domingo, 25 de maio de 2014

Orgulhosamente.














Quando eu era pequenina, ficava toda orgulhosa de ver os meus pais na multidão, prontos para me aplaudir.Fosse uma festa da escola, da catequese ou outro ajuntamento que me fizesse sentir nervosa, por ter tanta gente a olhar para mim.Era o derradeiro momento da verdade, que depois de analisado e discutido por todos, era sempre um sucesso.Eram mais os nervos antes de entrar em cena.

Em Moçambique, lembro-me bem dos konguitos ansiosos por ver chegar os pais, nos dias importantes.E da sua tristeza quando nunca chegavam e da forma como eu os consolava.Ou de como os seus olhares se iluminavam quando lá no meio de tantos rostos, eles descobriam um, que lhes era familiar.

Não há nada mais valioso do que aplaudir de perto e encorajar as pequenas vitórias, por mais pequenas que elas sejam, dos que amamos.Isso marca para o resto da vida.Suporta, anima, marca.
É vencendo nestes dias,desde muito cedo, que se compreende o quanto é importante vencer o resto da vida.E cada vez mais. Não por competir, mas porque todos devemos estabelecer as nossas metas pessoais.

Foi muito bom ver o Dani, mudar de cinturão. Ver que o trabalho de meses, de aulas e aulas, se reflecte numa vitória.Nada se consegue sem esforço e perseverança.Mesmo quando nos dias de chuva e mais cansaço não quer ir ao Karaté.Hoje viu-se que este trabalho de ser pai e mãe e de insistir na hora certa, de proporcionar o melhor, na hora certa, de acompanhar,de esperar, mais tarde se revela num grande sorriso.Num abraço onde se respira, quando se ouve o nome e se troca um olhar que diz: "consegui!"
E aquele bebé, que um dia segurei ao colo, adormeci, acalmei, fiz sorrir, alimentei...hoje encheu-me de orgulho.E muitas vitórias estão para vir.E eu aqui para os abraçar.
A minha Mana e os meus sobrinhos, enchem-me o coração!
São vida.Todos os dias.




Porque aquilo que a o sangue por vezes não nos dá a vida nos oferece tão gentilmente.

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