sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008



E quem me deu hoje os bons dias, não foi o sol...



...mas a Lua!














Hoje acordei com a lua, de tão cedo que fui "forçada" a abrir os olhos.
É o horário do 2º semestre mudou, e a primeira aula é ás 8h, o que significa que vou ter que acordar sempre ás 6h...aaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!!Pânico, ando o resto do dia a dormir em pé...mas sobrevivo!
Mas não me posso queixar, a vida toda acordei a horas ditas normais.São só mais 5 meses...
Saltei da cama decidida a enfrentar tudo...e mal abri a janela, dei de caras não com o sol, mas com a lua...numa metade perfeita...com nariz e boca, mesmo como eu gosto de a ver. O céu era de um azul ainda cerrado, mas belo.
Tirando o facto de estar rodeada de prédios...embrenhada até mais não numa cidade.Foi uma boa imagem.
E ela, estava mesmo posicionada na frincha da janela da varanda que deixo sempre aberta, por isso nem precisei de abrir a janela toda, para a ver,bati com os olhos nela de forma certeira e esbocei um sorriso, ela já me esperava, e parecia ansiosa por me dizer alguma coisa...creio eu.
A verdade é que estou já na minha hora de almoço na faculdade, e ainda não percebi o que é que isso mudou no meu dia, apenas fiquei a pensar nela, e com tal imagem na cabeça...fiquei mesmo de cabeça na lua.
O dia está a ser igual a tantos outros, no que toca à sua rotina.
Bom mas ainda não terminou, e só o facto de acordar assim, e sorrir por algo tão simples, já mudou tudo e o fez valer, ou o simples achar que isso iria mudar alguma coisa.
Não sei se me fiz entender...
Mas fica esta imagem que eu vi, assim que abri os olhos ao mundo, para mais um dia.





PS.Entretanto se mudar alguma coisa, é claro que partilho...aguardo =)

Paris...?


Porque não?
















A porta fechada.

A solitária margarida amarela colocada no copo ao seu lado para lhe prolongar a memória do dia.

A cabeça encostada ao travesseiro e a certeza de estar viva...e querer continuar a viver intensamente cada dia, cada pessoa.

Devia-a ao sol, ao rio que conhece, onde se tinham abraçado pela primeira vez com profundidade, devi-a ás memórias de uma vida.

Hoje tinha voltado ás suas margens, e caminhara algum tempo.Procurava uma resposta...

Fora tão feliz em 26 anos nas suas margens e isso bastava-lhe para não se sentir sozinha. Mesmo depois de o ter deixado ficar no átrio da velha estação.

- Vejo-te em Março?

Queria dizer-lhe que talvez não.Mas seria capaz?

Sabia que nessa altura os caminhos seriam outros e já não haveria ele, a sua máquina fotográfica e o rio que amava a escassos metros, enquanto o comboio continuava a passar a ponte ou os verdes vales.

- Até lá, sim!

Acabou ela por responder, sendo fiel a si mesma.

De luz apagada, janela aberta e reflexos das luzes exteriores no vidro do seu quarto, pensava se não teria sido esse o momento em que o tinha começado a admirar verdadeiramente, e senti-lo como parte de si.

Viajavam ainda a uns 50 quilómetros por hora, mas ele abriu a última porta, puxou-a para si e ficaram a olhar o rio em silêncio, com o vento suave a uni-los.

Sim, teria sido certamente aí. O cheiro dessa tarde e das memórias confundia-se com o seu, agora ali tão perto.


- sabes por que se diz que há sentimentos que são cegos?
Porque sabemos reconhecer e que gostamos de alguém pelo seu cheiro.Inconfundível.


E pelos olhos. Fundos.Pelo sorriso que nos arrepia, pela fluidez de pensamentos, pela sintonia, queria responder-lhe ela.

Em vez disso olhava-o. Como olhava agora a pequena margarida que tinha colhido para si no jardim de regresso a casa , enquanto avistava os locais de sempre do outro lado do rio.
Não sabendo, se o voltaria a ver em Março?


E quando dizia ver, era o ver de tudo menos de olhar, porque ela sabia que entre "ver" e "olhar" haviam largas diferenças.

Não que não conseguisse esperar até lá, pois já se tinha habituado a uma certa ausência, ou que não quisesse...era o que mais queria.

Guardaria religiosamente a sua margarida desse dia, mais as recordações no seu quarto e lembrar-se-ia do seu cheiro, das pequenas rugas em torno dos olhos e da sua máquina fotográfica.
- (a captá-la)
Bastava fechar os olhos.


Não, não seria isso. Era a previsibilidade. Sabia que em Março já não haveriam as mesmas margaridas, fronteiras do outro lado do rio e a ingenuidade da primeira vez. . .
Mas haveria um outro rio, e uma cidade inteira cheia de magia, para os receber...em paz.

Março poderia ser o fim, porque na verdade ela já não conseguia viver assim.Sabendo que tocara sentimentos eternos, mas que a partir do momento em que estes lhe fizessem mais mal do que bem...
Não um fim drástico, mas suave, como tudo era aliás nesta história.Preferiu então ficar apenas com o cheiro do começo.


Fechou então os olhos, à espera que a manhã chegasse...perguntando-se:

-Paris porque não?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

I don't want talk about it...







"I can tell by your eyes that you've prob'bly been cryin' forever,

and the stars in the sky don't mean nothin' to you, they're a mirror.

I don't want to talk about it, how you broke my heart.

If I stay here just a little bit longer,

If I stay here, won't you listen to my heart, whoa, heart?

If I stand all alone, will the shadow hide the color of my heart;

blue for the tears, black for the night's fears.

The star in the sky don't mean nothin' to you, they're a mirror.

I don't want to talk about it, how you broke my heart.

If I stay here just a little bit longer, if I stay here, won't you listen to my heart, whoa, heart?

I don't want to talk about it, how you broke this ol' heart.

If I stay here just a little bit longer, if I stay here, won't you listen to my heart, whoa, heart?

My heart, whoa, heart."

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008



Um cantinho para recordar sempre...





É no barlavento Algarvio, que fica o jardim escola joão de Deus, em S.Bartolomeu de Messines.
É lá cravada na serra, que ela se destaca, amarela e bem cuidada...e foi para lá que eu escolhi ir, sem saber bem porquê...e a verdade é que, melhor cantinho, não podia ter encontrado, para treinar, para aprofundar, para sonhar e dar asas aquilo que sou com estas crianças simples, de sorriso fácil e sempre pronto, de ambições bem diferentes daquelas a que estou acostumada a encontrar...nesta cidade que me cansa, e confunde...aprisiona e limita.


Esta era a entrada para a minha sala, do bibe encarnado, as joaninhas...do campo!









E a crescer com as joaninhas, encontrei uma velha amiga, a Vera, e que surpresa boa, não fazia ideia que a ia encontrar ali...ela fez com que me sentisse livre de fazer tudo, de conduzir estes dias...e isso foi,maravilhoso.










Os dias seguiram-se entre muita magia e também trabalho...mas trabalhar assim, é vida, jamais obrigação.



E eis que começamos juntos uma série de viagens, que nos ensinaram tanto...para eles uma descoberta, para mim um gosto levá-los nas minhas asas a ver o mundo!


Tudo tinha que ser muito bem explicado...afinal eles tinham apenas 4 anos...






A minha pequenina Emily, (Tori Amos, a cantora...), com quem estabeleci uma ligação mágica...e ali nem as borboletas faltavam para voar á nossa volta!








Descobrindo...





Os dias eram cheios e eles não páram...


Aulas de ginástica...

Judo ou ballet?

Inglês ou informática, nada lhes falta...para que um dia possam correr o mundo e saber enfrentar todos os desafios...

E os lanches, estrelitas ou chocapic?

Dias de sol...apesar da muita chuva que se fez sentir!


Sorrisos assim...


A Ema no seu mundo...


A Sofia matando saudades do seu cantinho...grandes mudanças para ela.Afinal quem está com eles todos os dias, tantas horas por dia...conhece-os como ninguém!

E as 1001 expressões da Rita, a representar para eles...



Aula de dança e expressão livre...espaço para SONHAR!



Adoraram...e eu adorei vê-los a sonhar!Porque eu também sonho com eles...


Um grupo de estagiários do 1º ano...no seu primeiro estágio e eu no último =)


A molhada...


No nosso "pátio piscina"...azul, azul...azul...


E ao longo dos dias, ganhei o nome de "Bruxinha boa", e dizem que as crianças dizem sempre a verdade.

Era a Bruxinha boa de luzinha vermelha na ponta do nariz...e assim que entrava no refeitório, ouvi-os a chamar: " Bruuuuuuxiiiiiiiinhaaaaa booooooaaaaaaaaaaaaa!!!" E riamos sem fim...






E saí de lá, com mais encanto, mais luz, e mais vontade de percorrer o meu caminho!
Sabendo um pouco mais de cada menino, das suas ambições e sonhos...tão distintos, tão grandes ou tão simples...não importa, são sonhos!

Muitos tornam-se realidade, mesmo que não durem o tempo que deviam...mas deixaram-nos o sabor, aquele sabor que nunca esquecemos...e que nos continua sempre a dar vida, uma vida repleta de esperança.

*

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008




Família Silva e eu...





Assim parti de Lisboa, num Domingo chuvoso e cinzento ao fim da tarde.


De Mp3 nos ouvidos, lá fui sonhando estrada fora...olhando os campos verdes, que tanto me lavam e refrescam o olhar.


Bom, chegar ao algarve...e ser acolhida por esta família linda, que conheço há uns bons anos...e sinto como minha também, é maravilhoso.
Houve aquele abraço do reencontro, e um sorriso sincero que precisava encontrar.
Amizade é isto, é estarmos longe 2 ou 3 anos, e quando nos vemos, sentir que foram 2 ou 3 dias...é saber que a confiança não morre, apesar da distância, aconteça o que acontecer...e que temos no outro algo tão seguro, sempre e cada vez mais.


A alegria é ponto assente.Rir, recordar, construir...ainda mais.


As refeições uma festa...E todas as noites sentir que se está em casa...é tão bom.
Cada um á sua maneira, teve comigo o tempo que nos foi possivel, mesmo tendo os dias todos ocupados, as noites eram aproveitadas da melhor forma, ou até mesmo para descansar, e dormir cedo...sem net, sem stress.








A classe jovem...da família...














A classe infantil...

Os rebentos mais novos, Leoonardo e Madalena...com 20 dias de diferença apenas, os primos adoram-se!
Foram cor...












O piriquito descansa o bico e a Célia.














A minha 1a afilhada de Crisma...Leninha!












Eu em conversações com o Leonardo...era uma festa! Risonho, vivo, decidido...meigo.









No quarto com a pequenada...











Hora de brincar...no cantinho dos sonhos, com a mãe Cláudia...que também foi um pouco a minha mãe por estes dias!
Dialogámos tanto, aprofundámos tanto...que foi sem dúvida muito importante, perceber que na vida podemos ser sempre muita coisa, errar muitas vezes, mas nunca podemos deixar de ser Guerreiros!











Eu o Donald, o Pluto e o Mikey!Qual deles a personagem?











E a não perder, o pôr do sol da varanda...virado para os montes, neste dia cheguei, já se tinha ido, para variar, mas ainda apanhei a luz e calma do fim do dia...e á noite antes de dormir também regressava á varanda, para ver o céu, e ouvir os grilos e os chocalhos das ovelhas...música para os meus ouvidos!
Deitava-me sempre com um enorme silêncio...










E á noite quando havia tempo, um cafézinho pelas redondezas...que me levou a um local mágico, maravilhoso, Ferragudo.Uma calmaria...um mar, suave a bater na areia, barquinhos aportados...e o brilho das luzes a reluzir na água,local pacifico, e muito puro ainda.





Aqui se mistura com o mar, o rio Arade...

Lá ainda vemos casinhas assim, pequenas, de pescadores, tradicionais, e não são de brincar, são emsmo a sério e mora lá gente...também quero uma assim!!!

Senti que partilhavam comigo o melhor que tinham, os lugares as magias...e fizeram-me sentir, que o que é importante e precioso para eles, também o é para mim.

O Luís, que nos levou á praia dos caneiros, local especial por várias razões, mas agora ainda mais.

E a sua cara metade a Beta, a minha companhia estes dias, sempre comigo, de manhã era ela que me ia buscar e fazia comigo a estrada, era com ela que me ria e cantava alto no carro, e era ao fim do dia, depois do trabalho de cada uma, que eu atravessava a ponte Romana, e esperava por ela no centro, para irmos juntas para casa, foi incansável...

E foi também ela que quis partilhar esta praia comigo, este cantinho onde tomámos um café relâmpago!ahahah...



Luzinhas, acenderam-se em mim!







Foram talvez nestes dias, um porto de abrigo...aliando a isso o trabalho que tinha de fazer.
Foram dias perfeitos.
E os dias perfeitos são sobretudo aqueles em que estamos cansados, mas sentimos calor ao chegar a casa, são aqueles em que acordamos cheios de sono, mas encontramos logo um sorriso, são aqueles em que chove torrencialmente, mas o caminho se faz a cantar...em que se quer chorar e não se sabe porquê, em que se quer ser livre de dizer e fazer o que se sente e juntos tudo se torna mais fácil e mais leve.
Dias perfeitos serão sempre, os nossos.
Guardo tanto...e tão bom.


Obrigado por tudo.
Saudades vossas.
Um até breve.

Please

But you never alone...

domingo, 24 de fevereiro de 2008




Emily.



Há sempre uns olhos...

... e um sorriso que nos marca.














De sorriso timido e de olhos cor do mar, ainda sem falar bem o Português...a Emily, é uma menina com um olhar repleto de magia.
O cabelos cor de laranja fortes e aos caracóis, as faces rosadas e com sardas.
Ás vezes pára a olhar para o horizonte, e para a serra...e eu fico a ali a ver com ela, seja o que for...depois brinca com graciosidade de menina, de princesa...
Acaba sempre os trabalhos a horas e sempre que olha para mim, sorri.E eu para ela.
É sempre meiga...e gentil.
E tem alguma coisa de Duende...
Deixei-lhe na mão um guizo, colorido, que agora corre com ela...e espalha som pela serra fora.

Até breve Emily.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008




Eles...e eu!

Em dia azul e solarengo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Um olá...

AAAAAAAAAAHHHH...
Finalmente consegui vir é internet...
Por aqui nem sempre se apanha rede...mas, também é bom desentoxicar.
De qualquer forma, para dizer que estou bem...a pensar ficar por aqui mais tempo que o previsto.
Fui tão bem acolhida...e aqui sinto-me em casa.O s dias divididos entre muita alegria e algum cansaço, mas só o sol nos campos a caminho da escola vale qualquer esforço...
Ontem á noite estive em Ferragudo, uma calmaria iluminada, que sítio simples...e mágico.
Fotos ainda não consegui pôr aqui...mas depois partilho.

Abraço.

domingo, 17 de fevereiro de 2008



Vou estar aqui....













Silves...


É lá que o sol me vai acordar por estes 7 dias...é lá que vou ver sorrisos novos de outras crianças, habituadas a ver verde, azul, serras e montes!
E perceber como sonham...o que sonham, como vivem...
Conto com o abraço sempre pronto de uma outra família que lá tenho...da qual sempre tenho imensas saudades.São muitos e são lindos!
Esta semana apesar de ser cheia, a nivel de trabalho, das 9h ás 17h no jardim escola...que não fica logo ali, mas em S.Bartolomeu de Messines, a 20 minutos de Silves, onde nasceu e viveu o Próprio do João de Deus, vai ser uma semana de reencontros, há muito esperados, e alegria =)Aquela que sempre temos, ali!
Mais em casa não podia estar...e melhor local não podia ter para trabalhar...e concentrar-me, coisa dificil por estes últimos tempos.
Uma mudança de Rotina assim...sabe bem.
Trocar, comboios cheios de pessoas, e prédios, por montanhas...e verde.
E respirar.
Pois os próximos tempos adivinham-se de imenso trabalho...
Apetece ruas brancas e estreitas, velhinhas de lenço preto na cabeça á janela, pedras que brilham nos caminhos, cheiro a Rio...e a laranjas, apetece mar e horizonte.
No entanto sempre que puder vir á net, deixo aqui algumas palavras da minha experiência , e fotos também.
No entanto sei que...me apetece estar longe daqui.

Como se aqui, nada me prenda, ou me faça sentir viva...













Até ao meu Regresso.











(Já tenho o portátil...!Trabalho mais facilitado...ihihih)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

De chave na mão...vou abrir a porta.













Há dias que são especiais apesar de não serem providos de grandes acontecimentos.
Dizem por aí, que hoje é dia dos namorados...!

Secalhar foi só por isso, que o dia de hoje amanheceu lindo. O sol a entrar pela janela e os lençóis quentes do meu corpo entorpecido. E espreguiço-me como um gato.
Saio para a rua e deixo que música que levo no mp3 tome conta dos meus pés que caminham em sintonia com o ritmo. Coisa rara, pois ando devagar demais para qualquer ritmo, mas ao tempo certo para todas as melodias.
Chego à estação de metro e sou apanhada na multidão que caminha no sentido contrário ao meu. Estou no centro do caos da estação de Marquês de Pombal e não resisto. "Looking Back" no volume máximo, porque esta música tem a capacidade de me rasgar um sorriso de orelha a orelha e, completamente divertida, apercebo-me mais uma vez que a capacidade de amar transcende muitas coisas.
O físico, a gravidade, a distância e perdura em todos os poros da pele e recantos da alma. Independentemente da forma que tem.
O que a música faz. Sorrio.
Só houve uma outra altura em que fiz algo parecido. Estação de comboios de Kings Cross, Londres. Somewhere over the rainbow, por Esmael kazawakiiii n sei quê... a passar nos altifalantes. Estação invariavelmente cheia e eu a cantar a pelos pulmões a música que tantas vezes ouvi e senti.Não conhecia ninguém e tinha nada a perder...e assim fiz.
Hoje, como naquele dia, fi-lo numa tentativa de me libertar dos amores que sempre irei amar.
Fazem-se coisas doidas na vida e esta foi uma doideira assim pequenina.







O dia da minha morte ainda não foi hoje. Dito assim parece estranho.
Fui á loja comprar o material necessário para voltar a ter as minhas tranças, (a mulher da caixa perguntou-me se eu queria um saco para levar as coisas…a mim, logo a mim ela pergunta isto. Ficou com o saco para ela). Tal era a minha felicidade de voltar a um pedacinho tão bom de mim.
Quando voltava para casa com o dito material debaixo do braço e a música altíssima nos ouvidos, trava um carro para me deixar passar na passadeira.Porque eu não olhei e não ouvi, mas o de trás não trava. Bate no carro da frente e o da frente toca-me ao de leve nas pernas.
Tremi. O sangue parou.
Apercebi-me de como a mente é prodigiosa e desconcertante a fornecer informação.
Imaginei o meu sangue no chão misturado com trancinhas...e missangas coloridas.
Na altura achei que seria uma boa maneira de morrer.
Tocava Dreams in Colour.

Beijo de boa noite“I say love…”







quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008







Os olhos castanhos quando choram ficam todos enlameados.

Por isso, há que aproveitar sempre os dias de sol para plantar couves:

Couves para caldo-verde, couves para cozido à portuguesa, couves para batatas cozidas com couves, couves para serem couves e terem lagartas das couves.

As lagartas das couves que se arrastam com o seu meio corpo mole de cada vez, são bonitas de se verem.

Às vezes, quando se abana a folha da couve, elas caem na terra castanha e morrem com os olhos.

(Há pessoas monstruosas nos dias de sol.)

Mas a culpa toda é dos olhos castanhos, porque não são azuis.

E não têm aquários com peixes lá dentro.

Ela disse Adeus.

E foi-se.

Pintar o mundo.




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

"Curiosa espreita as velas cor de rosa...á procura do nosso tesouro...

O segredo a descobrir , está fechado em nós..."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008





Amar é isto...












"Tão frágil e indefesa - não sabes andar, não sabes falar, não sabes pedir nada! Olhas para nós com uns olhos que não compreendem o que vêem. Mas ser-se indefeso é ter força e nós deitamos-te a salvo, no lençol. A salvo porque não conheces o medo e porque nós só precisámos de olhar para ti para sabermos que faremos tudo neste mundo para te proteger."


(27 de Dezembro de 1981, Domingo)
Encontrei-o escrito num album de fotografias, de quando era bébe.
Não sei quem o escreveu, mas também não perguntei, com medo da resposta.
Talvez os padrinhos, talvez os tios...e porque não os meus pais?
Tinha menos de um mês de vida e foi uma prenda de natal, seguramente.
Há anos que pego no album e nunca dei tanta importância a estas palavras, como hoje.
Porque é hoje que não sinto segurança.Em tantas coisas...
A verdade é que hoje, quis sentir que um dia, já fui muito amada.
(Talvez hoje, durma a noite toda.)

domingo, 10 de fevereiro de 2008



SCOUTS da minha Vida!


Quis o destino juntar-nos...na viagem para Genéve!
Desde aí...foi o que foi.Unidos pela morte do Peneu...e por tantas outras que nunca mais acabam!
Na sexta decidimos finalmente juntar o grupo do Raid de Paris, e recordar as maluquices...
E está claro, ainda foi pior...
Aquele abraço...e "Aiii...que isto hoje vai haver bacalhau!!!"


Passámos na MANSÃO cor de rosa do Dino, e seguimos para junto do Rio...o Peter's que já me conhece...foi o local escolhido.
A partir daí, só sei que não me ria assim há uns tempos...
Alguém se lembrou de pedir o melhor bolo de chocolate do mundo...e deu nisto!


O Mourinho a pensar no resultado do jogo, contra a 3a idade, depois de ter partido mais uma perna aos adversários...tudo para cima de 80 anos.

A Cristina, a pensar na próxima escultura...ou na marca das fraldas do Massas???
A língua que está sempre guardada...hoje foi a arejar!!!

Mas como não lavamos os dentes desde Genéve, não se podia abrir a boca...não é Aninhas?




Massas engana-se na roupa, e em vez de trazer a camisola da DODOT...traz a da Nike!





E nesta noite tavam todos muito carentes...e a mãe, deu um abracinho!


Depois foi respirar rio...e noite!Brilhos e escuridão!


A Cláudia e o Dino...


A chinesinha!


Ele é tão grande que eu me perco atrás dele...se eu fosse pequena então!



Um momento de introspecção...juro que pensei atirar-me ao rio!


Chinedino!!!!LOL


Mas a grande companheira de galhofa é a Aninhas!


E EIS QUE SURGE UM GIGANTE DA ÁGUA!!!Ficámos amigos=)


Depois do gigante, vem o CAVERNíCOLA, TROGLODITA, URSO SUíNO, COBRA CUSPIDEIRA DO Gonza!


E resolve astear a minha mala na praia...pensurando-a lá em cima.Depois de me fazer ir ao banho...práticamente!


Tem alergia a flash!fica com tiques...nervosos!


Ou adormece!Efeitos secundários=)


Mas depois tudo recomeça...não há cura.

MOURINHO alegra-se e pensa que nunca mais quer lesionar um velhote, no futebol=)

Renasce para a vida.




Estes dois brincam...e eu assisto=)





A noite acabou com a Aninhas a cantar o fado...á boca cheia...e o Renato a acompanhar á guitarra.



Há algo de Amália nesta mulher...digam lá?


Eu como não fui ao Entrudanças...acabei a dançar para eles...





Agora fora de brincadeiras.

A verdade é que gosto muito de todos vocês.

Novas cores.Nova vida.

Até breve...

Peneuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!