segunda-feira, 30 de junho de 2008


Sonho ou pesadelo?










Percorri caminhos antigos,na luz da nossa lua cheia.
Ruas sem nome, sem cor, apagadas pelo tempo, por entre fachadas escurecidas.Receberam-me sem agrado, apenas presentes nas memórias dos nossos tempos.
Reencontrei-te sem te reconhecer.Tu assim como as ruas que percorremos, assim como as fachadas, perdeste o brilho.
Iluminaste apenas as rugas, que nada marcam de nós.
Reencontro-te enquanto me falava de ti, mas tu já não és quem eu vejo.
A música que continua a tocar diz-me mais do que sinto.
São as memórias que me embalam neste luar...
De ti nada resta...és o fantasma que me prometeu amar.
Apagaste-te.
Renunciaste a vida.
Comigo está aquela parte de ti, a tua energia vital, o teu despertar, o teu acreditar, o teu brilho.
Vai, sorrio-te na partida e na chegada.
Vai pelos caminhos que escolheste.
A mim já não me interessa ficar aqui.
Afinal o melhor de ti, sempre esteve somente dentro de mim.











Por fim, tocou o despertador e eu acordo, terei sonhado que escrevi algo assim...mas jamais o senti...no entanto há sonhos tão reais.

Maria Mena

Maria Mena - Miss you Love - Maria Mena



E a útima festa da semana mais louca do ano...



Aniversário do Luís Embarazado!!





E assim foi um dos meus últimos momentos de folia, dos próximos tempos...o aniversário do Luís.
Fez 25 anos...e pode contar com todos estes sorrisos e caretas.Ele que sempre está atento aos outros, e tem um abraço pronto e cheio para nos dar...
Entre uma prenda mais simples, está ainda um dia bem passado em Montachique, para um pic nik, com muito sol e amigos...brevemente.Com direito a toalha aos quadradinhos vermelha.
As coisas simples sabem bem.




O jorge recém chegado do Hawai...ahahahah!







Aqui a Carina começou a descompensar e depois foi o que se viu...








Concurso as piores caretas!








Obrigado Luís pelo dom da tua vida e por nos reunires assim...
(Estar com vocês tem sido aquilo que me tem suportado, e feito sorrir mais e com mais vontade, tem que ser.
E este blog á falta de palavras como outrora, enche-se de imagens, porque essas também falam.
Agora que todos partiram...e o silêncio se instalou novamente, vou concentrar-me de novo no estudo e no trabalho.Só mais um bocadinho...
Não prometo que seja para breve o regresso aos textos mais elaborados, e sentidos, mas eles vão voltar...apenas tenho que sentir.
Sem sentir, nada feito.E escrever para encher chouriços, não me parece.)
Até breve...

domingo, 29 de junho de 2008



A última noite do Denis Chai em Lisboa



O dias do Denis em Lisboa, foram animados, pelo menos de tudo fizemos para que fosse assim.
Amanhã já está de partida...
Ele visitou imensos locais, como Sintra, Cascais, teve a oportunidade de provar um pouco da nossa gastronomia, e de conhecer imensas pessoas, porque isso é o que ele sabe fazer muito bem, comunicar.
Como tal, pôs logo toda a gente muito á vontade, e fez-nos rir...imenso com o seu jeito de ser.
Ficam as imagens de um último jantar, onde cozinhámos para ele um bacalhau á brás, com salada e regado com um bom vinho que ele mesmo escolheu.
Á sobremesa, gelados de 1000 sabores, com toping de manga e gargalhadas...muitas e boas gargalhadas.
O local,foi na casa da mãe das nossas manas...foi o espaço ideal para uma noite agradável e familiar, ao bom jeito Português.A seguir e porque ele tava cheio de vontade de dançar, lá fomos em busca da disco perfeita, para dançar, foi nas Docas, que conseguimos entrar sem pagar, mas também foi lá, que ninguém sabe como, lhe roubaram do bolso a máquina digital, que tinha todos os registos de Lisboa, Sintra, e afins...
As únicas fotos são estas...tiradas com a máquina das manas =(
Mas como lhe disse, as melhores fotos, tiramos com os olhos e guardam-se no coração.
O Denis adorou tudo...e nós também.








Grande apreciador de vinho...






Os sorrisos já um pouco alegres!


Claro que todos ficámos alegres nesta noite...graças ao Denis.


A última foto da noite:..."Aqui não porque eu posso ter que me mover de um momento para o outro, percebe?"

Alguém se lembra disto??ahahahahha...só rir.



O Denis, conseguiu cativar todos á sua maneira...ele gosta de viver e aproveitar a vida, viajar é talvez o que mais fez este ano que passou.

Conhecer pessoas, de diferentes culturas é o que mais gosta.Sinto que procura romper com um estilo de vida, que é muito comum em Singapura, de riqueza e ostentação...ele procura a simplicidade, ficando por exemplo num hostel e não num hotel, e sinto que para ele conhecer a Europa foi uma descoberta de outras realidades que o agradam e o farão romper sem dúvida com o materialismo vivido em Singapura e na sua família.

Recordo a sua expressão, quando viu o Oceano, há mais de um ano que não o via...qualquer coisa dentro dele se iluminou.

Até breve Denis...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Dos dias com a Renata...



A Renata acaba de partir hoje...para Timor.
O regresso é em Outubro, por 2 meses...vamos poder celebrar o nosso aniversário juntas, novamente!
E os dias que passaram foram longos, tal como as noites, 10 dias são nada, para quem está longe meses a fio.
O reencontro com os amigos, foi maravilhoso.
Sorrimos tanto estes dias, reencontramo-nos tanto, revemos tantas recordações e escrevemos novos dias por cima dos dias...
Ela tem esta capacidade de unir todos á sua volta...de uma forma simples e divertida.
O regresso aos locais de sempre, e o sol a marcar os dias, a correria entre minha casa e a dela, as garalhadas e as corridas no trânsito com os Niiinos!!Só tu.
Já tenho saudades.
Ficam as imagens daquilo que espalhaste...com a tua presença =).












A amizade é algo absolutamente intemporal e eterno...
Agora os dias regressam á normalidade, e ao trabalho...mas com mais cor e mais bons momentos a fazer-me sorrir, só de me lembrar das aventuras destes dias.Mas também uma enorme saudade.
Obrigado Renata, pela tua presença entre nós...sabes que ficas cá...em muito do que nos deixas sempre.
Até breve...

quarta-feira, 25 de junho de 2008





Maré de Aniversários...






Tanta gente a fazer anos...




E hoje PARABÉNS AO MEU PAI!

Se lhe pudesse oferecer hoje o sol, o ar puro, a liberdade e o bem estar, era isso que escolhia...e levá-lo-ia aqui.
As coisas que nos custam, não as devemos esconder, e assim como partilhamos as boas...aqui estão as que me custam mais.

Este talvez não seja o aniversário mais feliz de todos, com mais sorrisos, com mais alegria...mas é ainda e sempre a celebração da vida!

















Mesmo atrasados, PARABÉNS:




Beta e Luís










terça-feira, 24 de junho de 2008




Denis...in Lisbon!








Chegou ontem a Lisboa o Denis.
Natural de Singapura, mas a estudar em Durham, amigo do Duarte, deste ano de Erasmus.
Está quase de partida para casa, mas antes quis visitar este cantinho plantado á beira mar.
Ontem, esperava-o no hall de chegadas e o abraço não tardou, forte, e aquele sorriso rasgado, á Denis!
Foram poucos os momentos com ele, quando estive em Durham, mas lembro-me que foi das pessoas que mais me marcou, divertido e amante de viajar e conhecer o mundo.
Apesar das muitas coisas para fazer, vou estar por aí, com ele e com a Renata.
Que bom poder ter ao mesmo tempo, por perto duas pessoas que me fazem por algum tempo não pensar nas coisas mais tristes...apenas com a sua presença.
Partem ambos no final da semana, mas ficam os bons momentos...sempre.
Welcome Denis!

domingo, 22 de junho de 2008

Parabéns Duarte =)
























- Eu vi a terra limpa no teu rosto,

Só no teu rosto e nunca em mais nenhum.

Eugénio de Andrade


sexta-feira, 20 de junho de 2008

É HPJE
tUDO SE DECIDE
É HOJE.

quinta-feira, 19 de junho de 2008







A surpresa do dia!

Renata.














Ainda ontem tinha pensado nela e nas saudades que sentia, como penso tantas e tantas vezes.
Eis que sem aviso prévio, sem suspeitarmos, chega de surpresa a Renata...directamente de Timor.
Ontem chego á oração de Taizé, já um pouco tarde, e com quem me deparo?
Renata, sentada no chão olha para trás e sorri, com aquele ar maroto, eu quase paralizei, pois como todos só a esperava já em Outubro, mentalizando-me que as saudades iriam apertar mais, ainda mais.
Foi tão bom.Que não posso descrever fácilmente o que senti e ainda sinto.É como se os dias, ganhassem agora uma cor diferente, nem que seja por sentir que está "debaixo do mesmo céu", na mesma cidade, a alguns minutos de distância...Pena é eu estar numa fase tão complicada, com trabalho e o meu Pai assim.
Mas todos os dias vou tentat estar com ela, nem que sejam alguns minutos...são preciosos, pois dentro de dias, voltamos á distância que nos separa fisicamente.Mas que custa tanto.
Embora eu sinta, que começo a aprender a lidar com as distâncias e a saber ler todos os tipos de distância...
Há amigos que nos fazem tanta falta, que são pilares na nossa vida, e a Renata sem dúvida é um deles...que nunca, mas mesmo nunca me falhou.Alguém em quem se confia plenamente e se sabe que sim...que aconteça o que acontecer, dê a vida as voltas que der, estamos lá.Há quase que um laço de sangue...que não se vê, mas se sente.
No meio de tantas coisas que estou a viver, uma alegria enorme, da tua presença entre nós, nem que seja por alguns dias.
Nem que fosse por um dia=).
O regresso a casa, a nós.
Aquela família que escolhemos que são os amigos.


Bem-vinda Renata!






quarta-feira, 18 de junho de 2008

Obrigado


Obrigado a alguém, que não conheço...mas que hoje permitiu que novo sangue corresse dentro das veias do meu pai, e lhe desse mais força, para continuar esta Luta.
Obrigado a todos os que dão sangue, e me deram também um dia, pois ele ainda corre em mim e permite-me viver =).
É no minimo belo, poder agradecer a quem nunca se viu, mas nos vive dentro desta forma, porque se deu assim...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Everything has changed...

Everything Has Changed - William Fitzsimmons

Só para te responder:

Sim.Mudou.

Mas a vida corre.

Muda sempre.

Cada dia na minha vida, é uma mudança...ainda que ligeira.

Mudar acaba por ser bom.

Não me podes é pedir que não sinta saudade, do que já foi.

Embora, quero que saibas que o faço com um sorriso, verdadeiramente interior.

=)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

E ontem Alfama...










Quando Lisboa anoitece

Como um veleiro sem velas

Alfama toda parece

Uma casa sem janelas

Aonde o povo arrefece.



É numa água furtada

No espaço roubado à mágoa

Que Alfama fica fechada

Em quatro paredes de água

Quatro paredes de pranto

Quatro muros de ansiedade

Que à noite fazem o canto

Que se acende na cidade

Fechada em seu desencanto

Alfama cheira a saudade.


Alfama não cheira a fado

Cheira a povo, a solidão

A silêncio magoado

Sabe a tristeza com pão

Alfama não cheira a fado

Mas não tem outra canção.





José Carlos Ary dos Santos, cantado por Amália Rodrigues

Alfama é para mim, o bairro mais bonito de Lisboa inteira.Inspira-me, tem aquela vista única sobre o rio, os seus miradouros e ruas apertadas tornam-na única.

Ontem, noite de Sto.António, não foi excepção...e comecei e acabei em Alfama.Normalmente gosto de passar por vários sítios e acabar ali, mas este ano não gostei do Sto.António.

Faltava alguma coisa, as ruas encheram-se na mesma, a noite mais que quente estava perfeita, mas este ano, pouco daquilo fez sentido.

Sim, as pessoas saem para a rua, festejam e cantam...comem, bebem, ficam apenas a ver passar, há uma alegria pelas ruas que uma vez por ano ficam assim, mas quando se anda á procura dos amigos 1h30, como andámos ou alguém nos procura 1h...cansa.E porque as coisas ficara mal combinadas.

Fiquei contente com a visita dos meus primos de Sesimbra, apesar do tempo que passámos juntos ter sido pouco, passámos mais tempo a tentar encontrar-nos.

Quando não há bailaricos em lado nenhum...apenas músicas altas, que se confundem e não percebemos afinal que música é e de onde vem?Já viram santos sem bailarico?Não havia...eu não encontrei nenhum.

Quando se paga 10 euros por um jarro de sangria que nem um litro e meio tem...é um roubo.

Santos populares assim não.E eu que adoro os santos e o ambiente que se gera á sua volta, mas este ano, não sei, não me soube a santos populares.Para não falar que mandei 3 moedas ao santo, e nenhuma calhou lá dentro...todas fizeram ricochete.

Por entre a multidão ia encontrando rostos conhecidos, que não via há muito tempo, e os "olás" apertados pela enchente, fizeram-me sorrir, todos aqueles rostos, misturados, sim, mas depois , sabem quando se está entre uma multidão e nos sentimos sozinhos...e nos perguntamos mas que estou eu aqui a fazer?

Alfama tinha um sabor a saudade, pelas ruas, saudade de bons momentos ali passados, em anos anteriores, de autêntica festa.E quando via passar aqueles grupos animados, a minha vontade era juntar-me a eles, perguntava-me onde estavam as pessoas que comigo a fizeram.Renata, Duarte.Longe, daqui.Ou no bairro do lado.Vanda e Nelson.Devia ter ido ter com vocês...

Sinto que quem comigo estava não festejou esta noite , porque não tinha talvez motivos para isso, ou não a soube festejar, mas eu pergunto, se para celebrar é preciso motivo?

Não bastará estarmos vivos?

Quando se sai com pessoas, que acham mal falarmos com desconhecidos em ambiente de festa...é o fim.E numa noite como esta, todos se falam e as vergonhas ficam em casa.Pois esse é o ambiente Popular.E lá nisso o S.João no Porto é bem mais animado, pela gentes também.

Bom a noite para mim terminou ás 4h, o que considero cedo para uma noite como esta...em que gosto tanto de ver Lisboa a acordar, com cheiro a santos e a alegria.

Para o ano há mais.E espero que bem melhor.

Agora de volta ao trabalho e até dia 20.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

E por estes dias...



Saí da faculdade a correr, para ir ver o jogo que era ás 17h, pelas ruas, todos se encaminhavam para a zona do marquês de Pombal, havia bandeiras, buzinas e uma pressa que vai animando as pessoas.
Vimos o jogo todos juntos, tal como o fazemos desde que começou o Euro, e gritos, pulos, emoções...gosto de ver o jogo entre amigos, comentar, vibrar.Não que ligue muito ao futebol, mas nestas alturas, gosto sim.Portugal está a sair-se muito bem...
O trabalho, é muito, e também é preciso momentos para descontrair...e respirar.
Por estes dias precisa-se de acreditar, perante o cenário, que a subida do preço do petróleo causou, na falta abastecimento ás grandes superficies, isto começa a afectar-nos a todos.
Por estes dias vai-nos deixando bem, o céu azul, o calor e todas as iniciativas que brotam por aí.

Hoje, são os santos populares que me chamam...e se gosto de os celebrar e de me misturar na multidão, que invade Lisboa em noites quentes, como esta.
Recordo esta noite o ano passado, e sorrio.

Vemo-nos por lá...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Bob Sinclair abanou Carcavelos








A praia estava cheia...mas cheia, é literalmente cheia de gente, por todos os lados, uma organização que quanto a mim está de parabéns...

Foi uma noite muito bonita, em que a lua ia descendo no céu, mudando de cor, deixando adivinhar o calor do dia de hoje, e a música embalada pelo mar mesmo ali em frente, fez-me dançar, com uma energia única.

Diga-se de passagem que o nosso grupinho, teve lugar numa zona previligiada, uma vista fantástica sobre a praia e o palco, e espaço para dançar...

Depois foi só deixar a música entrar. E a mensagem de paz passou.

Fez-me bem...dançar, dançar, dançar!

Contagiante.


segunda-feira, 9 de junho de 2008

Adormecer







...como quando se sente, dentro da
alma,



um silêncio tão profundo e rochoso que não se pode

apagar com palavras...

sábado, 7 de junho de 2008

Priscilla Anh

Are We Different? - Priscilla Ahn

Are we different?



Como terminar bem o dia!

*Lanchar com a Lua na Confeitaria Nacional...

*Oração de Taizé...na baixa.

*Jantar no Chiado com a Ritinha...










Lanchar na Confeitaria Nacional, em boa companhia é assim um gosto.
Meus amigos: a não perder!


Hoje foi a Lua que lanchou comigo.



Assim que entramos, somos levados para outros mundos onde tudo é bonito, delicioso, afável e familiar.
As escadas de madeira conduzem-nos ao salão de chá com as janelas delicadamente salpicadas de floreiras enquanto espreitamos para a Praça da Figueira.













O dia estava azul e quente.

A selecção é variada e os aromas deliciosos. A diversidade de chá chega a ser inervante só pela dificuldade da escolha. Aconselho no entanto, o Winter Tea que nos aquece a alma juntamente com os deliciosos scones acompanhados de compotas e polpas incomparáveis.Mas para uma experiência singular só o maravilhoso Bolo-Rei. É o melhor Bolo-Rei do mundo e arredores, e faz parte do meu imaginário de infância, quando todos os Natais acedíamos a esta iguaria inigualável. O que é fantástico é que na Confeitaria Nacional, podemos desfrutar deste prazer durante todo o ano e à fatia!Mas hoje descobri que lá há gelados artesanais e com sabor a bolo rei, pois foi mesmo o que pedi, que maravilha...a Lua ficou pelos scones...e batido.
E á conversa ficámos.










Só para rematar, ao contrário de quase todos os estabelecimentos seculares lisboetas, os empregados são de uma simpatia extrema, ficando nós com a sensação clara, de que gostam mesmo de ali trabalhar e sentem orgulho de pertencer à equipa da melhor e mais tradicional confeitaria da cidade. (Os lisboetas sabem bem do que falo, quando em estabelecimentos de renome, somos atendidos como se nos estivessem a fazer um imenso favor!)
Voltarei em breve porque ainda há muita delícia a saborear e não são todos os dias em que podemos fazer viagens no tempo e revisitar sabores que apenas vivem nas páginas dos livros das avós...
E porque com a Lua há sempre mais e mais para falar, acho que sempre que nos encontramos, (e já não o faziamos há tanto tempo), há coisas que são fulcrais, e a que damos imenso valor, uma coisa é certa, a nossa alegria de viver não nos deixa sucumbir quando surgem adversidades...e o sorriso está no rosto, na alma e no coração.

Dali seguimos para a oração de Taizé, em S.Nicolau, que melhor forma podia haver de terminar uma sexta feira?
De mão dada, com força...e aquele sentimento de "estou aqui para ti, sempre."
Lá há sempre um encontro de muitos amigos, entre eles estava esta menina...





Recém chegada de Taizé...com aquele brilho nos olhos, o abraço foi forte e tanto havia por dizer que acabámos a rir pelas ruas de Lisboa, ao anoitecer, a andar descalças na rua Augusta, e por fim um jantar no Chiado...a duas, com muita partilha pelo meio.Como já era merecido.

Uma coisa trago, uma confirmação daquilo que já sabia...tanto de um lanche com a Lua, como de um jantar com a Ritinha.A amizade é eterna.
Mesmo que a julguemos acabada, ou distante, uma vez amigos, amigos para sempre...seja por um passado, pelo presente ou ainda pelo futuro que vislumbramos.


Na nossa vida passam milhares de pessoas, nunca páram de entrar, mas apenas algumas ficam, é certo...e eu começo a saber quem ficou, quem está de facto.Talvez seja uma das vantagens de amadurecer e da idade...é tudo muito diferente quando se tem 18 ou 26 anos.
A amizade pulsa cá dentro, passem os anos que passarem, não se esquece um sorriso, um bom momento, um abraço no momento certo...

Eram perto das 23h, quando acabámos de jantar.
Caminhei então calmamente pelas ruas, cheguei a casa a sorrir, e por artes mágicas, mais calma do que saí...mais certa de que quero ser sempre assim, sentir assim...
Foi o fim de dia e a noite perfeita...

E há pessoas, que revemos, que nos fazem tão bem...
Tão bem.


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Bob Sinclair...ao vivo, dia 9!

Dia 9 de Junho, véspera de feriado, a praia de carcavelos vai ser palco de um grande concerto.

Bob Sinclair, é quem há mais de 15 anos, procura coma música unir povos, e ideais comuns...e diga-se de passagem que a música dele, dá assim um bichinho cá dentro...para dançar, fica no ouvido.

A entrada é grátis, a marginal vai estar cortada das 20h ás 06h00 da manhã...e dançar é o que se quer.

Até lá!

Um pedido...










Amigos, preciso da vossa ajuda.


Hoje tivemos lá na escola, a visita de um grupo de Eslovenos, professores e educadores, de visita a Lisboa, eram 40.Eram dessa cidade pequena, mas lindíssima, Lubliana, onde já tive o prazer de estar, quando regressava de Zagreb.
Isso inspirou-me para a minha prova prática(prova final) com eles, e o tema que me surgiu foi as "Crianças do Mundo."
Ou seja, vou apresentar-lhes o máximo de coisas que puder, pegando em crianças dos 5 continentes, uma de cada.
Mas aí vem a vossa ajuda, eu preciso de tudo o que me possam arranjar, que tenham acerca de outros continentes, desde informação a objectos , vestuário, adereços, música, tudo.
Dou alguns exemplos: Trajes Típicos, Africanos, da China, da América, adereços, chapéus, tipos de casas, em miniatura, alimentos que conheçam e eu não...sapatos, brincadeiras, brinquedos, tudo o que tiverem e acham que podem ajudar.Sejam coisas de onde for, estranhas ou não.
Tudo o que for emprestado tem um V de volta, e será tudo bem cuidado.
A ideia é apresentar-lhes cada menino, falando das suas tradições, cultura, alimentação, vestuário, etc...e que eles entendam as diferenças, e possam tocar, provar, cheiros, sentir essas diferenças perto...palpáveis.
Bom conto com a vossa ajuda...seja no que for.Nem que seja uma estátua de outro país de pau preto.
Eu já recolhi algumas coisas, como um pano africano, mas vou precisar de mais, e uma camisa chinesa, vou cozinhar mandioca, e arroz chau chau, fazer algumas infusões, mas preciso de pesquisar ainda.
Quero que eles viagem, sem sair do lugar...e sintam o mais possivel,que existem outros meninos e meninas tão diferentes, quero que imaginem como é viver numa selva, num deserto, numa ilha...como é ter muita coisa, ou não ter quase nada, mas ainda assim ser feliz.

Ai tantas ideias...a fervilhar, mas preciso de material...concreto.
Por favor acusem-se...e vão deixando comentários do que podem ter, ou arranjar, eu vou buscar tudo onde for preciso.
Seria mesmo uma grande ajuda.


(Sei que esta não será apenas uma prova prática, mas vai deixar neles, o gosto por ir e descobrir o mundo, que é tão grande e tão diferente.)




Obrigado=)


domingo, 1 de junho de 2008



Dia da criança.


A minha caminhada sobre a terra está de todo ligada, a elas de forma tão próxima...e vai estar, sempre.
De longe, de perto, de diferentes classes sociais, mais meigas ou mais sofridas, de diferentes países e culturas, hoje foram elas que me povoaram o pensamento, ao longo de todo o dia...
Recordei cada uma, esboçando sorrisos, e são tantas aquelas que já se cruzaram comigo...
Há sempre as que marcam mais, por alguma razão, pelo sorriso, pela história de vida, pela cumplicidade que se vai gerando com o tempo...ou ainda por um olhar repentino algures, pelo mundo.Elas captam-me a atenção como ninguém.
Não as esqueço...a sua expressão, a sua graça, os seus sonhos e segredos, partilhados comigo tantas vezes de forma quase sagrada.
E é por isso, que tenho esta visão mágica e encantada das coisas, por saber que é uma realidade para elas, e acaba por ser também para mim.Não há limites para os seus sonhos e brincadeiras.Gosto disso.Gosto tanto, faz-me sentir tão viva.
Há entre mim e elas, verdadeiras amizades, e desculpem-me os amigos, das mais verdadeiras que existem, das mais intemporais e genuínas.
Muitas delas, já não sei para onde foram, como estão, que sonhos as habitam e se são felizes? Mas quero crer que sim...pelo menos tenho a clara noção, que os momentos que estivemos juntas, foram de uma intensa felicidade, e quando não eram, era no meu ombro que choravam e eu lhes oferecia protecção e aconchego.
E no fim vinha o sorriso, inesquecivel.Esse mesmo que hoje deixo sair dos meus lábios ao lembrá-las.

Deixo aqui apenas uma pequena parte das minhas histórias com elas...mas todas, todas sem excepção, têm em mim um lugar cativo.
Porque afinal são elas, as principais responsáveis por muitas das coisas que eu sou e em que acredito...



Em Milão...Dezembro de 2005

Esta era a minha família em Milão do encontro europeu.
Lembro-me que quando abriram a porta, pela 1º vez, estavam todos á minha espera com um sorriso enorme,o que para quem como eu tinha 2 dias de autocarro em cima, sem dormir e tomar banho...foi quente.
Eram irmãos e primos...e não me deixavam por um segundo.Mesmo que chegasse a casa tarde, acordavam e queriam sair da cama para ficarmos a falar...e lá ia eu adormecer os mais novos.
Eram vivos e alegres...passei a manhã do 1º dia do ano, em pijama com eles, descalços pela casa, foram acordar-me á cama, para ver nevar, enquanto os pais preparavam a refeição...e foi com a imagem deles que parti, estavam na varanda a acenar e gritavam em Italiano, para voltar em breve...
Hoje ainda mantenho o contacto com esta família, repleta de crianças, e hoje foi a minha forma de os lembrar, por serem crianças e por me terem marcado tanto.























Madeira, Setembro de 2005

Este é o Afonso, o meu primo, que vive na Madeira.
Há 3 anos estive lá o mês de Setembro inteiro e eu ainda não conhecia o Afonso, e descobrir um rebento da família, naquela altura marcou-me...foi uma agradável surpresa.
Ele é irrequieto, mas de um brilho no olhar, aquele que só as crianças, suficientemente traquinas conseguem ter e não me perguntem porquê?
























E esta menina,é a Ana, vivia á beira da linha do comboio, no Sabugo...o pai dela era o chefe de estação.
Um dia, tinha eu 21 anos, fui até lá, fazer umas fotos com o Paulo, para um concurso da CP, e percorremos as estações e apiadeiros do oeste, em busca de boas imagens.
Numa delas, estavam dois meninos sentados, a observar cada movimento nosso...aos poucos foram-se aproximando e fazendo perguntas, quiseram aparecer nas fotos e mostraram-nos locais escondidos por ali, que deram fotos fantásticas.
Quando começou a chover, abrigámo-nos debaixo das paliçadas da estação, os 4 no mesmo banco á conversa, o Paulo com o menino e eu com a menina.
Ela acabou por me contar que ia ser operada ao coração...em breve, e que tinha medo.Na altura lembro-me que a encorajei e demos um abraço, que ficou gravado nesta foto.Descobri ainda que já com aquela idade ela adorava ouvir, Mafalda Veiga.Prometi que o próximo concerto que fosse, lhe trazia um autógrafo e assim foi.
Num Concerto da FNAC, lá fui eu pedir uma dedicatória numa fotografia.
Voltei lá, só para lhe entregar o autógrafo, e mostrar as fotografias...ela ficou radiante.
Entretanto e com o passar do tempo, nunca mais voltei, é um facto, não sei se a operação correu bem ou não...se ainda lá vive.
Mas gostava de voltar, deve estar uma mulher e espero que feliz.
























E a Rafa, que me lançou um desafio, quando entrou para o berçário, adaptar-se...ao espaço, a mim, aos colegas.Os dias eram passados a chorar...agarrada á minha bata, comer ás vezes também não queria, dormir então não era com ela.A mãe na altura enfrentava um cancro na mama.E ela sentia que algo não estava bem.
Lembro-me de chegar a casa, desesperada sem saber o que fazer...para conseguir, empenhei-me de tal forma que, consegui, com muita paciência, com muita calma, um passo de casa vez.Foram meses.Um dia bom, seguido de 3 maus, até inverter.
Por fim, já queria ficar e comia tudo, dormia a sesta, não mais que 1h, mas dormia, e o sorriso demonstra essa relação que se criou.
Mas, depois de tanto trabalho, o Pai, por questões monetárias, decidiu retirá-la de lá, contra a vontade da mãe...e as coisas complicaram-se.
Nunca chorei tanto, quando a vi ir pelo portão a dizer o meu nome e a estender os braços e eu a saber que não voltaria para ficar.
Hoje está bem, e pelo que a mãe diz quando me telefona, ainda diz o meu nome, e adapta-se fácilmente a qualquer ambiente.
Rafiki...






















Hello, my name is...
Emily, é o seu nome, filha de Ingleses, a viver no Algarve, como uma fada, passava os dias.Eu gostava de a observar, na sua magia.Olhava muitas vezes para longe...e sorria, e puxava-me pela mão para que visse algo também...o horizonte, como ela gostava de o olhar.Era especial, sem dúvida, fruto de uma educação em casa, que promovia as artes e a música...a sensibilidade apurada...ao máximo.Os dias que estive lá, trocavamos sorrisos constantes e sinais que como um código criámos.No seu Português mal pronunciado ainda, fazia-me perguntas...e ria-se ao pintar-me a cara...
O azul dos seus olhos era mar...e os cabelos laranja a cor da terra.
Deixei-lhe um guizo, na mão, agora não há vez que eu olhe o horizonte, que não me recorde dela e ela, cada vez que corre, fará quem sabe soar o guizo...serra fora?























Um dia em S.Sebastian, passeava eu pelas ruas mágnificas,chovia a potes e nós sem chapéus.
Ao subir as escadas da catedral, uma criança que vinha com os pais, com o seu chapéu de chuva azul céu, parou a olhar para mim, eu sorri-lhe...ela não teria ela mais que 3 anos, ficou séria, terá percebido que como eu andava devagar, que me ia molhar.
Parou e avançou para mim, falando em espanhol, e puxando-me para baixo pelo casaco, erguia alto o chapéu de modo a proteger-me da chuva.Bom como calculam subi as escadas quase de gatas...para não o desapontar, mas foi comigo, passo a passo até ao cimo á porta, o que causou uma gargalhada geral...a quem viu.Depois deu o chapéu aos pais para fechar e quis entrar comigo de mão dada na catedral...e esta foto, foi á saída.
Não sei tão pouco o nome dele...ou ele o meu.
Mas aquela catedral, para mim tem mais história agora e esquecer um gesto destes, que nos dá uma lição...jamais.






















E esta paisagem, familiar, Taizé.
O ano que fui em Agosto e trabalhei na Olinda...a aldeia onde ficam as crianças, conheci esta menina a Laura, era a única Portuguesa...entre os 3 e os 5 anos, a idade onde eu era monitora.
As manhãs eram passadas a brincar e ela sabia que eu a percebia melhor que ninguém, pois falava com as Alemãs, e com as Francesas e elas riam-se olhando para mim em busca de uma tradução, e assim eram feitos os contactos entre todos.
Um dia de chuva, como era este, Laura, carregou a manhã inteira o "Mundo" na mão...uma bolinha pequenina, de espuma, com os continentes desenhados.Não a largava, nem por nada...e quando a deixava cair lá ia eu atrás da bola, caminhos abaixo e acima, dentro de arbustos enfim...
Perguntei-lhe porque não largava a bola? Respondeu de forma decidida :"porque é a casa destes meninos todos, e eu quero ficar com eles..."
Ou seja, podiam não perceber nada do que diziam uns aos outros, tantas eram as culturas das crianças ali presentes, mas isso não os impediu de criar laços...e perceberem mesmo tão novos, que o mundo é mesmo uma aldeia.
























E mais histórias haveriam...para contar, tenho a vida repleta delas, umas mais bonitas que as outras.Aprendi tanto, com os pequeninos, que hoje o meu coração celebrou com eles, embora não pudesse ter participado em nenhuma iniciativa, devido ao trabalho que hé para fazer, mas o que não valerá um pensamento?E uma doce recordação...





Afinal também eu ainda me sinto como uma Criança...quando vejo o mundo pelos seus olhos e quero ser sempre.
Se acham que ainda têm uma criança ai dentro, cuidem dela...não a deixem desaparecer, acordem-na, façam-na viver.
E os sorrisos multiplicar-se-ão...dia após dia.