segunda-feira, 10 de dezembro de 2007





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O coração parado, quantos anos tenho?

Vens do poço, do lado calmo da tarde,

Trazes um balde de água fresca na mão direita,

o teu corpo meneia com o peso da água,

Ficas aqui um pouco, olhas comigo,

temos agora a vida à nossa frente como se fosse de uma mão à outra, se abrissemos os braços,

voltas para dentro da casa.





Vou ficar aqui sentada como dantes,

Desde quando?

Entre as mãos seguro o que resiste a todas as perguntas


O coração parado (desde quando?)


E este rasto de ternura que deixaste a arder atrás de ti, quando entraste na casa.


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