domingo, 19 de maio de 2013

London is grey.Yes it is.
























Ultimamente tem sido assim: longas caminhadas, descobrindo esta cidade por mim mesma; a procura dos sinais da Primavera pela beira rio e pela beira das estradas; uma casa com uma janela cheia de flores ou a parte mais cinzenta de Londres.Saboreando a ventania que se faz sentir, depois de uma exposição de fotografia. Há momentos em que as coisas são simples e não é preciso grande coisa para respirar fundo e estar tranquila.Procuro cor, por todo o lado, ela existe...e ao mais pequeno raio de sol, que rompe do céu  assim se rasga o meu sorriso.
Vão-se revendo vidas, que fizeram e continuam a fazer parte da nossa, fazem-se planos de uma viagem, para desbravar caminho...bem ao meu jeito.
Depois, podemos voltar aos sonos difíceis, aos dentes que não rompem, aos dias de trabalho,que me fazem ver crescer 2 vidas que me dão um enorme prazer de aqui estar.
E a chuva, miudinha vou-me habituando a ela, e ao frio que regressou...depois do sol radioso...e cada vez mais, faço desta cidade, o meu lugar...como tantos outros lugares.Leva tempo, não vai ser imediato...mas a cada semana, uma nova descoberta.

(e a tristeza que aumenta quando parece que vejo uma cara conhecida passear-se por aqui e por ali. ele é igual a ti, parece que os gestos se repetem também: a maneira como leva a cerveja à boca ou como sorri de repente, é como se não estivesses a quilómetros de distância mas aqui e tivesses esquecido depressa, já esqueceste, eu sei, mas estavas ali e eu só queria cheirar-te o perfume outra vez. silencio a vontade de te passar as mãos pelos cabelos, fecho os olhos e faço-te voltar para onde realmente estás. impossivelmente longe.)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Reencontros










Londres, tem sido palco de numerosos reencontros para mim.
Pessoas que já foram muito próximas e fizeram parte de momentos únicos.Pessoas que arriscaram em mudar de vida, de lugar, que alargaram horizontes.
O Helder foi um deles.Passaram anos que não nos vimos.Muitas aventuras para contar.O mesmo desejo de correr o mundo e descobrir outras culturas.
O mesmo Helder bem disposto e sensível que conheci.Passamos 2 horas a conversar, deliciando-nos com uma cerveja de chocolate.O tempo correu.
Mergulhei de novo na confusão Londrina, aconchegada por um abraço de uma amigo muito querido.
E como ele mesmo disse: "Posso não ter tudo, mas só não quero ressentimentos."
Talvez me tenha feito pensar e muito.
Venham mais encontros assim.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Look for a spring day!







Porque apetece azul, quando o céu também fica azul.
Porque apetecem flores, quando elas estão por todo o lado.
E porque o melhor look, será sempre aquele que inclui um grande sorriso.
Boa semana.

domingo, 5 de maio de 2013

Movie time @ Chick flicks







(Eu até posso armar-me em forte e posso fingir que não sou nada dada a romantismos. Posso ter medo das certezas, mesmo que as sinta profundamente. Posso fingir que as cenas melosas não me dizem nada e o que quero ver são coisas bonitas, que me façam pensar. Eu posso tentar evitar mas não consigo não me imaginar na pele da rapariga rejeitada, da rapariga mais sortuda do Mundo, da insatisfeita e da céptica. Eu posso tentar resistir e ver o filme em metades desiguais, completamente bêbada de sono, agarrada às duas almofadas que me fazem companhia diariamente. Mas disto é que eu gosto. Daquele nó na garganta quando o filme está prestes a chegar ao fim, das lágrimas que me caem por imaginar que aquela podia ser eu, da emoção de imaginar que um dia aquilo também me há-de acontecer. Com direito a música melosa e tudo. 
Porque não existe nada que me importe mais do que ter um coração que palpite e faça palpitar.)

Hide Park














Cada vez mais e vou encantando, com esta cidade.Vir como turista e viver aqui, acaba por ser muito diferente.
Passear por Hide Park sabendo, que fica perto de casa e que podemos sempre voltar, faz com que vá captando tudo com outra calma.Sem a urgência habitual de chegar e partir...com o tempo contado.
Noto-o nos meus passos em paz, acompanhando a batida de um coração que ainda a medo, renasce para uma nova realidade...e não falo desta que encontro, mas das realidades que deixei para trás e me magoaram um pouco ou talvez tanto.Me apertaram o peito com o que via.
Mas depois este sol beija-me a pele e faz-me rebentar em cor e harmonia.E a vida que pulsa nestas ruas, nestes parques, nesta mescla de culturas, faz-me sentir em casa e cada vez mais confortável com tudo o que me vai entrando pelos olhos e pela alma.
Vejo todo o tipo de pessoas, estilos, religiões e Londres prima por ser tão Cosmopolita.
Aqui ninguém quer impressionar, apenas ser.E a liberdade de expressão grita.
E assim vou eu também soltando aquilo que sou e guardo dentro.E resulta como magia...no contato com os outros.
O que vivi pelo mundo, ajuda-me agora a estar bem em qualquer lado...desde que possa respirar e encontrar a beleza que nasce onde vou pousando o olhar.
Comigo,dois anjos pequeninos que me olham com a maior doçura do mundo e isso torna tudo ainda mais belo.Sorrio-lhes, numa cumplicidade que vamos construindo.
Regresso a casa, quando a tarde finda e o vento a anuncia.Entro num táxi,deixo-me ir encostada ao vidro e vou vendo a felicidade no rostos, que imagino, estarem felizes.
Detenho o olhar no fim das avenidas,nos sinais, nos outros táxis e esplanadas e sorrio levemente por aqui estar.
Espero.


Reencontro




Because I know there are people who say all these things don't happen. There are people who forget what it's like to be 16 when they turn 17. I know these will all be stories someday. And our pictures will become old photographs. And we'll all become somebody's mom or dad. But right not these moments are not stories. This is happening. I am here.


Foi um reencontro...merecido.
Uma amizade que conta com 16 anos, 10 dos quais o Paulo sempre esteve no Uk. 
Deixou-nos a todos em Portugal, em busca de um futuro melhor.
Mudou a sua forma de viver, por aqui anda como peixe na água.Sente o Uk, como a sua casa.
Recordo imensas coisas,pessoas e lugares que fizeram parte de ambos, as aventuras de grupo,os dramas e amores que desabafamos um com o outro, as caminhadas á beira mar e escaldões , as risadas na minnha ou noutra rua por ali,os stresses por nenhuma razão,a bica no local dos reformados...que gostávamos e não sabíamos bem como...as discussões  sempre fomos cão e gato, mas no fim sempre nos entendiamos.A rivalidade Mina e Venteira. As vezes que me ia buscar para um coffe e esperava horas no carro.
Eu era outra Rita, mas ao mesmo tempo esta Rita.Apirando correr o mundo e ajudar os outros.Ele era outro Paulo,decidido e amando o futebol, mas sempre o Paulo.Longe de pensar, que um dia em Londres, nos encontraríamos.
As pessoas mudam de caminho, de opções, de vontades, mas uma boa parte delas sempre fica.
Fica o sorriso...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Happy London!



















Lembro-me que em Janeiro, parti de Londres a pensar que nunca poderia viver aqui.O céu cinzento...a chuva,a neve,o frio...estar longe de tudo...
Em Abril, regresso, pela mão de um vento de mudança e encontro Londres cheia de sol...e com uma primavera exuberante que se denuncia claramente a cada passo em todas as esquinas.
Eu não contava com isto e confesso que me assaltou o coração de imediato!
O trabalho não podia preencher-me mais...neste momento.Gosto destes miúdos de uma forma doce, macia, que me faz dar cada passo com amor.Merecem tanto.Sinto-me em casa.
Os amigos que por aqui vivem, vão sendo uma base importante, mais os que estão espalhados pelo mundo e me fazem sentir próxima, todos os dias!
No ar e neste cheiro a Verão há uma promessa. Não sei exatamente do quê mas sinto-a. E conformo-me: afinal não é assim tão mau ser filha adotada de Londres, como de tantos outros lugares que amei.
I am just loving this new life!




quinta-feira, 2 de maio de 2013

Flowers from London!




Hoje, numa das minhas caminhadas matinais, pelas ruas, apaixonei-me por estas flores...que me gritaram, que as trouxesse comigo.
E acabo por descobrir que a primavera acontece dentro de mim.
Talvez sejam um sinal do renascer, a pintar-me os dias...e do recomeço com que me brindo a mim mesma, sempre que entendo mudar de direção.

Elas por aqui ficam e lindas no meu parapeito.





Shhhhhhhhhiiiuuu....

Na verdade,precisava de cor.De frescura.
E finalmente,precisava de parar de pensar naquelas pessoas que julgava fazerem parte da minha vida. Entram e saem sem dar justificação e esperam que eu aceite isso com naturalidade, esquecem-se de mim quando é mais conveniente, não ouvem o que eu tenho para dizer, tratam-me como se fosse invisível mas olham-me nos olhos como se me soubessem de cor, querem usar e deitar fora, não compreendem a forma que escolhi para viver, escondem-me segredos e não-segredos, mentem-me sem dó nem piedade, nem medo de que venha a descobrir, entram-me na cabeça sem pedir licença e vão ficando, gostam mas depois não gostam. Será que um dia podemos só experimentar dar e receber? Em quantidades iguais e em períodos coincidentes. Sem medo de falhar e sem vontade de escangalhar tudo. Reciprocamente?