sexta-feira, 18 de julho de 2014

Londres sempre a girar.






















O sol tem brilhado.A chuva vem visitar-nos durante a noite.
Passam agora duas semanas de Londres.O Inglês deles vai-se aperfeiçoando.
E eu apesar de tudo, sinto-me em casa.Tudo me é familiar.Parece que podia viver aqui para sempre, se o sol brilhasse sempre assim.
Londres é sempre uma descoberta.Uma surpresa.Um charme sem exageros.Uma vida, muitas vidas que correm.
A minha corre também.No outro dia, descemos o Thames river, foi um momento para me encostar, com as minha música e deixar que a paisagem me enchesse os olhos, enquanto pensava no futuro.No presente e bastantes vezes no passado,por ter sido bom.
Estou estranhamente mais serena do que seria de esperar, com a quantidade de acontecimentos que ainda tenho pela frente.E isso deixa-me em paz.Pois são os que escolhi viver.
E sentir que quem nos ama, está sempre connosco, longe ou perto, é meio caminho andado, para saber fazer os caminhos do mundo, com serenidade.
Agora que domino, finalmente, pela positiva todos os timmings, todos os feitios, todas as manhas e brincadeiras...sei bem como dar-lhes a volta.E retirar deles o melhor.Cumplicidades.
Mais uma semana de Londres...e de todas a mais cansativa.
Está quase.
E sim, saudades, muitas.Mesmo com as visitas constantes aos restaurantes Portugueses.Nem o sabor do arroz doce...ou do bacalhau, me mata aquelas que trago no peito.
A luz de Lisboa.Ai a Luz de Lisboa.



domingo, 13 de julho de 2014

Um susto.


































Sexta feira, 8h30, toca o despertador.Como sempre, levantei-me antes dela, fui tratar de mim e depois acordei-a.Dia de summer camp.Mal acordou percebi que algo se passava.A respiração acelerada a falta de forças.Vestida e a tomar o pequeno almoço, vomitou.Banho, pijama, liguei para o summer camp, hoje fica em casa.Dormiu mais 2h.Acordou pior, coração a saltar do peito e outra tentativa falhada de ingerir fosse o que fosse.Desmaiou-me nos braços.Fiquei em pânico. Liguei para a recepção do hotel, e uma ambulância em menos de 3 minutos chegou, foi vista, e foi logo posta a oxigénio.No caminho fiquei sempre de mão dada com ela, e sorria.Ela ia perdendo os sentidos e recuperando.Meio zonza por não conseguir respirar bem.
Westminster Chelsea Hospital.O mais perto. Urgência. Tudo preparado para a receber.Super eficazes.Levei tudo comigo, passaporte, cartão de saúde, boletim de vacinas.Pensavam que era a mãe.Lá expliquei tudo, ficou logo num quarto sozinha, para poder acalmar.Os batimentos tinham que baixar para 92...e estavam altos, muito altos.Bronquite.Asma.Ninguém sabia.
Mas isto já tinha acontecido duas vezes.Mas não comigo.Apanhei um susto daqueles.
Percebi que a minha missão junto destes meninos é mais importante do que penso ser.Percebi o quanto importante me tornei para eles, e especialmente para ela.A diferença que faz, sorrir-lhe e abraçá-la e dizer que vai correr tudo bem, que estou ali, sempre.Os hospitais são locais, aos quais me habituei.Tudo me é familiar.E por isso joguei o tempo todo ao faz de conta.Puxei pelo imaginário.Lembrei-me dos tempos em que era palhaço num hospital na Turquia e animava aquela criançada toda.
Foi fácil, fazer com que estivesse sempre bem disposta.Foi melhorando, de hora a hora...mas a noite teve que a passar lá e eu com ela.Portou-se melhor que muitos adultos.Com 4 anos, nem uma lágrima.Para não dizer que conquistou o pessoal todo, médicos, enfermeiros...etc.Obrigava-os a examinar a barbie...e a dar-lhe medicamentos.Foi lindo ver a forma como entravam na brincadeira e resultou.Fizemos amigos novos,tivemos uma vista linda sobre a cidade.Hoje acordou outra...cheia de energia.Mais calma.E ao início da tarde ficámos em liberdade.Despediu-se de toda a gente e logo quis ir para o Laréu, que a vida é sempre a andar.É assim mesmo.
E eu, certamente nasci para ser o anjo da guarda de alguém.Claramente.



Agora medicação..,por mais uns dias.E esperemos que não se repita. 




quinta-feira, 10 de julho de 2014

London Days

























Londres é sempre uma aventura.Aprendi a gostar desta cidade.A apreciar cada detalhe.
Agora, que passo nos locais de outrora sem me poder demorar, neles, com o tempo desejado, vejo a cidade passar-me diante dos olhos.Faço 1001 percursos.Sou quase guia turística.
E recordo cada recanto.Faz quase 1 ano que parti daqui.Tanto aconteceu entretanto.
Mas os passos que agora dou, dizem-me que sim, que fiz as escolhas certas.Que retirei desta cidade, deste mundo de culturas misturadas, o melhor.Ficaram os laços.O mais importante.
Entre o campo de férias e o centro, tenho-me dividido e tem sido muito bom o regresso.Aqui fico sempre a observar as milhares de pessoas que se movem em todas as ruas.Todas tão diferentes.Há uma certa paz no meio deste corre corre, é estranho, mas  faz sentido assim, tudo organizado e fresco.Flores por todo o lado.E este estilo único na arquitectura.Parece que saímos de um filme a todo o momento.Ou que acabámos de entrar.Ou andamos em cena.
Entre um reencontro ou outro, lá vamos caindo numa bicicleta de Oxford street, ou visitando os locais mais mediáticos.E quanto mais lojas para eles melhor.Para mim os pontos históricos posso esquecer.Nem pensam nisso.É uma pena.E eu vou pensando na vida, em tudo o que se aproxima...que a grande velocidade a que tenho vivido e sentido tudo, não me permite ter tempo para mim.Só a horas tardias.
Algumas perguntas pairam na minha cabeça.E isso, faz-me parar o olhar e fixá-lo num ponto.
Há coisas, para as quais não tenho resposta.
E nem sei se quero ter.





terça-feira, 8 de julho de 2014

Londres.Chuva.Frio.




























Londres, trouxe de novo a chuva.O frio.10 graus a menos que em Angola e em Portugal.A viagem foi rápida mas ás 5h da manhã já andávamos pelo aeroporto, onde fomos actores do maior engarrafamento de passadeiras rolantes alguma vez visto.Estou certa.Uma pilha de malas caiu.Logo parou tudo.Pessoas a cair tudo a empilhar...malas a saltar fora, pessoas a ficar esmagadas.E eu só me ria.Fui a rir até Londres.Era cada estrondo...enfim.Lá nos vieram ajudar.
Por aqui pouco mudou.Tudo no mesmo local.Alguns bem familiares.O tempo, esse mudou quase nada.
Isto é Inverno puro.Sol pouco o vemos.Voltei a acordar a procurar imediatamente pela janela essa luz quente que me alimenta.O céu azul.Mas quase sempre aqui está carregado de nuvens, bem cinzentas.
Os primeiros dias foram para nos adaptarmos aos horários dos diferentes campos de férias.Cada um tem um meeting point, aqui na zona.Os mais velhos começam bem cedo, 8h30.Ela,começa mais tarde um bocadinho.Eles terminam ás 18h, ela mais cedo.O que nos deixa depois descobrir a cidade juntas.Andamos a pé, eu e ela, em longas conversas.Gosto de descobrir Londres a pé.
O campo de férias dela, maravilhoso...tenho-me divertido imenso.E feito novos amigos. Não há nada como ser criança.Com pular numa banheira de bolas gigante, como sonhar e brincar ao faz de conta.Como aprender a brincar...e ter um mundo cheio de cores.
Cores que sempre vivem dentro de mim.Porque estou perto delas.