sábado, 16 de janeiro de 2010

0 2º dia de Encontro.













O segundo dia de encontro, começou mais frio, estava prevista a queda de neve durante o dia e assim aconteceu, logo pela manhã.
Depois da oração da manhã, numa igreja antiga e fria, mas muito bonita, dividimo-nos em pequenos grupos de partilha.No meu grupo estavam presentes cerca de 7 nacionalidades diferentes, Alemães, Polacos, Espanhóis, Malteses, Lituanos, Croatas...uma grande diversidade que proporcionou partilhas muito interessantes e profundas.Tinha também no meu grupo, uma senhora já de idade avançada, que nasceu na Polónia, mas tinha ido viver para Espanha em pequenina, e correu o mundo, sabia falar muitas línguas e foi a tradutora do nosso grupo.Esta senhora, inscreveu-se no encontro europeu de jovens e deu um testemunho fantástico sobre o que é ser jovem.
Cá fora, os grupos que terminavam a sua partilha, iam fazendo a festa...e ambiente era de verdadeira PAZ!

Depois seguimos a pé, pelas ruas de Poznan até ao Mtp, para o almoço.Na cara caiam-me flocos de neve, perfeitos.
E para o almoço, as filas, as brincadeiras, os rostos diferentes...e sorridentes, o sentimento de comunidade, ainda que alguns rostos no meio da multidão se mostrassem mais amargos, fazem agora parte do passado.
Depois do almoço, a corrida para os workshops começou, e estavam todos cheios até á porta.Afinal, a grande parte das pessoas ainda procura aprender e participar.Uma passagem na loja e o reencontro com rostos amigos, de outros encontros e de Taizé.É sempre uma festa.São 5 minutos e um abraço que vale por muitos meses.
Mais tarde o trabalho de distribuir o jantar, e a animação de quem trabalhava connosco.A simpatia que todos punham no acto simples de entregar uma maçã.Gestos pequeninos como este, fazem muitas vezes eco na minha cabeça, e no meu dia á dia, em que procuro manter o mesmo espírito, mas todos sabemos que não é fácil, quando do outro lado encontramos muros e paredes.O importante é no entanto, não desistir.
Depois do jantar a oração da noite, aquela onde se quer sempre ficar mais um pouco, pelo aconchego que se sente, pela paz que permite.
No caminho para casa, a neve era ainda mais...e as brincadeiras não tardaram.E era chegar a casa cheia de neve e ter aquela família á nossa espera, para nos aquecer.

Desta vez a "mãe", tinha-nos preparado uma sopa avinagrada de beterraba com raviolis.É a sopa mais estranha que comi na minha vida, mas quente sabia muito bem, pois o frio era cada vez mais.
Entre conversas demoradas pela tradução no computador e as risadas que provocavam os erros, ou simplesmente a ouvir a voz do Shemaveck, a cantar como um anjo, a noite terminava pelas 00h.Lá fora, tinhamos um grande relógio, onde podiamos sempre ver as horas, sempre que olhava para ele,não sei explicar porquê, lembrava-me do meu Pai e então junto da janela, ligava para ele ao fim do dia.Este momento sabia-me muito bem.

Deixei-me  mais uma vez, perder em pensamentos doces por tudo o que estava a viver, tinha escolhido estar ali e o encontro estava a ser tão especial...o dia seguinte era o último dia do ano e isso dava que pensar em muita coisa.
Por fim adormeci.


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