Olhos que vêm,olhos que sentem... flutuam,acariciam, protegem, olhos que se apaixonam, todos os dias...pelo mundo.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
E que melhor forma podia haver de continuar este Natal...
Um Até Breve...amigos!
00h...
Onde estava eu?...
Enquanto todos abriam presentes pelo mundo fora, ou por sua vez, celebravam o nascimento de Jesus...eu escolhi celebrar o seu nascimento, e fui até á janela, ás 00h em ponto, olhei para o céu, limpo, azul escuro...e para a Lua, alta...a noite fria.
Aqueles 5 minutos só meus, foram preciosos...e necessários.Acho que era a única na janela...a rua deserta.
Segredei com confiança, alguns desejos.E deixei que Jesus nascesse ali, dentro de mim!
Lembro-me de o fazer quando era pequena,pelos meus 10 anos, não sei porque, ás 00h, enquanto todas as crianças iam a correr abrir os presentes, eu queria sempre ir á janela, ver o céu, porque achava maravilhoso, o mundo inteiro, estar a celebrar a mesma festa, no mesmo dia...e alguns á mesma hora...achava que tinha algo de mágico, e continua a ter.Mas isso não quer dizer que ue ainda seja criança a pequenina, mas quer dizer, que continuo a sentir um pouco como antes...
Parecia que ouvia risos e festa a ecoar pelo universo fora...e achava isso um momento único no ano.
Hoje continuo a senti-lo...mas de forma bem diferente...
Hoje o pensamento leva-me para os que estão longe...e não podem estar com quem amam.
Porque penso também, naqueles que ás 00h, estavam a trabalhar...para assegurar o bem estar de alguém...nos hospitais por exemplo.
Porque também eu já passei um natal,uma passagem de ano e um aniversário, numa enfermaria...e sei o que se respira!
Hoje quis por isso, respirar liberdade,Céu, frio da noite...ecos mágicos que só eu, vislumbro pelo ar...
Mas quis sobretudo agradecer...
Há uma alma nas coisas que acontecem na minha vida, que nem todos vêm, mas que alguns sentem...
Acabei por ir para dentro, porque a noite fria, não convidou a ficar mais tempo.Foi o suficiente...para me aperceber da grandeza dos nossos sentimentos...por vezes.
Feliz Natal...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
domingo, 16 de dezembro de 2007
Sábado...que era meu!
Hoje, saí para a rua como se fosse dia de semana.
Acordar foi custoso, apenas por saber que era Sábado...
Lá rumei á Estrela, e vesti o meu Mega Fato de pinheiro de Natal...é, ossos do oficío!
Depois de estar a manhã inteira em modo fantasia, brilhos e encantos, vi, mais uma vez, como ser criança é Bom...é maravilhoso, mas como a grandeza de um palco, pode assustar...e como ter que o pisar pela primeira vez é algo histórico!
A noite, soube-me bem, em sossego...quente e entre as minhas coisas.
Porque era isso que mais queria...adorei a festa, mas senti-me roubada, no tempo que não tenho tido, para pensar e organizar as coisas boas deste Natal.E são tantas.
Há silêncios que preciso ler...porque o silêncio também fala.
Há postais para escrever para quem está longe e há muito não vejo,a desejar bom natal, e a dar noticias, há abraços guardados e anciosos de serem libertados...há projectos e há também muito trabalho para fazer...
Mas hoje houve sobretudo, vontade de estar assim, a sós e muito, muito calma.
E sei, de onde me chega esta Paz!=)
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Hoje quando sai de casa...e ia embrenhada em sol e multidão...ouvi gritar a uma vendedora, alto e bom som:"...vamos lá...faltam 10 dias para o natal!!!"
E aquilo deixou-me a pensar, vagas horas no meu dia...faltam apenas 10 dias para o Natal.
O tempo passa tão depressa.E foi preciso alguém gritar na rua...alto e bom som,para me aperceber.
Sim, já há algum tempo que me preparo para estes dias, mas estes dias são o agora,já...daqui a pouco.
Entrei há algum tempo em silêncio interior em análise a mim, em limpeza e arrumos.
Alegra-me o facto de estarem a chegar para o celebrar, pessoas que amo, que estão pelo mundo, que dão a volta ao mundo, só para cá chegar a este cantinho de sol de inverno, mas de sol.
A Renata chega por estes dias.
O Duarte também...
E todos aqueles que espalhados pelo planeta se deslocam nesta altura, para abraçar e celebrar juntos o Natal...aqueles que eu até nem conheço, mas que compreendo bem.
Está frio...e o céu é do mais azul que há...
Dentro de dias parto também para Genéve...
Estas são a prendas dos meus dias.
Um grito que me acorda...
A vossa chegada...
Um partir ao encontro de...
A alma do mundo...
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Se...se,se,se?
É uma palavra corrosiva. Pressupõe possibilidades. Torna o inevitável aparentemente revogável. Acalma a consciência. Passa a acção para o campo do sonho. Inibe a própria acção. Torna o presente em futuro permanente. Transporta o presente comodamente para o passado. Mistifica a realidade.
Não gosto dela, mas tal como todos nós, não posso deixar de a proferir...por vezes.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
???????????????
O coração parado, quantos anos tenho?
Vens do poço, do lado calmo da tarde,
Trazes um balde de água fresca na mão direita,
o teu corpo meneia com o peso da água,
Ficas aqui um pouco, olhas comigo,
temos agora a vida à nossa frente como se fosse de uma mão à outra, se abrissemos os braços,
voltas para dentro da casa.
Vou ficar aqui sentada como dantes,
Desde quando?
Entre as mãos seguro o que resiste a todas as perguntas
O coração parado (desde quando?)
E este rasto de ternura que deixaste a arder atrás de ti, quando entraste na casa.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Há dias que nos doem tanto...
Nunca disse, que gostava de ser perfeita.
Até porque não há pessoas perfeitas, mas se houvesse, eu não gostava de ser uma delas.
Quero continuar a ter defeitos, meus, que com o tempo já aprendi a amá-los e a cuidar deles.
Quero errar, e aprender, sem que isso me faça ser julgada...seja por quem for.
Quero continuar a ser livre, de dizer, fazer, sentir o que mais quero...sem sentir culpa por isso.
Quero chorar porque sim, porque também é preciso, e lavar assim a alma, daquilo que já não posso mudar.
Mas quero mais é sorrir, alegre e contente, por tudo o que há no mundo...principalmente por esta amizade, que nos une...e dá vida.
E quero cantar, sempre á vida...
(Amanhã lá estarei.Meus amigos.
Amanhã lá estaremos, Renata, Clarinha, Duarte...não há distâncias para nós, não é assim?)
Quero hoje, adormecer.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Have Yourself A Merry Little Christmas
Directamente de Londres...enviaram-me, há uns 4 dias, apenas não coloquei porque ainda não tinha sentido que fosse o momento.
Oferecida por um dos muitos encontros casuais que vou tendo pelo mundo...que resultam em pequenas magias, como esta, que me deliciam...
Venham mais surpresas assim, porque estas sim, são as verdadeiras prendas de Natal!
"Caros parceiros, colegas e amigos, venho por este meio informar que, a partir de amanhã, sexta feira, dia 07 de Dezembro de 2007, deixarei de trabalhar na CAIS, rumando a novos desafios. A Dra. Daniela Ferreira, ficará responsável pelos processos sociais das pessoas que acompanho, tal como responsável pelos vendedores da revista CAIS, no centro CAIS de Lisboa e pela gestão da rede de parcerias do Projecto Revista, passando a ser ela a admitir novos vendedores. Deixo a todos os meus contactos pessoais, caso desejem continuar em contacto,pois este e-mail irá ser brevemente desactivado. Desejo votos de bom trabalho e de sucessos profissionais e pessoais, aproveitando também para desejar,
Boas Festas a todos."
Aqui vão os meus contactos:
Vanda Ramalho
Mana, tenho a certeza que há momentos na nossa vida, decisivos e este é um deles. Há coisas bem mais importantes que o dinheiro, como o nosso bem estar e realização pessoal.
Estou certa que a CAIS foi para ti uma grande escola onde aprendeste tanto. Tu fazes muito bem aquilo que escolheste, ajudar aqueles que não têm mesmo nada. E vais ter com este novo projecto, muitos sucessos. Conta comigo.Mostra de que é feito um Ramalho!!! ahaah.... Srs.Psicólogos e assistentes sociais, estejam atentos! Isto promete...
Abraço Mana!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Chego a Londres e está sol!!!!Céu azul...saio da estação, e percorro as ruas, até á estação de metro...quando chego lá, está cortada...!!!
E porque Deus está sempre no nosso caminho, quando precisamos...eles chamaram-me e perguntaram se queria dividir um táxi...!
E assim foi...lá andou a Rita nas cabines pretas, pelas ruas de Londres...
Fomos conversando, pelo caminho, aquela situação era estranha, mas ao mesmo tempo caricata.
Eles são professores de Inglês em Oxford...e só soube disso depois de eles me dizerem que o meu inglês era muito bom...fiquei tão feliz!
Vinham da Bélgica, tinham atravessado o canal da Mancha de comboio...e eram adoráveis, com um sorriso contagiante, tal como a filha, que não aparece na foto, porque estava sentada nas malas a tirá-la.
Foi das viagens mais giras que fiz, num curto percurso...de 20 min, em que rimos tanto, falamos de Londres de Lisboa...da vida!Do estarmos ali juntos...e como a vida nos junta assim...
Foi dos encontros mais agradáveis...e casuais.Trocámos mails, querem que vá a Oxford...e quando vieram a Lisboa, ficou dito, que diziam...quando lhes enviei a foto por email adoraram, e enviaram-me há poucos dias, uma música, que está a tocar neste momento, "HAVE YOURSELF A MERRY LITTLE CHRISTMAS!!!" desejando um feliz natal...
Foram do mais puro que pode haver...que bom encontrar pessoas assim!E manter laços com elas.
Cairam do céu...cheguei ao aeroporto muito muito em cima da hora...o check in tinha fechado, tive que fazer olhinhos be Bambi, e resultou, lá pus a mala...e fui o mais depressa que pude, para a porta de embarque...apenas uma hospedeira me esperava na porta, e já estava tudo sentado, que vergonha!!!
Foi por um triz!!
Bom depois, arranjei um lugar á janela, e adormeci...
Acordei perto de Lisboa...e foi quando, vi a minha cidade, banhada por um luar intenso, e luzes...senti-me de novo em casa, e feliz por tudo o que tinha vivido.
Tinha chegado ao fim, esta aventura pensada e planeada...mas vivida de forma inesperada.
Não importando o tempo que foi...mas importando o que mudou, em nós!
O que fortificou...ensinou, amadureceu, confirmou, fez descobrir!
Grata, entrei no carro da Beta...e vim para casa.
E sim, quando entrei pela porta do meu quarto, sem dúvida que não era a mesma...
...afinal tinha acabado de viver dos melhores dias da minha vida, e isso muda qualquer pessoa, para sempre.
THE END...
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
"A VIAGEM PARA AS TERRAS ALTAS DA ESCÓCIA...FÁ-LA-EI DE MANHÃZINHA"
Confesso que passei pelas brasas, mas não fui capaz de dormir, afinal não queria perder aquelas paisagens mágnificas que se iam revelando aos meus olhos, á medida que a manhã levantava...
O que mais recordo é o verde, as montanhas, e as casas de sonho á beira dos riachos, como a minha será um dia.E dizer casas de sonho, não significa serem autênticos palácios, mas a riqueza reside no que possuem á sua volta...verde e mais verde, paz e mais paz.
Passaste a viagem embalado no meu colo, e eu só pensava no poema que me tinhas dado no dia anterior em Barnard Castle : " A viagem para as terras altas da Escócia...fá-la-ei de manhãzinha, para ver nascer o sol..." e tudo se cumpria!
Chegados a Edinburgh, senti que a cidade acordava, de uma noite fria e chuvosa.Tudo brilhava.
éramos cerca de 150 jovens...e logo ali, cada um começou a tomar o seu rumo...e a embrenhar-se pelas ruas que escolhera.
Uma breve paragem para consultar mapas, e saber onde virar...até que nos deixámos ir, e acabo por pensar que é sempre o melhor...
O normal desta cidade é estar cinzenta e chuvosa, mas lembro-me que á medida que caminhava o sol começava timidamente a espreitar...e assim foi, até que entrou por toda a cidade, de tal forma, que tudo ganhou outro brilho...
Mantivémo-nos com o grupinho de "origem", aqueles da festa na cozinha...e os mais próximos do Duarte também.Mas apenas pela parte da manhã.
Percorremos uma ,longa avenida...e só a arquitectura, deixou-me logo com aquele olhar do: "ISTO É ABSOLUTAMENTE FANTÁSTICO!!!"...
O sol ganhou força...uma força tal, que não me deixava ver certos horizontes, pois a cidade de um lado, está banhada de mar, e de outro de montanhas imponentes!
E era este sol, que dava á cidade aquele toque, de luz, em chão molhado...
Apesar de ser Domingo e ainda cedo, as lojas estavam todas abertas, e havia gente nas ruas...
Entrando nas lojas, era o mais comum ver-se, os 1001 tipos de xadrez Escocês, e cada um deles etiquetado com o nome da família a que pertence...existem milhentos e nenhum é igual ao outro.Reproduzem-se em meias, mantas, Kilts, chapéus...enfim, até os assentos dos autocarros têm direito a xadrez!
Senti-me uma verdadeira Escocesa...
E com tantas atracções, perdiamos em média 20 minutos por loja...porque entre comprar postais, lembranças para os amigos...e Pais!O tempo voa...o que vale, é que as lojas normalmente têm música Escocesa a tocar, e estar lá dentro dá-nos vontade de dançar!
Trânsito, habitual das grandes cidades mesmo num Domingo...
O sol ia alto já...e eu perdia-me em fotografias!Na terra dos sonhos, que hoje até se tinha vestido de azul...e sol, para nos receber =)
E lá vinhas tu, rua acima, resolvemos entrar na catedral...
Lindissima, com algumas diferenças, de uma catedral católica, esta por ser Anglicana, tem inúmeras particularidades que me dei tempo a perceber!
Vitrais mágnificos, filtravam a luz intensa do sol...as cores batiam no chão que eu pisava.Caminhei devagar por entre as colunatas...o Deus que conheço, habitava aquele local.
E nem por isso deixei de dar uma mentirita piedosa dentro da Catedral.Ora estava eu feliz da vida a disparar fotografias ( ainda que sem flash!), aproxima-se uma velhota, sorridente, e pede-me 2 libras!! Porque para tirar fotos é preciso pagar...logo lhe disse, que não tinha tirado, e que me estava apenas a preparar para o fazer...é um facto menti, dentro de uma igreja!
Uffa!
Á saida, parámos para comer uma sandes deliciosa com guardanapo, colado...ahahaha!
E foi quando vi um típico escocês, tajado a rigor, cuspir para o chão, no centro de um coração desenhado no chão de pedra...
Levantei-me logo e fui perguntar-lhe porque toda a gente cuspia ali?Se era alguma tradição?Que efeitos teria?
Pois, cuspir ali com toda a alma, dar-nos-ia sorte...em tudo, bastava acreditar.Lá enchi o peito de ar, puxei atrás e ploofff...cuspi!
Estas tradicões Escocesas...vá-se lá saber!
Continuámos a subir, e deixei-me deslumbrar pelas casas, altas, mas de uma harmonia arquitéctónica, incrivel.
E para quem julga os Escoceses antipáticos ou frios...pois desengane-se!São até prestáveis e sorridentes.
Á medida que ia espreitando pelas montras, havia sempre algumas que tinham algo de interessante, como esta onde um verdadeiro Escocês, se trajava a Rigor...quando percebeu que eu era uma PAPARAZZI...sorriu, e deixou-se fotografar!
E aqui as saias são para os homens e não para as mulheres, alguns deles vão trabalhar assim vestidos, o que para a população local é algo normal...
Diz a tradição que nada usam por baixo, essa parte não me foi possivel averiguar, mas com o frio que se fazia sentir, acho pouco provável!
Ainda em grupo, visitámos uma destilaria...onde o wisky conta a sua história!
Continuámos a subir, e o Duarte continuáva a fazer as suas compras de Natal...
A subida terminaria numa praça cheia de luz e de gente, com vista para todos os pontos da cidade, e o castelo...muito bem conservado, e no seu estilo arredondado, assente em rochedos...no ponto mais alto da cidade!
Ao longe montanhas, que rodeavam parte da cidade...e nos fazem sentir liberdade e não prisão...sentimento comum, a muitas das cidades que conheço!
Do outro lado, mar...muito mar!
Quando vi estas casinhas, pensei logo na Madalena, que sonha viver na Escócia...aliás ela esteve sempre no meu pensamento, de forma especial.Se te reconheci aqui?Em cada recanto =)
Sabia bem aquele sol...e aquele espaço aberto...no topo da cidade!
Por ali ficámos, até resolvermos que iriamos agora só os dois, deixando o grupo para trás...eram já horas de almoço e todos começavam a dar sinais de fome!
Comecei a descer de novo a rua, atraida pelo som de uma gaita de foles, que ecoava no ar...
Na descida, eu e a minha nova amiga, da Venezuela, mas a viver em Barcelona, deliciámo-nos com este Gaiteiro, e até nos puxou um pézinho de dança...fabuloso!
Como explicar que esta música já nasceu dentro de mim, e me reconheço nela de forma arrepiante.
Sim agora confiando no sentido de orientação do Duarte e nos mapas, iriamos nós...á descoberta!
Numa das ruas, demos de caras com o museu da Escócia, entrámos e demos de caras com um espaço muito bem organizado, e o melhor de tudo, completamente grátis...(Exemplo a seguir para os nossos governantes na pasta da cultura!!)
Fomos imediatamente recebidos e foi-nos entregue uma espécie de comando, onde teriamos um guia automático, bastava carregar no número da peça ou da sala, e ouvia-se tudo...em diversas linguas, claro que não tinha Português, apenas Espanhol ou Inglês...
Seguimos pelos andares...a história falava-nos.
Fiquei a conhecer muito bem certos aspectos de toda a Escócia...não só das cidades, bem como de toda uma fauna e flora...riquissimas, e belas.
Cultura musical...também.
Mas a melhor surpresa estava reservada para o topo do bolo, foi quando o Duarte se sentou na escada com o mapa do museu e descobriu que havia um terraço com vista sobre a cidade...
Descobrimos o elevador...e...
...e...ali ficámos perto de uma hora, a captar com o olhar verdadeiros postais, desta cidade que encanta!
O vento fresco...vindo do norte, e o céu que começava a escurecer e a ameaçar chuva, não nos deteve.
Recordo que foi neste terraço os melhores momentos de Edinburgh...as maiores e mais sentidas gargalhadas de vida, de presença...de nós!
E esta cidade é LINNNNDDDAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!
Ou não tivesses tu a infeliz ideia de me tirar esta fotografia...mais triste, PALYMOBIL!!!AHAHAHAHHAHAHHAHHA...esta só nós percebemos, pinipon!!!E a falha do dentinho...hein, é uma boa prespectiva de mim...que nos fez rir o resto do dia!Ligámos a máquina tantas vezes, para a ver e rirmos, que ficámos sem bateria... e de Edinburgh á noite, não há registos!
Pronto riam-se á vontade..eu sei que tá do pior!Mas se bão a pusesse aqui a historia não ficava completa, pois não Du?
Fui imensamente Feliz...contigo, neste local, quero voltar, pois há tanto que ficou por ver, pois na verdade, era estar contigo, o mais importante e o que tornava tudo tão especial e bonito.
Imaginei-me a ver aquela cidade sozinha, ou com outra pessoa, e porque é uma cidade bela, iria adorar na mesma...mas estas pequenas coisas, que nos fazem rir até á alma...quem as tem?
As nossas risadas atrairam um Escocês, que trabalhava no museu, era licenciado em história, e trabalhava como guia, ofereceu-se 1º para tirar uma fotografia, que nenhum de nós fazia questão de tirar, mas lá ficámos com um sorriso meio amarelo, pois já tinhamos milhentas fotos naquele local...mas pronto.
Depois começou a explicar-nos a história da cidade, de cada torre que apontava, de cada edificio que perguntávamos, ele sabia e indicava com o maior orgulho os pontos chave da sua cidade...
O céu ficava cada vez mais cinzento...e o vento mais forte, e afastei-me um pouco, comecei sem querer a ficar pesada por dentro, pensava que este era o meu último dia contigo. Depois seria o regresso a Lisboa, e a um mundo que amo, mas que não te tem, neste momento, e como me estava a custar, deixar momentos tão felizes...
Enchi o peito de ar, e decidida resolvi, que agora queria ser eu a dar-te algo..,por pouco que fosse, e pensei no mar, no mar que tanto falas e que tanto te diz, desde que deixaste Portugal ainda não tinhas estado perto do Mar.
Avancei, e perguntei, como se ia até ao mar de Edinburgh, quanto tempo levava?
Estávamos a 30 min a pé...por uma avenida, segundo ele.Mas também poderiamos apanhar um autocarro.
Assim fizémos.Estava decidida a levar-te ao mar.Sbia o quanto isso te ia, deixar bem.
Uma chuva forte, começou a cair...deixámos o terraço e passámos ás ruas agitadas.
A procura do autocarro certo.
E então foi a loucura, nunca me ri tanto, ao maldizer as velhotas Escocesas, que na fila do autocarro nos passaram á frente com uma pinta, aquilo é que foi chamar-lhes nomes em Português, e elas ainda sorriam e agradeciam!!!ahaahha...
Depois quando por fim iamos entrar no autocarro, não nos deixaram porque tinhas um capuccino na mão...
Voltámos á paragem, onde bebeste tudo até queimar a lingua...ahahha, meteste no bolso e entornaste...ahahahahhha!
E finalmente, quando entrámos, no 30, colocaste 2 libras, em vez de 1 libra, para o bilhete e só depois viste que aquilo era para pôr certo e não dava troco.Sentei-me a meio do autocarro e mijei-me a rir, com a tua discussão com o homem...
Vieste sentar-te indignado...e reclamaste todo o caminho!
Aos poucos deixávamos para trás o centro, para conhecer o subúrbio de Edinburgh...surpreendente, que não se vê nada com mau aspecto...ou mal cuidado.Tudo com um aspecto, florido...mesmo as casas mais pobres...eram um mimo.
Ás tantas, já não sabiamos onde estávamos e ficámos muito aflitos, pois mar nem vê-lo...só campo...o autocarro ia ficando vazio...e nós ali, a noite a cair.
O pior é que tinhamos deixado as nossas coisas na clockhouse do museu...que fechava as 17h!
Mas eu sabia que algo nos estava reservado...confiei!
E por fim o MAR, ao fundo de uma rua...que percorremos quase em silêncio.Sentia nas tuas passadas largas que querias lá chegar depressa.
Caminhaste para ele, e abraçaste-o.
E como uma criança, agarrate na areia e sentiste-a...respiraste fundo aquele cheiro...era o mar do norte, frio, escuro...
Fiquei a ver-te, feliz no mar que te quis dar...
A praia estava a ser varrida por um vento forte e muito muito frio...que decidimos aguentar e enfrentar, e por isso em silêncio, percorremos pela beira mar, um bom percurso...onde não foi necessário, falar, era um silêncio necessário a ambos, sentia-o.
Á nossa frente a lua surgia branca no céu...como em tantas outras praias longe dali, em que escolhemos estar, como desta vez.
Por ali apanhei pedras e conchinhas...de muitas cores, que já distribuí, por aí...por ali, senti que aquele frio, me arrancava de ti...e isso fez-me sentir de novo pesada.
E esta foi a última imagem de Edinburgh...que vos posso mostrar.
Depois disto a máquina perdeu a bateria...e as imagens estão guardadas em nós.E só as palavras as podem pintar.
Voltamos ao centro, mesmo a tempo de ir buscar as coisas ao museu, que estava mesmo a fechar...tu foste a correr, e eu fui ter contigo...aquele percurso sozinha, fez-me bem.
Agora iamos percorrer as ruas iluminadas de natal, e ver uma cidade de luz...entrámos em lojas de música, puramente Escocesa, perdemo-nos nos sons, e tu não resististe a comprar um CD de harpa, e um livro, pois já deves sentir saudades de tocar...
Descobri Kate Rusby, como um segredo, que mantive até aqui chegar...
Descemos por uma parte da cidade que não conheciamos...e foi assim, maravilhoso, aquela encosta virada para 1000 luzinhas...
Lá em baixo o Christmas market...agitado, quente...
Mas antes de descermos, parámos para um chocolate quente...e Edinburgh é também uma cidade estudantes...onde eles têm direito a imensos descontos.
Descemos, passámos a ponte, e misturámo-nos na multidão, no calor de um mercado onde há de tudo...onde tu procuravas um gorro, com orelhas e experimentaste mais de 100...
Por lá haviam chapéus de Duende, cogumelos, fadas e magias universais, que reconheço...
Olhámos a roda gigante...e os gritos vindos das diversões de natal, senti-me pequenina, numa cidade tão fabulosa e surpreendente.Mas também senti que a tinhamos aproveitado da melhor forma.
E a melhor forma não é ver tudo e saber tudo sobre ela, mas saber viver cada momento como único e efémero.
A hora de partir estava próxima, e começamos a caminhar lentamente para o ponto de encontro...logo apareceram todos, cheios de sacos de compras, com ar cansado de tanto percorrer...a contar as novidades do dia, que tinha sido longo e cheio de emoções.
Entrei no autocarro e depois de uma fatia de pizza, adormeci.
Assim deixava Edinburgh para trás...e um dia de sonho.
Acordei e fomos á conversa...sobre estes dias, sobre o que nos une...sobre o futuro.
E foi tão bom.
Agora não haviam mais dias para gastar...
Quis adormecer...quis.
Chegámos a Durham eram 23h...fomos ao quarto e ainda houve energia para os restos de uma festa Arábica organizada no college...onde o Dennis ainda me conseguiu por a dançar...
Mas depressa pensei no dia seguinte e nas horas de viagem sozinha, que tinha de fazer...talvez o mais duro fosse mesmo, as lembranças que trazia, deixá-las para trás.
Deixar-te a ti.
Fui para o quarto e arrumei a mala, pousei o caschecol da tua avó no bengaleiro, e fiquei assim...
Tu chegaste pouco depois...e então...
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hjgfiurhgjfhgjrkghfoerfhnjjgbbhg
Adormeci com o teu abraço...que tudo resolve.
Apazigua.
Compreende.
No dia seguinte era muito simples...eu ia, e tu ficavas.
Mas seria tão simples assim?