sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

De chave na mão...vou abrir a porta.













Há dias que são especiais apesar de não serem providos de grandes acontecimentos.
Dizem por aí, que hoje é dia dos namorados...!

Secalhar foi só por isso, que o dia de hoje amanheceu lindo. O sol a entrar pela janela e os lençóis quentes do meu corpo entorpecido. E espreguiço-me como um gato.
Saio para a rua e deixo que música que levo no mp3 tome conta dos meus pés que caminham em sintonia com o ritmo. Coisa rara, pois ando devagar demais para qualquer ritmo, mas ao tempo certo para todas as melodias.
Chego à estação de metro e sou apanhada na multidão que caminha no sentido contrário ao meu. Estou no centro do caos da estação de Marquês de Pombal e não resisto. "Looking Back" no volume máximo, porque esta música tem a capacidade de me rasgar um sorriso de orelha a orelha e, completamente divertida, apercebo-me mais uma vez que a capacidade de amar transcende muitas coisas.
O físico, a gravidade, a distância e perdura em todos os poros da pele e recantos da alma. Independentemente da forma que tem.
O que a música faz. Sorrio.
Só houve uma outra altura em que fiz algo parecido. Estação de comboios de Kings Cross, Londres. Somewhere over the rainbow, por Esmael kazawakiiii n sei quê... a passar nos altifalantes. Estação invariavelmente cheia e eu a cantar a pelos pulmões a música que tantas vezes ouvi e senti.Não conhecia ninguém e tinha nada a perder...e assim fiz.
Hoje, como naquele dia, fi-lo numa tentativa de me libertar dos amores que sempre irei amar.
Fazem-se coisas doidas na vida e esta foi uma doideira assim pequenina.







O dia da minha morte ainda não foi hoje. Dito assim parece estranho.
Fui á loja comprar o material necessário para voltar a ter as minhas tranças, (a mulher da caixa perguntou-me se eu queria um saco para levar as coisas…a mim, logo a mim ela pergunta isto. Ficou com o saco para ela). Tal era a minha felicidade de voltar a um pedacinho tão bom de mim.
Quando voltava para casa com o dito material debaixo do braço e a música altíssima nos ouvidos, trava um carro para me deixar passar na passadeira.Porque eu não olhei e não ouvi, mas o de trás não trava. Bate no carro da frente e o da frente toca-me ao de leve nas pernas.
Tremi. O sangue parou.
Apercebi-me de como a mente é prodigiosa e desconcertante a fornecer informação.
Imaginei o meu sangue no chão misturado com trancinhas...e missangas coloridas.
Na altura achei que seria uma boa maneira de morrer.
Tocava Dreams in Colour.

Beijo de boa noite“I say love…”







2 comentários:

Anónimo disse...

Olá, querida Ritinha! Adoro-te...so much! Uma chave tão grande para um coração enorme! E sempre tão linda que tu estás! Mas por favor tem cuidado contigo...e por favor "vai-te embora" depois de mim! Senão, quem irá trazer cor aos meus dias cinzentos??? Fica o melhor possível e tem um bom weekend, all right?! muitos beijinhos e festinhas...MIAU!

Tantra disse...

Ganda maluca pá!!! Vais meter outra vez tranças? que fixe!!! É definitavamente o teu estilo!!! Mas cuidado quanod atravessas a passadeira prima! A vida é única, e temos de aproveitá.la ao máximo!!!
Força aí!
Beijos
Nélson