Recordo...

Os tempos em que tinhamos tempo um para o outro e nos ouviamos sem querer falar por cima um do outro...

Os dias de risos infindáveis...em vez de discutirmos por pequenas coisas...

As magias que só nós viamos e que parecem ter fugido dos teus olhos, ou será que foi dos meus?

Andei no Baú das recordações e encontrei isto...ainda em papel.

Não foram só os rostos que mudaram, ou os anos que passaram por nós...pois não?

Os cabelos brancos não falam e não dizem o que nos dói...não é?

Em 1998...

Em 2003...

Em 2006...

... num dia de Mar...em que tu apanhavas ondas e eu ficava a comtemplar.

2007...

Passado não alguns, mas muitos anos de te conhecer, descubro que afinal há tanta coisa que já não sabemos um do outro...e que o passado é valioso, mas ás vezes nada pode mudar, quando é preciso mudar.

Porque o que foi, já não é mais.

Há tempos e realidades diferentes...experiências e viagens, pessoas e lugares!

Descubro que a vida nos transforma tanto...que um dia, olhamos para o lado e vemos que afinal o nosso melhor amigo está diferente, apesar de continuar a ser uma pessoa maravilhosa, que amamos muito.

Mas como se pode amar aquilo que não se conhece bem?

Mas só tu, podes saber o que te fez mudar...como eu sei aquilo que me transformou.Onde e como...é só quereres ouvir.

Não te quero de volta como eras, mas exactamente como estás...agora.

Com tudo aquilo que para mim não está no seu lugar, ou no lugar ao qual me habituei...mas é assim que tu ÉS...e eu, assim te aceito.

Será que entendes isto?

Não fiques longe muito tempo, por favor, porque eu ando devagar e já não sei correr...e não te esqueças, que já não conheço tão bem as ruas do teu mundo...

Hoje...

Afinal nunca olhámos um para o outro, mas sim na mesma direcção...

SHOW ME...

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John Legend - Show Me





I realized as I lay down to sleep
We haven't spoke in weeks
So many things that I'd like to know
Come have a talk with me
I need a sign, something I can see
Why all the mystery?
I try not to fall for make believe
But what is reality?
Where do we go?
What do we know?
Life has to have a meaning
Show me the light
Show me the way
Show that you're listening


Show me that you love me
Show me that you walk with me
Hopefully, just above me
Heaven's watching over me


Guess it's funny how
I say thanks to you
For all you've given me
Sometimes the price of what you gave to me
I can't stop questioning
O God of love, peace, and mercy
Why so much suffering?
I pray for the world, it gets worse to me
Wonder if you're listening
When people go
Why do they go?
Why don't you choose me?
But someday I knowI'm gonna go
I hope you're waiting for me


Show me that you love me
Show me that you walk with me
Hopefully, just above me
Heaven's watching over me



Maybe we'll talk
Some other night
Right now I'll take it easy
Won't spent my time
Waiting to die
Enjoy the life I'm living


Show me that you love me
Show me that you walk with me
Hopefully, just above me
Heaven's watching over me

The abandoned monkey who has found love with a pigeon...










Verídico...
E não me digam nunca mais que os animais não sentem como nós...

Fim de semana de tantos sentimentos...






Estar com os amigos para jantar...e despedir-me mais uma vez de alguém que amo.
Fugir para Janas, na serra de Sintra...e surpreender quem vai partir.






Houve...
Danças...ensinadas pela Inês!









Uma longa conversa deitada na relva com a Clarinha, debaixo de uma lua cheia...e um céu repleto de estrelas...bem ao nosso jeito.
















Um banho de doidos, ás 4h da manhã, na piscina...e que geeeeeelllloooo!!!









Não foi preciso empurrar... entrei de livre e espontânea vontade...

O que se traduziu em Gritos que se ouviram longe...e uma dorzita de garganta que surgiu hoje...=)

Houve quem assistisse...

Lá dentro um jogo de snooker...e a música.

Lá dentro o calor de estarmos juntos...e nos rirmos de tudo o que já vivemos, de recordar e prever as saudades que ainda vamos sentir, na distância que nos separará...apenas fisicamente.

O dia começou tardio e conturbado cá por casa...Pontos de vista diferentes.

Procurei rápidamente o SOL.

Mas ainda assim eu e a Gnoma lá nos embrenhamos na multidão, eu mais uma vez para ver partir, mesmo que para perto...antecipando já uma partida longa e breve, muito breve.

(Partidas, para longe ou perto, elas têm-se sucedido, para breve vão haver mais...

Mas porque é que toda a gente decidiu ir ao mesmo tempo, aventurar-se pelo mundo?

Eu acho que fazem bem...mas não deixo de me sentir desfalcada...porque ás vezes o nosso egoísmo de tanto gostarmos de alguém, é maior...mas logo ele se cala, pois a vossa é também a minha felicidade.

E claro está, foi um fim de semana a puxar a Lágrima constantemente.

Um fim de semana, que me disse, que quem parte tem muita coragem...porque quem fica, fica com tudo o que sempre teve e na sua vida normal...

Pois eu preferia partir...embora este ano entenda que ficar, sem vocês, me fará bem...e me ajudará a concentrar, e assim mergulhar em Livros...sem pensar em mais nada.)

O dia terminou com o nosso compromisso missionário de jovens sem fronteiras.

Enviando a nossa Renata...

VAI...AMA E CRÊ...A VIDA TEM UM PORQUÊ.

E TU O ALCANÇARÁS!

(Tenho muito orgulho em ti...e sabes esta semana sinto um turbilhão de coisas, e não páro de pensar que aquilo que tanto querias, se realizou.Tu sempre acreditaste.

Gosto-te.)

Minutos de Liberdade...

(Esta luz e este mar, neste local contigo, vamos voltar...verás!)

Entro apressada no Hospital. Por estes dias tem sido caminho de tantos fins de tarde.
Entro no elevador aquele cheiro que até me é familiar, entra-me pelo corpo e pela alma.
Chego ao quarto e tu estás a tricotar...um longo cachecol, quentinho e de cores Outonais, daqueles lindos que sabes tão bem fazer, uma tentativa de matar as horas que parecem não querer passar...ali, onde dias parecem anos.
Sorrio-te...
Sorris...
Sento-me ao teu redor, oiço-te.Tenho todo o tempo do mundo para ti, até que desça a noite.
Falas-me do cansaço de se estar sempre ali e dali não sair, da dúvida sobre aquilo que será...mas que as piores hipóteses estão afastadas porém.
Respiro por dentro de alívio.
Senti que estavas a sentir-te aprisionada, num quarto sem luz, apenas onde há idosos que estão mal, bem pior que tu.
Num rasgo de luz, levanto-me decidida a pedir á enfermeira que nos deixe passear lá fora, por alguns minutos, escassos que sejam...para que possas respirar o ar da noite que já caiu...esticar as pernas e ver gente...ouvir barulho exterior, sentir o mundo.
Pelo corredor penso, que quando estava internada por tempo longos, 15 dias ou um mês, pedia sempre que me deixassem por 15 minutos passear nos jardins, e prometia sempre que voltava...também não tinha outro remédio.
E sentia-me muito melhor quando regressava, com cheiro a rua, a pessoas, a cafés...com os músculos esticados de uma inércia involuntária, mas precisa, misturava-me na multidão do hospital e passava despercebida, porque tal como tu, nunca vestia pijama...mas sempre um fato de treino e ténis, o que me fazia sentir mais livre e menos doente.
Mas tu não estás doente, estás numa espera, para resolver algo simples...tenho a certeza.

E foi a pensar nisto que enchi o peito de ar e entrei na sala da enfermeira, e lhe pedi que nos deixasse ir respirar, afastando a hipótese de fuga...e que te traria logo após o jantar.
Jantaste na sala, rapidamente e agasalhaste-te, as noites começam a ser frias...
Lá vamos, percorremos outros corredores que não sonhavas existir ali tão perto de ti, pois ás vezes parece que nada existe para além daquele quarto exíguo.
Descemos e por fim o ar frio da rua...caminhamos calmamente nas traseiras do hospital, cenário possível...muitas janelas iluminadas erguem-se acesas.
Muita gente se movimenta lá dentro, lutando pela vida.
De cada janela se solta um pensamento e um desejo de regressar á vida e a casa.
Eu recolho esses pensamentos soltos que sei que existem e entrego-os com a mesma vontade...de que se irão realizar em breve...
Caminhamos mais um pouco e encontramos a tuna do hospital, entramos e assistimos ao ensaio, há vida no palco, há música...há alegria, e penso para comigo que bom ter encontrado aquela tuna, para ti.Penso que só pode ter sido para ti.Eu e a minha maia de acreditar em sinais...
Os 20 minutos passam a correr...e temos que subir.
Dissemos que ás 20h estaríamos lá...
Aqueles 20 minutos souberam-me a mim a uma eternidade, contigo.E vinhas com outro olhar e sorriso.
Deixo-te no quarto, desejo-te uma boa noite, dou-te aquele abraço e saio...contente.
Prometendo chegar mais cedo amanhã, e com sol, para andarmos mais, mas desta vez na relva, está bem?


Até logo...
=)

Simplesmente sem tempo...
Ando Rota!!!

Tani...

Ás vezes apanhamos sustos...com aqueles que amamos, e connosco próprios.

Vai correr tudo bem...

Estamos todos contigo e á tua espera...

Sim.

Notícias de Taizé

E junta-se ao Irmão Roger o Irmão Eric (1925-2007)

No dia 17 de Outubro, o irmão Eric juntou-se a Cristo na vida de eternidade. Tinha 82 anos.

A sua saúde tinha-se tornado muito frágil e uma pequena doença levou-o à morte em poucas horas.

Nascido em Genebra em 1925, Eric de Saussure estudou Belas-Artes em Paris e em Florença.

Juntou-se em 1949 à Comunidade de Taizé, na altura ainda muito pequena. Viveu não apenas em Taizé, mas também nas fraternidades de irmãos na Argélia e nos Estados Unidos.

Tinha grandes dons artísticos. Através das suas criações, pinturas, águas-fortes,vitrais, foi um dos irmãos que despertaram a sensibilidade para a beleza, tão ligada à vocação de Taizé.

Os seus numerosos vitrais estão dispersos por todo o mundo. Entre eles encontram-se especialmente os das festividades cristãs na Igreja da Reconciliação. Devemos-lhe também o ícone da Cruz e o de Nossa Senhora, que desde há muitos anos apoiam aoração dos peregrinos em Taizé.

Quando olhar a cruz, vou-me lembrar sempre...=)

Obrigado Irmão Eric...

Ausência repleta de ti

Como te poderia explicar que a tua ausencia faz-me sentir-te plenamente?

Como te poderia fazer entender que nao ter o toque das tuas mãos,o teu hálito mormo e doce,e teus braços fortes a envolver-me, faz-me sentir segura?

Sei que poderias entender.

Entao, subi aquela rua até ao alto, mais próximo do céu azul, e entreguei os meus sentidos ao vento, ao tempo, ao infinito.

Ouvi vozes, as nossas, que saiam de cada esquina, de cada casa, de cada pedra do caminho.

Senti a pele e a alma aquecida pelo sol do fim da tarde.

Estavas comigo.

E em mim havia um silêncio de paz.

Há olhos teus em toda a parte.

Van Gogh

As vezes preciso apenas olhar um Van Gogh ... calmamente, silenciosamente.

E nunca páro de lhe descobrir coisas novas, cores novas...mundos...e é tão fácil viajar.

Poema de Ruyard Kiping, que estava á saída de uma aldeia (Caminho Francês de Santiago), a tradução foi a Tânia Rodrigues que a fez...

"Se pensas que estás vencido, não estás.

Se pensas que não te atreves, não o farás.

Se pensas que gostavas de ganhar, mas que não te é possível, não o conseguirás.

Se pensas que vais perder, então já perdeste mesmo.

É que muitos caminhos perderam-se antes mesmo de terem sido percorridos.

E muitos cobardes fracassaram antes do seu trabalho ter começado.

Pensa em Grande e os teus feitos crescerão.

Pensa em pequeno e ficarás ainda mais atrás.

Pensa que podes e conseguirás.

Tudo está no estado mental.

Porque a batalha da vida nem sempre a ganha o homem mais forte ou mais ligeiro.

Mais cedo ou mais tarde,
o homem que ganha é aquele que acredita que pode fazê-lo."

Ruyard Kipling

Amiga Gnoma...há dias que parecem, tudo querer desfazer!

Fizeste a tua escolha...

Um escolha , que a boa vontade e compreensão...podiam ter abraçado...

Só tu saberás.

Aprendi que...














"As feridas definem-nos!".








"Mal posso esperar por cair!".

Só NÓS entendemos isto, porque o vivemos...não é assim?

Um sorriso para ti...e um excelente dia...

Domingo sabe de cor, o que vai ser

...2a feira!

7h00-Manhã...

Espreito como habitual pela janela da cozinha...a rua.

O céu está cinzento, mas não ameaça chover.

Ainda assim, visto-me de sol...e percorro no ritmo que quero, as ruas.

8h00-Entro no comboio, há gente tão diferente, parecemos mercadoria a ser levada em massa para não sei onde, todos encostados uns aos outros ( a parte que me tira do sério, ser arrancada á cama e aos sonhos, para manter algum contacto fisíco, por pouco que seja com perfeitos desconhecidos)...é uma luta a vida, não se pode parar, e essa luta implica tudo isto.

8h15- Berçário, abro a porta, acendo o rádio, como todos os dias, falam-me de trânsito, de acidentes, de politica, de atentados...e coisas boas?

Onde estão elas, será que noticias, são apenas acontecimentos trágicos?

Falem-me de vidas, falem-me de nascimentos, do que muitos dão todos os dias uns pelos outros...falem-me de verde e de liberdade.Inundem-me pela manhã com algo que me desponte sorrisos...e me contagie para o resto do dia.

Ainda assim continuo vestida de sol...por dentro e por fora.

Teimo em prender-me a essa luz.Que me alimenta, que me move...

8h30 - Chega a Catita, sorri ao ver-me e eu ainda mais...

Não passou bem a noite, não dormiu, vomitou, os dentes a nascer...precisa de colo, e mimo.

Mais uma recomendação da mãe...e pouco depois adormece no meu colo.

Ali estou eu, com uma vida tão preciosa nos braços...

Deixo-a no berço...e deixo-me ficar a olhar para ela.

11h- Chegaram todos os duendes do Palatium, e a Ivone também...

Estou estranhamente calma, ou á procura dessa calma...pressentindo os tempos que se avizinham.

Apercebo-me de cada movimento, de cada hora que passa, de cada rosto, de cada característica dos meus meninos, dos próprios pais, que os deixam lá todos os dias, e me deixam perceber se tudo está bem ou muito mal...este ano que passou, criou-se ali uma relação próxima com todos eles...fazemos parte da vida uns dos outros, inevitávelmente.

Olho cada recanto, e cada sala, e revejo como sou feliz ali, como não são apenas eles que crescem, mas eu também.

Brincamos até nos cansarmos...dançamos as músicas alegres que escolhemos, e descubro no meio disso que a Maria já anda...começou ali mesmo, á minha frente, passos desalinhados, trémulos, e inseguros, mas seguidos, e repentinos...

São aquelas pernas e aqueles passos que a vão levar onde mais desejar...e que se vão repetir muitas vezes...vezes sem conta na sua vida.

12h - Hora de ponta...ou seja, todos almoçam e fazem birra do sono...

13h - Todos dormem profundamente...e há silêncio, que me permite pensar...mais profundamente em tanto.

Sento-me no cadeirão do Quarto, que me permite ver todos os berços...e penso que vou ter muitas saudades, desta rotina, que nunca o é, porque eles não deixam...e todos os dias há uma nova cor, uma nova palavra, um novo gesto, e sinto-me sempre viva...

Saudades, porque tenho de parar, porque as aulas chamam...e é agora o momento de ir.

Mesmo que seja temporário...há sempre algo deles que eu vou perder...

Porque voltarei aos meus meninos em breve...

Porque quero continuar a fazer parte das suas vidas, e ter a certeza que vão para o mundo a saber ver tudo com olhos de verdade, mas olhos que sabem ver fantasia...e sonhar!

Olhos que dão, sem ser preciso falar...

17H- Hora de sair...destino Lisboa-Estrela.

Hoje não há aulas, mas preciso de ir á bilblioteca...requesitar livros.

Aproveito e também recebo o sol, que só espreitou ao fim da tarde, embora eu me tivesse vestido com ele, desde manhã cedo...ele é ele.

19h- Misturo-me na multidão que regressa a casa, de novo no formato sardinha em lata...saio antes da minha paragem, só para caminhar um pouco a pé e respirar...mesmo que seja em pleno centro de Lisboa, (eu andar a pé!!!Surpreendi-me, hoje.)

20h- Chego á Amadora essa cidade de má fama, onde pessoas pacatas e lutadoras procuram chegar cedo a casa...

No caminho de casa...passo na casa rey e compro um pão de passas com nozes, tenho saudades de sentir este sabor.

Subo a rua e lá está a vizinha de sempre a passear a sua companhia de anos e anos um mini cão...daqueles de meter no bolso, que ainda se atreve a rosnar-me...

Entro em casa, cheira bem...sabe-me a LAR...doce LAR.

Que bom poder sentir isto.

Ponho o pão na mesa, e acendo o computador...gesto mecânico este...

Tomo banho, e visto o Pijama...

20h30- Janto enquanto comentamos as noticias...o mundo.

Sabemos lá nós o que é o mundo, temos uma vaga ideia...porque uma coisa é estar sentado á frente do televisor a comer algo delicioso e quente, sem saber o que é, não ter nada, sem saber o que é fugir de uma guerra ou estar refém...ou sem saber o que sentiu aquela mãe que acabou de dar á luz...porque eu também nunca tive essa experiência...

21H- Entro no quarto e sento-me na secretária...tenho a vaga sensação que hoje apesar de me ter vestido de sol, tou a contestar demasiado...

Olho para o computador...e estão os amigos todos online, 58 pessoas, que ás 21h, estão em frente a um computador...sabe deus a fazer o quê?Tal como eu...

Acendo uma vela.. deixo-me ficar, mas quero cheiro, escolho incenso com cheiro a mar...mas cheira a tudo menos a maresia...enganar os sentidos.

Para quê?Se o mar o posso ter fresco e revolto á minha frente.

Ainda não está tudo...falta a música baixinha, escolho Eva cassidy...melhor não podia ser.

E então sim...estou pronta para libertar as ideias...e os cansaços, sem mais nada que me prenda.

Porque tanto contesto estes dias?...

FOI POR ISSO QUE ME VESTI DE SOL.PORQUE TEIMO EM VESTIRM-ME TODOS OS DIAS DE SOL...

Ter dentro de mim esse sol, é sentir-me livre onde quer que vá...como se estivesse longe de tudo o que se passa á minha volta...mas um longe subtil que me permite estar atenta...e evadir-me por mundos por mim criados, outros por NÓS vividos...

Vestir-me de sol é bom, aquece-me e aquece quem se aproxima...aquece tudo á volta.

E essa é a primeira coisa que procuro assim que abro os olhos para um novo dia...mesmo antes de adormecer, já penso que o quero para a manhã seguinte e assim ele nunca me deixa...e eu nunca o deixo.

Embora ás vezes não o veja no céu...porque as nuvens também têm o seu lugar em mim.

23h15- Vou Publicar este texto...e esperar não contestar tanto amanhã...

Bar da Azóia...



É na aldeia da Roca, que esxiste um cantinho de luz e magia...onde me sinto sempre em casa...onde posso ver as estrelas, e ouvir boa música que nem sequer é comercializada, mas que é de grande qualidade, músicas do mundo...e que nos transportam.
Ali esqueço-me de tudo, estou a 2 passos do mar revolto do Cabo da Roca e embrenhada no cheiro a verde e húmido da serra...





Quando lá vou, recordo sempre a última vez que estive lá com alguém e a importância daquilo que se partilhou ali á luz de velas e na presença daquele Buda gordo e sorridente sempre na mesma janela virado para o mar...
Há anos que vou lá...e este é o meu bar de eleição.











E nem todas as pessoas saberiam comigo entender aquele lugar...de pouca luz mas de uma luz imensa.

Atrás do balcão há sempre um sorriso familiar e ao servirem-nos há sempre tempo para 2 ou 3 ou 4 dedos de conversa...

Vagueia por lá uma gata meiga, que se aninha no nosso colo...e nos faz mesmo sentir em casa, e descontrair.

Lá dentro, não há espaço para muita gente, mas tem um jardim imenso, onde se vêm estrelas sem fim... e há grilos.

Onde antes, há 6 ou 7 anos atrás, se acendia uma fogueira todas as noites, e se cantava e dançava á volta dela, e se celebrava a chegada do verão, do Outono, do Inverno...tudo era motivo de festa até uma noite de Lua cheia era motivo de festa, já para não falar nos muitos concertos de música celta...

Gosto de estar ali...de beber uma cerveja com sabor a framboesa, de me encostar ás paredes e olhar os quadros sedentos de que lhes leiam a mensagem que transmitem a cada pessoa, porque cada pessoa é diferente...

Depois é quase tradição descer até ao Cabo da Roca, e ouvir o mar...que ali se revolta, mas nos acalma...
A noite estava amena, e nem havia frio...e uma caminhada no escuro, interrompida pelo farol...que girava sem parar, sabe sempre a mistério e lonjura.
Recordei tantos momentos ali...e era isto que me aptecia fazer nesta noite, embora os amigos estivessem reunidos na grande Lisboa...há dias em que queremos um pouco mais de calma...e que bom ter aquele refúgio.

E obrigado a quem se misturou comigo na escuridão...e falou e me ouviu.

Somewhere over the rainbow

I will...

Tempo de Mudanças...

Há dias em que acordo e sei, que é dia de mudar tantas coisas...
Há decisões que mudam tudo aquilo a que nos tinhamos habituado...
E hoje, fico com a certeza que se avizinha uma nova fase...

Voltei ás salas de aulas, aos trabalhos...á agitação, ao sono que não está em dia, á correria, ás noites perdidas em frente do computador...
Hoje recomecei!Tudo isso.
Hoje terminei dentro de mim, uma outra parte.Tem que ser.
Nem sei como vou conseguir?
Mas já aprendi, que na vida vamos buscar força, que nem sabiamos que tinhamos, e afinal eu confio sempre, cegamente que tudo corre pelo melhor, e que desejar é meio caminho andado para que aconteça!
O tempo vai escassear, e este ano não vão ver-me tantas vezes poir aí...aulas até ás 22h, sábados com aulas, 1000 coisas para fazer...e conquistar.

As orações de Taizé...vão aguardar.Se aparecer será sempre depois das 22h...até Dezembro, depois disso, volto...(maldita disciplina...=(...)

Os fins de semana fora...não serão tão frequentes.
E sim vou embrenhar-me em cidade...e meios de transporte,lá vou eu no 738... em materiais e 1000 ideias diferentes que preciso ter.

Escrever neste blog...ai isso,será um luxo ter tempo para ele, mas prometo dar noticias.Todas as semanas, nem que seja uma palavra...que construa a ponte entre mim e os que amo, e não vou ver...
Sinto alguma pena, porque as coisas maravilhosas que amo, vão ter de esperar, e espero encontrá-las quando voltar desta viagem ao "conhecimento"...mas tou tão motivada a recomeçar e a investir no meu futuro, que quase me apetece ter uma mochila nova para ir para as aulas...e lápis e canetas e blocos...hihihihi!
Como as crianças, sinto aquele friozinho na barriga por estar numa turma nova de pessoas mais velhas, que olham para mim como "a miuda"...pois elas têm decerto anos e anos de experiências, e eu quero aprender muito com elas.Mas nunca sei o que vou econtrar...e isso causa algum receio.
Sinto-me prestes a começar uma corrida ao lado de um comboio a alta velocidade, que não sei se consigo acompanhar...porque é que ao iniciarmos um caminho, sentimos sempre esta mistura de medo, motivação...que nos baralha?
Quero andar, quero colocar o que de mim há, para aprender mais e mais, há tanta coisa que eu não sei...tenho que por a render todas as minhas capacidades...agora mais do que nunca.
E estou certa que posso contar com vocês...vou sentir falta de tanta, tanta coisa...mais parece que vou partir para um qualquer País, longe daqui...não é bem, mas é quase!
Andarei pelo meu mundo...dando tudo.Fazendo alguns sacrificios...esquecendo o cansaço de cada dia!


Hoje, soube bem subir ao largo do Rato, voltar á Estrela, aquelas ruas com tantas histórias para contar...sentar-me numa sala, cheia de gente que como eu estavam anciosos por recomeçar...ouvir o meu nome na chamada e escrever a bibliografia... (esta parte dispensava...)
E depois sair e ter ali ao lado o melhor refúgio, o verde do Jardim da Estrela...e ainda atravessar o jardim e encontrar a basílica, entrar nela, sentar-me quase sem ninguém por perto, fechar os olhos e confiar...a sós CONTIGO, frente a frente, o que TU me pedes!
Voltei a casa, sentada no comboio, meio anestesiada...porque ainda não acredito em nada disto...mas afinal, 1 dia + 1 dia + 1 dia...farão tempo, tempo que passa, e semanas e meses...e quando menos esperar...já passou...
Sinto-me a subir uma escada, uma escada que me leva cada vez mais perto, de uma vida por mim...sonhada e tão desejada.
Pelo caminho e quanto mais subo, entro em diversas portas,conheço 1001 rostos e vidas, casas, caminhos...bosques, onde aprendo tanto.
E um dia, poderei olhar a minha Quinta pedagógica...e adormecer com o som do rio...e acordar com o canto dos pássaros e viajar pelo mundo...aprender sem ter que estar fechada numa sala de aula...aprender aquilo que o mundo dá e não o que nos é de certa forma imposto...mas que não deixa de ser importante, sei-o.



E em breve, e porque nada é para sempre, estarei novamente por inteiro...onde e com quem mais quero estar!








(Aqui entre nós...ISTO ESTÁ A CUSTAR-ME TANTO...na verdade.)

O som do ar...

Consigo ouvi-lo...

A tua cor é a minha cor...a cor do mundo!






















Era aqui que queria estar agora mesmo...mesmo sozinha, a despedir-me do sol!
Dando cor aos pedaços de mundo que vou pisando...
Cor que recebi de ti...

O essencial...


Porque não tens tempo para o essencial...?


Assim o tempo custa a passar...e quase que chega a

doer.


Sabias?