Olhos que vêm,olhos que sentem... flutuam,acariciam, protegem, olhos que se apaixonam, todos os dias...pelo mundo.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
O regresso ás origens.A Rita das trancinhas...
Andei no tempo, 8 anos, quando fiz pela primeira vez trancinhas Africanas.
Das tranças ás rastas, foi um passo.Uma coisa originou outra.
Lembro-me que durante muitos anos, essa era a minha imagem de marca.Sempre com 1000 cores penduradas, guizos.Aquilo dava-me vida.Ajudava-me a sair da rotina cinzenta, de ser sempre a mesma coisa nas cabeças.
Lembro-me que quando estava a terminar a quimioterapia, completamente careca, uma vizinha Angolana, me disse, para não ficar triste por não ter fio de cabelo, pois ela iria fazer-me 1001 trancinhas e que eu ia adorar.
E assim foi.O cabelo cresceu um pouco e com alguns centimetros ela as prendeu.As primeiras, eram exactamente como estas, largas e muito compridas.Nem dei conta de que o meu cabelo crescia, assim.Foi uma solução, primeiro, depois um estilo que tomei como sendo muito pessoal.
Originou muitas conversas, em muitos Países, comboios, paragens, escolas,na faculdade, aventuras.E eram e são do mais prático que existe.
Aqui estamos no sitio certo para as fazer.É barato, é rápido e podemos mudar quantas vezes quisermos...das formas, cores.Perfeito.
Sempre associei mudanças interiores a mudanças exteriores.
Quando algo muda dentro de mim, tenho, (sem me aperceber), muitas das vezes vontade de mudar exteriormente.É como se fosse uma nova fase, um novo ciclo.E isso me ajude a marcar essa passagem.
Talvez aqui, seja o fim de 4 meses fabulosos, que me trouxeram a certeza de que a Rita, apesar de todo o longo caminho em que perdeu "aquele Pai" maravilhoso, regressa aos poucos e poucos a si mesma, á sua paz, ao seu ponto.Claro que, com muitas coisas novas, surpreendentes, outras que nunca mudam e eu até nem gosto, mas fazem parte do meu ser.Depende daqueles que encontramos no caminho e do que despontam em nós.Há pessoas que nos puxam o pior que temos, outras o melhor, mas a essência, essa nunca se perde.
Estas tranças,marcam talvez um tempo de mudança que está para breve...ainda não sei bem qual, mas pressinto-a.Não sei de que forma, nem quando.
Ou talvez seja apenas eu a desejar essa mudança...que em parte já ocorreu em mim, com tantos locais, mundo e rostos percorridos.
Agora sinto o peso destas tranças novamente e trago á memória imensas aventuras,em que elas me acompanharam...aventuras plenas de felicidade.
Tal e qual, como as que ainda estão para vir.
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