteranos Rita e Jacinto lá estavam...
A tarde desce sempre calma por aquelas bandas, com o rio como pano de fundo e a Lua a subir enfeitiçada no céu...a lembrar quem longe está.


O mano Hugo sempre em grande estilo...










A Inês...que dançou até não poder mais das pernas!!!






Mas com quem me soube bem estar, foi com o senhor Pedro, que está de partida para o Algarve, e só volta em Setembro...é bom quando apareces, e sais do estado de estudo-ibernação...lol!






Luís Represas e João Gil...improvisaram para nós! E depois foi a vez de Mafalda Veiga...e o que me soube bem, ouvir: Ai Lisboa...estendida sobre o rio...ai Lisboa de 1000 amores perdidos...", com Lisboa aos pés!






O ambiente era animado...e dançar foi a palavra de ordem da noite, que para mim teve o seu ponto alto durante a belissima actuação de Carlinhos Brown, que pôs toda a gente a mexer, de uma presença em palco e de uma energia boa, boa, boa...

Claro que no fim do concerto, fui dar-lhe um abraço e segredar-lhe ao ouvido que foi muito importante para mim, em tempos, quando "presa" estava a um quarto de hospital...ouvia-o, e bebia as suas palavras positivas e alegres..e nesta noite dancei, dancei com elas...livre e feliz.

Ele agradeceu e retribuiu...acho que no fundo é isto que um artista gosta de saber, que é importante na vida de alguém...em algum momento.E ele foi.





Obrigado aos amigos mais lindos e doidos do planeta...esta noite mágnifica.



Amanhã há mais...com ORISHAS!!!

Sapo...sapo, á beira do rio, quando o sapo canta,

é porque tem frio!!!








Estes sapos do festival, são muito simpáticos...percorrem o recinto, metem-se com as pessoas, são cómicos...
E tirámos fotos com eles todos dias...neste Festival a caminho do 3º dia...onde se dança, dança...e há uma boa energia que não acaba...
Venham os sapos...e os princípes também=)

sábado, 21 de julho de 2007



Delta Tejo...1º dia!






Um recinto médio, no que respeita ás condições...


Um palco virado de costas para o Tejo...mas de frente para sorrisos, embalos dados pela música.


















Da noite fica, IVE MENDES, uma diva.


Voz suave e forte ao mesmo tempo...repousante, ao fim de um dia e de uma semana de trabalho.





Ali estávamos nós...dançando com ela, indo no seu sorriso que cativa, nos seus movimentos de sereia, descalça pelo palco...simples.

Assim que acabou o concerto, fomos falar com ela, num abraço trocamos palavras de almas...e ela até reparou que fomos dos poucos que vibrámos...e gostou da boa energia do Helder...que estava em extâse...Puro.







E depois por a fome apertava lá fui ao jantar, ainda sem filas...e sentada com vista para o Rio...ganhei forças, para dançar com os Terrakota...!!







E o pôr do sol...assim entre as árvores, num sofá redondo e enorme...lembrei-me de tantas pessoas.

A luz do sol foi descendo sobre o descampado...e mais gente chegava...






Sapos á solta...desodorizantes vaporizados sem termos trabalho, gel de banho...saltos em elásticos...café, haviam por lá...como um ANDRÉ SARDET, que cantou mas n encantou, ou por estar com muito frio...ou por não saber interagir com o público?


Mas também,a fasquia tá alta depois de ouvir a Ive cantar...






Depois foi tempo de ir andando para a tenda, para ver e dançar Terrakota...e curiosamente já tinha acenado á vocalista da banda, sem saber se era ela, mas como sorriu para mim e sorri também.

Quando a vi no palco, fiquei a pensar, wwwwooowww, que pessoa simples...

E aqui está ela, que me assinou o passe social, por não ter mais papel e falou comigo como se fossemos conhecidas...havia paz e magia no seu olhar como no dos restantes elementos da banda.



O concerto decorreu, e tudo dançava, impossivel ficar quieto a ver Terrakota...uma boa onde que não termina nunca mais, e uma consciência para o cuidar desta Terra mãe...para a justiça, assim vale a pena ver e ouvir música, quando tudo tem um sentido...e se encaixa na nossa vida.

Posto isto, resolvemos vir para casa, pois o frio fazia-se sentir e amanhã é outro dia...estes dois grandes momentos, foram mais que suficientes para termos saído dali, bem melhores do que entrámos.

E a companhia do Jacinto...foi muito positiva...5 estrelas.Obrigado.

Amanhã há mais, mas com sons diferentes...

Tou cheia de pó...pó bom de sentir.


sexta-feira, 20 de julho de 2007


Delta Tejo











O festival acontece num espaço outrora ocupado pela Festa do Avante, antes desta se mudar para o outro lado do Tejo. O cartaz é encabeçado pelos brasileiros Daniela Mercury, que actua hoje, e Carlinhos Brown, os mexicanos Los de Abajo e os cubanos Orishas.


Do cartaz fazem ainda parte os Mutantes, Bebel Gilberto, Lila Downs, Tito Paris, Macaco, Mercado Negro, além dos portugueses João Gil & Luís Represas, Mesa, Filarmónica Gil, Loto, André Sardet, Pedro Khina, Cool Hipnoise, Mundo Secreto e João Pedro Pais & Mafalda Veiga.


Nos três dias do festival, hoje, sábado e domingo, os espectáculos começam às 18:00 e prolongam-se até depois da meia-noite, sempre no mesmo palco, onde se irão sucendendo os artistas.


O Festival decorre num espaço ao ar livre, «único na cidade» e virado para o Tejo, perfeito para ver o Pôr do sol...e apreciar a chegada da noite ao som de boa música.

É cada vez mais difícil fazer festivais de música ao ar livre dentro da cidade», o Delta Tejo esta localizado em Monsanto, longe das habitações e próximo da Universidade Técnica de Lisboa.

Para além da música, há ainda no recinto, zona de restauração e artesanato, bem como massagens e afins...



E eu tenho passe para os 3 dias, passe Duplo...que ganhei por artes mágicas da LUA=) OBRIGADOOOOOOOOO!!!LUAAAAAAAAAAAAA=)

Que sorte...este ano é o ano dos Festivais para mim...tá visto.

Passe que vou partilhar com o Helder Jacinto...os 3 dias, aos quais se juntam no Sábado á noite o Hugo, e o Cabrita...

Para quem ainda quiser vir, paga 25 eur o dia, e 40 eur os 3 dias.

Vai ser de dançar, cantar, rir e chorar por mais...3 dias de animação a partir das 18h...e com estas companhias, não há melhor.Começa já hoje...





Venha a música!!!Celebremos!!!!!!!

aMIGOS?????




"Então podemos ser amigos, deixa ver a minha disponibilidade... aos sábados por exemplo, dá-me mais jeito, e o resto da semana não...é
tudo quanto tenho para dar.
Ah, e se apareceres aos sábados tens a vantagem de fazeres numero, e é para manter a imagem...assim de sermos muitos a festejar.
E de preferência se tiveres bem disposta...
Que te parece...?"




A mim parece-me que...


NÃO.NÃO.NÃO.


FELIZ POR DIZER NÃO, PARA SEMPRE.

Coisas mornas, a meio Gás, e semi-defenidas...vomito-

as.


Para mim, pessoas assim, têm apenas um destino, ao

meu lado, que é absolutamente NENHUM.
Já estava mais do que na altura de fazer uma limpeza.
Boa Viagem...




E viva la Vidaaaaaaaaaaaaa!!!AWWWWWWWWWWWEEEEEEEE...


terça-feira, 17 de julho de 2007




E hoje, descobri que...








"Ante o frio
faz com o coração
o contrário
que fazes com o corpo:despe-o.
Quanto mais nu,
mais ele encontrará
o único agasalho possível
- um outro coração."

[conselho do avô in A Chuva Pasmada, Mia Couto]
Hoje, fui a pessoa mais feliz do mundo...apenas por pensar na tua simples existência, na tua essência, naquela que somos também.
Os dois.
Não explodi de alegria no meio da rua, mas dancei com a alma.
Sim tens-me ocupado o pensamento estes dias...como em tantos.
Preocupa-me muita coisa...mas hoje...
Hoje sorri sem fim, cá dentro, ao olhar para tudo o que já vivemos, não o tempo, nem a quantidade, mas o valor de cada pequeno, grande momento...e a sua intensidade que não se explica.
Hoje não senti medo, nem quis travar nada, porque a vida já nos coloca pela frente com o que lutar.
Hoje, sei, que nada nem ninguém alguma vez se poderá comparar á tal magia de Duendes...essa que fizemos nascer, do fundo, bem do fundo da alma.
Podem vir muitos caminhos, onde andaremos, muitos rostos que nos vão falar, almas, lugares...mas o nosso caminho, está marcado em nós como tatuagem...impossivel de apagar.
Caminho que não tem fim, e que podemos retomar em qualquer ponto...seja ele qual for.
Nunca estarás longe...mesmo que ventos e oceanos nos separem.
Nunca deixarei de te abraçar.Com toda a força que há em mim.
E sempre que nos cruzamos, há um sorriso sincero e uma vontade maior de VIVER...que nos transporta a uma beleza que beberemos, até ao fim dos tempos, e por toda a nossa vida.
Serás velho e eu também, mas este tempo e esta essência será sempre como que acabada de chegar, a nós...
Sim, porque para mim, há coisas eternas.O eterno é a parte que guardo, que tu guardas.Que Vive.
Hoje, digo-te obrigado, apenas..por estares em mim, por me correres no sangue, assim dessa forma bonita.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Espelho?












Vou agora encontrar-me comigo mesma, encarar-me no espelho que tem a moldura enfeitada com pedaços de cascas de árvores, folhas vermelhas e frutas silvestres, doces, tão doces.

Vou olhar-me até a minha imagem ser completamente, aos meus olhos e sentir , aquilo que sei que é...que gosto que seja e que não me arrependo que seja. Mas sobretudo aquilo que aceito.

Coisa que não preciso de fazer, para o saber, olhar-me ao espelho?!

No entanto para que não restem dúvidas a quem não concorda com a minha forma de viver e a acha exageradamente feliz, descabida e utópica, eu hoje olho-me ao espelho, esse espelho interior, que muita gente nunca vislumbrou sequer (ou anda com ele partido...) e faço até uma reflexão.







(Ora então se me dão licença...é questão de minutos...volto já!)







Gosto de esperar...enquanto me olho.Não tenho qualquer espelho á frente.E os meus olhos estão fechados.Olho para dentro.

Gosto dos meus olhos que não mentem, e esbanjam tudo o que sentem.

Gosto de cometer loucuras, sem vergonha...de as fazer acontecer e do inesperado, que corre sempre bem melhor, que o planeado.

Gosto do sorriso parvo, que deixo sair, por pensar que vou continuar a ser exactamente como sou, deixando que o tempo e a vida me moldem e nada mais...e há-de haver sempre quem Ame, e quem desgoste.

Mas eu, eu Gosto, e isso é o interessa no fundo...

Gosto também quando choro, e digo porquê...e não tenho pudor de pedir um abraço ou de me evadir em desvaneios.

Gosto dos dias em que tomo decisões, pontuais, e sei tão bem que têm de ser tomadas ali, naquele dia.Nunca sei se me protegem, se me ameaçam as decisões, mas assim nunca seria possivel decidir nada, mas eu faço-o. Nunca vi as garras que pressinto. Mas já vi muitas vezes as asas brancas e macias que me abraçam sem fim.

Depois... depois adormeço e sinto o abraço dessas asas em volta do meu corpo que se abandona, e então vêm os sonhos, que não me assustam, repletos de sentidos cujo significado julgo perceber sem jamais admitir tal coisa.

Gosto de esperar.

Mas o meu tempo está a esgotar-se e eu estou envolta em novos sonhos e caminhos.





Fora do meu casulo macio, aguarda-me um planeta onde há ainda gente que se arrasta, atrás não sabe bem de quê?!... e uma vida onde não sei se ainda haverá lugar para mim e então terei de ter, EU, lugar para ela.

domingo, 15 de julho de 2007

E ali tão perto...





Houve visita á Praia da areia branca, onde caminhamos, mais uma vez, juntos, obrigado Manos.








Houve um acolhimento fantástico em casa da Madalena, a mãe do Hugo...onde tomámos conta da garagem...comemos uns peixinhos divinos, uma açorda ainda melhor...e uma limonada directamente da árvore...hummm...conhecemos o Kim...o cão maravilha, ue esbanja tamanho e ternura.




















Obrigado Mano pela concha...onde se ouve o Mar, imenso e profundo como TU.














Que bom foi receber a visita da Ana Lua...e do Zé, ainda que os tenha perdido na feira...Obrigado por terem vindo.



A tua cor, Ana, será sempre motivo de festa para mim...










A nossa 2a noite foi na Lagoa de Óbidos onde estreamos oficialmente a tenda do Duarte, que acolheu 4 pessoas, e espaço não faltou.

Que bom adormecer a ver estrelas, a ouvir todos os ruídos da floresta...e o som da água suave nas margens da Lagoa...acordar com o som da chuva na tenda...e andar descalça na lama.


Rodeada das pessoas que Amo, assim adormeci e acordei, ainda que em certos momentos, as dúvidas do que é certo ou errado presistam e me impeçam de sentir...


Mas o sol brilhará sempre.






O cabo Carvoeiro... onde se avistam as Berlengas e o nevoeiro nos envolveu...e um mar tão azul, nos fez parar.








E assim corremos o mapa de Portugal...até que um dia, não nos escape aldeia ou lugar!!!





Começar uma nova semana depois de tanta energia boa...e da casa interior arrumada, será sempre motivo para sorrir serenamente.

Obrigado Vida.