quinta-feira, 9 de julho de 2009

O sal da Língua






«Escuta, escuta: tenho ainda uma coisa a dizer. Não é importante, eu sei, não vai salvar o mundo, não mudará a vida de ninguém (...)Escuta-me, não te demoro. É coisa pouca, como a chuvinha que vem vindo devagar. São três, quatro palavras, pouco mais. Palavras que te quero confiar, para que não se extinga o seu lume, o seu lume breve.
Palavras que muito amei, que talvez ame ainda. Elas são a casa, o sal da língua.»




Eugénio de Andrade

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