sábado, 29 de março de 2014

Today in Lisbon, Cristina Stan.










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Chega hoje a Lisboa a minha mãe Romena.Foi ela que me acolheu em Bucareste.
Foi ela que me recebeu no seu projecto, acreditando em mim e na diferença que podia fazer.
Aprendi tanto com ela.Tanto.É daquelas pessoas que me marcou.Uma activista, uma lutadora, pelos direitos humanos.Foi ela que nos coordenou, aos 6 maravilha que viviam na casa, da via Mosilor.Ela acalmava as dúvidas, esclarecia, ás vezes cozinhava para nós, dava ideias.E juntos fomos muito, muito felizes, servindo as crianças da escola especial nr 5.E as da rua, e todos os lugares remotos onde nos levou.A Roménia encantada que poucos conhecem.Em todas as acções de rua, para mudar o mundo.Em todas as formas doces de mostrar o que estava errado.A simplicidade é enorme.Ajudou-me a saborear ainda mais as coisas simples.
A viver agora em Londres, onde nos cruzámos a última vez...segue para o Gana.
É sempre bom partilhar o nosso mundo com as pessoas que fizeram de nós quem somos.O mundo é pequeno.Uma ervilha.
Quando nos despedimos de alguém, nunca sabemos as possibilidades de dançar nas voltas do mundo.
E o sabor de um reencontro é único.Por isso hoje, dançamos nas voltas de Lisboa.
E a noite vai ser para recordar!


Mal posso esperar por este abraço.


Crónicas de uma incerteza.





O dia começou bem cedo.A noite não foi um sucesso.Ainda por cima ao acordar,chuva.Granizo.A doer.
Lá entrei na grande casa, desta vez sem o ânimo leve de outros dias.
Começou com um shot de contraste.Porque preciso ficar como que,"Transparente" e eu que pensei que já era...qb.
Lá o deixei correr enquanto á minha volta ressoavam 1001 sons...que durante 1h me azucrinaram o juízo.Um concerto.
Na sala de espera, uma infinidade de pessoas.Algumas podia eu ler no olhar, era a primeira vez.Não sabiam onde ir, como fazer e o que fazer.Perdidas.Tal como eu, faz 10 anos.Mas há 10 anos, tinha 22 anos, e um Pai, que me fazia rir em todo este processo e o tornava verdadeiramente mais fácil...e colorido.Eram horas de conversa...e assim fomos crescendo juntos, num caminho que mais tarde, viria a fazer com ele.
Dali fui a correr para o Rx, veste e despe as mesmas batas de há 10 anos, isso não mudou.Respira.Não respira.Se não respira morre.Minha senhora.Quero respirar e muito.
Posso finalmente comer.Sento-me no bar,já com o meu primo.10 minutos de conversa.Um abraço.E corro para a cardiologia, o coração, esse, forte como um cavalo, disse a médica.Ao menos isso.É ele que me salva.É ele que me agarra á vida.Ainda que mais ou menos magoado, forte como um cavalo.Que se aguente.
Dali a correr para as análises.Mais tubos que o normal.De dois passo para 6.Mais sangue.Menos veias.Rebentam duas, a senhora desfaz-se em desculpas.Pique á vontade.Ora essa.Se quiser um pézinho também se arranja.
Não resulta, manda-me beber um sumo e comer um chocolate.Oh mas que pena.Que coisa dura de se fazer.Nem tudo é mau.Sento-me na esplanada partilhando-a com pombos e gatos pretos.O IPO mudou.Ou foram os meus olhos que mudaram?Os mesmos rostos cansados dos funcionários que há anos aturam os carequinhas.Envelheceram.E eu?Envelheci?A resposta não tardou.Uma das voluntárias, reconhece-me e diz-me que estou na mesma, pelo menos de cara.Oh não.E os olhos também, os mesmos.Pois ou não fossem eles da alma...como podiam mudar?Minha senhora?
Uma última picada, agora por uma jovem confiante.Nada de veias a rebentar.Aceitou o meu pedido de me picar onde pedi, desde o começo.Afinal conheço o meu corpo.
Saio em direcção ao gabinete da minha médica.Não está.Procuro-a.Só a quero ver, a mais ninguém.
Fico pensativa milhares de vezes, enquanto me passam filmes pela cabeça.O meu primo na sala, lê uma revista de 1996.A volta ao Mundo.Agora é mesmo a volta ao Cancro.
Mas respiro fundo, acabo sempre por sorrir.Ali é uma casa para nos erguer.Para nos concertar.Para nos fortalecer e tornar pessoas de luta.Sem medo.Ali, eu me tornei tanto do que sou.Foi ali que eu fui, antes de dar a volta ao mundo.Pronto, vim apanhar balanço e não tarda mando-me outra vez.Seja para este, ou para outro mundo.
Enquanto espero, vem o sorriso de uma enfermeira doce.Continua linda.Faz-me bem este carinho.Este aconchego, vindo de onde tem de vir.E são estes dias que nos mostram que de facto está connosco.
Saio pela porta e o sol brilha.Volta aquele sentimento de liberdade.Vou a correr para junto do rio e entro numa maré de turistas...de todo o mundo.Belém.Deixo-me ficar ao sol a conversar e a saborear um café e um moscatel.Depois do almoço, vou a voar para casa da Mana e da sobrinha mais linda.É tudo o que preciso.
O telefone não parou o dia todo.Surpreende-me que a Amizade seja a mais bela forma de Amor.
Hoje,correu bem até.Sem grandes respostas ou conclusões.Fiquei lá aos bocados.Analisem e vejam.Estudem e espiolhem as minhas entranhas.Cheguem onde têm de chegar.Ponham em prática o que aprenderam.Sei que o fazem.

Tenho sono, mas preciso escrever.Ainda aqui estou.
Um pensamento no silêncio da noite, que alguém pode ler durante o dia,incluindo eu, (onde vejo de forma mais clara o que escrevi, longe de emoção...) faz-me sempre bem.

Até amanhã.




sexta-feira, 28 de março de 2014

Msv, Short presentation.





E os sonhos não podem mesmo parar.
O projecto de Verão vai andando e as coisas começam agora a arrancar.De verdade.
Quando se acredita em algo, é muito mais fácil trabalhar.Tudo flui.
E o resultado é este.Sorrisos.E ainda faltam os que vamos arrancar, por onde passarmos.
Em breve partilho os links e digo como podem ajudar!
Conto com aqueles que acreditam que a missão de cada um,  muda o mundo de alguém.


E é por isto, que tenho que ficar boa depressa.




quinta-feira, 27 de março de 2014

Os S.Tomenses.Que hoje me fizeram sorrir.




Mais do que dias perfeitos é bom termos dias felizes. Mesmo sofrendo todos os defeitos de um coração inquieto, é importante darmos passos que nos fazem sentir orgulhosos. Enfrentar os medos, compreender as coisas que parecem difíceis, perceber, no final de tanto, que há prismas em que a luz se desdobra em todas as cores.


Nem sempre os momentos mais marcantes são momentos bons. Mas são, com toda a certeza, etapas de crescimento. Etapas que nos conduzem a uma espécie de reflexão interior que, por sua vez,  nos mostra uma visão mais transparente do caminho que escolhemos percorrer.E eu escolhi este.
Todos os dias, os perfeitos, os felizes e os outros, unidos ponto a ponto, são o que dá sentido à nossa existência e fazem de nós as pessoas que somos. Mais ou menos (im) perfeitas, mais ou menos felizes, mas inteiras em tudo o que damos. Sempre.

Assim é esta equipa.Todos tão diferentes,mas a encaixar perfeitamente.
Há um povo á nossa espera.Há amor para dar.Guardado dentro de nós, faz muito, muito tempo.Vamos dando, aqui, mas falta dar além.
E não se pode sossegar um coração ávido de se dar.
E querer é poder.



quarta-feira, 26 de março de 2014

O dia menos esperado.




O dia menos esperado, por mim.
Há 10 anos...que eu entro pela porta daquela casa, onde me reergui para a vida.Onde a segunda oportunidade que me deram, foi conquistada com suor e lágrimas e sugada até ao tutano.Com alma.Com garra.
Ali tirei o passe para uma viagem que me parece não ter fim, de encontro aos outros a mim e ao mundo!
E como o tenho usado?
Entro e saio em todas as paragens, nas que quero,pelo menos e penso serem interessantes.Acontecem enganos..mas logo sigo viagem, deslumbrando-me com o que encontro a seguir.O passado ensina.
Perdendo-me...cruzando-me com tantas pessoas belas.E de toda a viagem, elas são o que fica de melhor.De todas as paisagens, sabores, cheiros,cores...sentimentos, são elas que dão encanto á minha viagem.
Hoje, o passe foi apreendido, por tempo indeterminado.E depois de tanta liberdade, é estranho, muito estranho quando isso acontece.Assustador.
Vou voltar a uma casa, que conheço bem...para retirar o que está a mais.Para concertar o que está avariado e recompor-me...para seguir viagem.Afinal já sei de antemão como tudo funciona.
Custa sempre, uma paragem brusca e inesperada...custa, se não a tínhamos programado.
Assim sendo e por mais que me custe, enfrento a realidade e entrego-me á sabedoria e ciência...dos que me podem ajudar.E dos que me amam.Porque o amor também cura.
Vai doer?Vai.Vai deixar marcas?Vai.
Mas vai passar?Vai?





Ps.Sou operada no dia 8 de Abril.



terça-feira, 25 de março de 2014

A Missão continua.Sempre.











Jovens sorrisos.Jovens sonhos.Jovens anseios.Jovens curiosos.
Sei como é sentir assim e ser assim.Passei por lá.E por isso, rever a história da minha própria vida, faz todo o sentido.Porque quando ouvi histórias de outras vidas, me tocou tanto.
Acreditar nos sonhos é das coisas mais belas, que pode existir.Quem não sonha está morto, ainda em vida.
Quanto mais nos desinquietar-mos e provarmos na vida, mais sabemos onde e como queremos ir.
Posso não ter muita coisa, mas é nestes dias, que tenho a certeza, que sempre dei o melhor de mim, em tudo.Com todos.De cada experiência tirei o melhor.Que a minha vida de facto, faz todo o sentido e que de vazia não tem nada.
E só quero continuar a pintá-la de Amor e verdade.
E há tanto por fazer...e eu não hei-de parar.
Porque não consigo.

Que coisa boa de não se conseguir.







quinta-feira, 20 de março de 2014

Morreu a Rita do Sorriso.Minha XARÁ.













A Rita do Sorriso partiu.Deixou este mundo...mas bem melhor, do que ele era.Seguramente.
Deixou para trás uma obra que tive oportunidade de conhecer, quando estive em Moçambique.
Era minha vizinha, na mesma rua.A sua casa cor de rosa, poucos metros abaixo da minha.
Mas o que recordo era a forma carinhosa como sorria, quando me encontrava e tinha sempre qualquer coisa para me dar.Um maracujá, uma manga, amendoím, feijão, o que tivesse.
Dei formação na sua escolinha.A casa do sorriso.Uma escola que acolhia Orfãos.
Estas crianças podiam estudar, comer, andar sempre limpas e ter um colo.Algumas nem Pai, nem Mãe.Ninguém.Mas tinham a Rita.
Era ali que passava os seus dias,a coordenar, a preparar, a ter ideias e sempre, mas sempre a sorrir.E daí o nome da Casa do Sorriso, pois ali dentro, era palavra de ordem.
Tinha aquele jeitinho de mãe e avó ao mesmo tempo, tinha a mente aberta e uma jovialidade fora do comum.As gargalhadas ouviam-se longe...e eu sabia quando ia a passar na nossa rua.

Em muitos dias mais cinzentos ia até sua casa e sempre saía reconfortada e cheia de ânimo.Mesmo quando estive quase a desistir, ela me disse, vais ficar, porque precisamos de ti aqui.Muito.
Era daquelas pessoas que tem uma fé imensa e acredita no mundo, nas pessoas, nos pequenos, grandes passos que podemos dar para mudar o que custa e está mal.
No entanto a sua vida não era nada fácil. Mas isso não se lhe notava.
São muitas vezes as pessoas que sofrem mais...que nos dão o maior exemplo de determinação e coragem.Alegria.
Chegou a ir a Roma, para uma audiência,com o movimento que criou, As mães de Paula,devido á sua obra.Obra que cresceu e se expandiu para outros distritos.
Com ela aprendi tanto.Tanto.

Ontem ao reencontrar uma pessoa que conheci na missão de Maputo, antes de subir para a  minha cidade, no Niassa, soube desta noticía triste.Foi rápido e inesperado.E ao que se conta ela mesmo pressentiu que ia acontecer, pois deixou tudo preparado.Impressionante.

Soube também que a nossa escolinha já tem um Machimbombo (autocarro), para transporte dos alunos...que são cada vez mais.
E que os meninos continuam sempre, a perguntar: " Quando volta a tia Rita?Ela vai vir?"Fico feliz.
Sim, um dia irei.

Nós, já lá não estamos, mas fica para sempre a memória doce, destas pessoas que nos passaram o melhor que eram e tinham.
Aqui foi o Sorriso.


MSV






Os S. Tomenses em acção, a preparar o projecto de Verão.
Ideias a surgir, pequenos passos.Gente mais nova, a trabalhar como gente grande.Gosto de ver.Esta mistura do que cada um é e como contribui para mudar o mundo.E como faz sentido...caminhar com quem acredita nessa mudança, sem hesitar.
Corro meia cidade, para chegar e colocar a minha mão a sorrir.Isso as nossas mãos a sorrir, pelo que se quer dar, pelo que se vai dar.
E em equipa, se pensa, se programa, se clarifica...e em menos de nada, estaremos a partir, para Amar.

E no dia do Pai, não podia fazer-lhe uma melhor homenagem, continuar a dar de mim ao mundo, como ele me pediu para nunca deixar de fazer.
E por ele, e por mim, e por quem o recebe...nunca hei-de parar de me dar.



terça-feira, 18 de março de 2014

Reencontro a lembrar Roma com sabor a Irão.







Ter a amigos, diferentes entre si e especiais que reúnem em si todas as características que sempre desejámos nas pessoas que desejamos ter por perto, não é algo que acontece por acaso. 
Mas acontece. Ter alguém que nos compreende, que nos lê, que nos entende, que sente e sabe sempre, que acalma e nos ama da forma que somos, não é algo que acontece por acaso. Mas acontece. 

O segredo é a ausência de segredo. É uma cumplicidade que não se explica e que se conquista mais um bocadinho todos os dias. É o desejo e a vontade de que seja para sempre e mais uns anos, no tempo certo de uma Amizade assim. É o sorriso que conquista, a música que sabemos de cor, o abraço que nos faz sentir de novo pequeninos, protegidos, seguros. É a Amizade que resistiu e vai resistindo à distância, às saudades, às lágrimas, aos apertos no peito, à incerteza dos muitos momentos duros, de uma vida. É a frase que dizemos em uníssono "podemos trocar as voltas à vida, sentir um aperto no peito, mas quando se pertence nunca se parte".

É o Amor de uma amizade que queremos fazer perdurar pela vida toda, com cedências, muita paciência nos dias cinzentos, de amuo, de neura, de coisas que não batem certo e nos deixam a céu aberto. Nos silêncios que fazem bem, e nas pequenas coisas, todas aquelas que aprendemos a valorizar. Simplesmente porque são essas, e apenas essas, que nos fazem sentir incomparavelmente felizes.


Dedicado a quem entrou um dia no metro em Roma e recebeu tudo o que tinhamos... a quem voava no mesmo avião que eu, sem saber que um dia tudo ia mudar...e palmilhou a cidade ao meu lado, sem nunca se cansar.A quem reteve a beleza de tudo...a quem foi a Londres, apenas para me ver, em 3 dias...de fugida.A quem as coisas simples servem muito bem.A quem confia que a vida, sempre faz o melhor, e aceita os desafios...sem medo!Dedicado a quem nos arranca sorrisos profundos, rasgados e aceita toda, mas toda a nossa loucura...como a coisa mais sã do mundo...


A quem nos traz sabores do Irão para viajar nos sentidos.



domingo, 16 de março de 2014

Quando vejo o sol beijando o mar...


Fico a sorrir...e penso que quero sempre...

Ser capitã deste mundo,poder rodar sem fronteiras, viver um ano em segundos, não achar sonhos besteiras...
E quando mentir for preciso, poder falar a verdade.














sábado, 15 de março de 2014

Altar Particular















































Tenho-me enchido de sol...e de pessoas bonitas.Quando digo sol, refiro-me não só aos dias luminosos que temos recebido, mas a pessoas.Existem pessoas que são sol, que nos aquecem, que nos alegram os dias, que sabemos que estão lá sempre, mesmo quando não as vemos. Mas raras - únicas mesmo - são as pessoas que conseguimos ver sempre a brilhar para nós mesmo longe. Só acontece naqueles casos extremos em que a intimidade é tanta que se vive num patamar superior, pouco entendível, pouco explicável, em que nos sentimos no topo de uma montanha.  Aquelas a quem nos abraçamos e nos sentimos levitar. Aquelas em que a conversa nunca tem fim, nunca acaba, como a linha do horizonte. Aquelas pessoas em que o silêncio é apenas porque se olha o outro. E isso não tem som.

Aquelas pessoas que me dizem...Rita, não te quero só para mim e nem poderia, quero-te para ti mesma e para tua própria vida. Quanto mais fores o que quiseres mais serás o que eu queria.

E isto é de uma beleza profunda.

E depois vou-me detendo  a viver momentos simples...que nos limpam a alma.Fazer o que se gosta é meio caminho andado.
E abrir o coração ao horizonte sem fim e perceber o quanto o coração se pode fechar sobre si mesmo, e acharmos que estava tudo bem.

Estes dias estão a ser fundamentais...para os passos que se avizinham.

Os dias feitos de sol,sol que vem de dentro de mim, dos outros...do que lhe posso dar...e as noites de um luar e sorrisos sem fim.

Sinto-me a acordar lentamente...
Sinto-me pronta para receber o que a vida quiser.



quinta-feira, 13 de março de 2014

Metade inteira, chora de felicidade.




























Às vezes são absolutamente necessárias as pausas na velocidade dos dias para voltar a eles com mais afinco e vontade de empurrar a vida para a frente. Saber o que se quer fazer da vida ajuda a descomplicar. E não entendo porque levamos tanto tempo a chegar a certas conclusões, se sabemos por onde é o caminho, e que passos dar? Insistimos.
Acreditamos de coração que conseguimos certas coisas, mesmo que elas nos façam doer.E no momento que nos libertamos delas, ou por nossa escolha, ou porque assim teve que ser...tudo muda.Passamos a ver o que já nem víamos.
Dizer Não.De uma vez por todas.
Delinear um plano e não baixar os braços até o concretizar, define quem somos, com que fibra encaramos a vida e com que atitude damos a volta aos dias ªassim-assimª.
Simplificar as tarefas do dia-a-dia, organizar mais e melhor, relativizar, acreditar que as coisas acontecem por uma razão certa, ainda que não a consigamos encontrar (dentro de nós) no momento exacto em que nos muda a vida e os planos, e não perder muito tempo a ignorar certezas, são tudo pequenas coisas que nos ajudam (deviam obrigar) a aproveitar, a saborear e a valorizar o tanto que a vida nos dá.

Regra: não desistir (nunca) de acrescentar doçura aos meus dias.Cor.Luz.Alegria.Amor.E ser do mundo, de toda a gente e de todos os lugares onde possa sorrir.
E agora...
Serenar o coração. Continuar a sentir espanto e maravilha pelas pequenas coisas. Acreditar no tempo. Cuidar de mim.Dos que mais amo e me enchem sempre e cada vez mais de luz, uma luz linda e inesgotável.

Porque é feita de verdade.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Fuck you


Isso mesmo...!!

Desculpem-me as mentes mais sensíveis, mas nunca me soube tão bem gritar e dizer...FUCK YOU!

Ahahahah!E este sol não podia ter vindo em melhor altura!

E agora voltar aos lugares e pessoas de sempre, livre,livre,livre, feliz como sempre!

Ninguém tem soluções para a nossa vida. Ninguém tem pós mágicos para dar. Nem coelhos. O coelho somos nós e somos nós o coelho que tem de saltar.

Salta. Para fora de um emprego. Para fora de um casamento. Para fora de uma cabeça. Para fora de um país. Saltemos. Não custa nada. Ou custa tudo. Custa tirar o primeiro pé da cartola sem tombarmos. Mas, uma vez que se salte, não se volta mais.
O desapego pode ser confundido com ingratidão por parte dos que não estão dentro da nossa cartola. Mas é isso mesmo, ninguém lá vive além de nós. Por isso, se temos pernas, vamos a isso. Falta o trampolim. Pois é. Talvez não falte. Vira a cartola do avesso e ousa esmagá-la com o peso dos pés acoplado aos quilos do corpo. E salta.
Saltar cria molas... e permite-nos voar.

[dedicado a todos os que têm uma cartola complexa e difícil de se moldar...e pior resistem a mudar para melhor...
A vida é muito simples, basta sair daquilo onde não se está bem...e acreditar que virá sempre algo melhor do que acabou de terminar.] 



sábado, 8 de março de 2014

Ainda não foi hoje que me despedi de Lisboa...porque Lisboa nunca acaba.







Ao longo do caminho, uma pessoa descobre-se (e surpreende-se) mais versátil do que supunha ser. E mais forte e impermeável (qb) a muita coisa. Trabalhar o equilíbrio entre querer ser sempre melhor (pessoa, acima de tudo) e nunca esquecer que até as maiores e mais robustas árvores da floresta nascem do chão. Interiorizar que a humildade é uma característica dos fortes. E a resiliência também. Manter o foco, por mais difícil que pareça. E há dias que parece missão impossível. Há demasiado ruído. Não permitir que os dias (e as pessoas) cinzentos apaguem a certeza de que são, a paixão e o entusiasmo as atitudes que movem montanhas, mudam opiniões, criam sonhos, devolvem esperança, renovam fé.

Mesmo que tropecemos umas quantas vezes na vida, e o normal é tropeçarmos, é na queda que percebemos a consistência da nossa força, o limite da nossa resistência, a capacidade de perdoar (e de nos perdoarmos), e como a vida pode ser deliciosamente surpreendente quando simplificamos, relativizamos e nos tornamos impermeáveis (qb) a tudo o resto.
Hoje, tudo o que quis foi absorver esta luz de Lisboa, banhada por um bafo de Primavera a dizer-me se hei-de ir ou ficar?A balançar-me entre a razão e o coração...
Porque afinal...