Um dia calmo...
Depois de uma noite em que dormi que nem uma pedra...e recuperei forças, acordei no sotão...seriam umas 10h,com a tua tentativa de não fazer barulho, mas o chão de madeira não deixa de ranger nunca...ahahaha!Apanhado.
Este dia soube-me a paz, imensa, tudo o que precisava, acabada de chegar de Taizé.Um dia para assentar, e voltar á realidade, ainda que nao fosse a minha...
Depois de um banho como deve de ser, tomámos um pequeno almoço do céu...e lá fora caiam flocos de neve muito pequeninos...pensei que iamos ter um dia cinzento, mas enganei-me!
E ainda bem, porque estava a precisar de sol...como nunca!
Ao pequeno almoço o típico Brioche...e tantas coisas de Portugal, porque nesta casa, apesar de estarmos em França, tudo lembra Portugal...
Ao pequeno almoço o típico Brioche...e tantas coisas de Portugal, porque nesta casa, apesar de estarmos em França, tudo lembra Portugal...
E depois de arrumar a cozinha, ficámos por casa, calmamente, a arrumar as coisas e simplesmente no Relax...
Uma casa onde senti, que havia um passado feliz, embora de trabalho...e as lembranças de Portugal, eram muitas...o que denotava a saudade sempre presente.Senti-me bem naquela casa, para além do acolhimento fantástico, havia calor...havia vivências.
Olho pela janela e vejo que o tio Quim, está no jardim...desço e ficamos á conversa até á hora de almoço...ora faz sol, ora fica escuro, ora tenho calor ou frio...o tempo tá instável.O jardim conta a história de uma vida, as árvores que ele plantou...e as coisas que já se passaram ali.
Permanecemos pelo jardim...á conversa, até á hora de almoço.Pelas 13h, chega a tia do Duarte, e rompe pelo quintal de bicicleta, o Lucky faz uma festa...
Ficamos admirados, pois em Portugal as nossas avós não andam de bicicleta, e aqui vive-se um espírito diferente...as pessoas não páram, mexem-se e tem hábitos mais saudáveis...
Entramos para o almoço, em menos de nada, tudo fica pronto, entre um copo de vinho e dois dedos de conversa...as notícias correm na Tv, e depois da semana em Taizé sinto que já não estou habituada a uma certa realidade...
O café em cima da refeição, soube-me muito bem, tinha um sabor Português, pois o café fora daqui, é água quente...
Depois do almoço, falámos sobre os planos para este dia...
Saímos para uma caminhada, á beira do rio, mesmo ali pertinho...havia gente a passear os seus cães, e numa paz fora do vulgar...a tarde aqueceu, e o sol brilhou, eu já lhe sentia a falta...
O leito do rio, estava cheio, muito cheio...e as casas á volta eram lindíssimas.
Caminhámos calmamente...
Derepente imaginei-me a viver ali...com esta calma, e a poder passear assim logo pela manhã, ou ao fim da tarde e recolher esta calma e esta luz.
E sim lá voltámos a beber do sol...e porque qualquer sítio do mundo, faz muito mais sentido, quando estamos juntos...
A foto de família...
O dia tinha uma luz tão fantástica, que senti que estava preparada para os dias que se seguiam, visitar Paris e descobrir mais sobre essa cidade que me deixou um gosto, para voltar...
O duarte pensativo...
O lucky...cão simpático e amigável, mas não á 1a vista...
O sol deixou de brilhar e voltámos calmamente a casa, senti que aquela caminhada nos ligou um pouco mais, enquanto falávamos do presente , do passado e do futuro, das lutas de uma vida e do sabor que é chegar ao fim da vida e poder descansar, ver a família crescer feliz.
Cheguei á porta de casa, olhei a janela do sotão uma última vez e subi para arrumar as minhas coisas...ao fim da tarde iriamos embora...
E assim foi...com o Lucky a ladrar no portão...deixámos para trás, Noisy-champs...
Antes de nos encontrarmos com a Manue, vistámos ainda os primos do Duarte...que estavam em remodelações...uma casa luminosa, e no meio do campo...cheia de crianças...4 filhos e muita cor por ali...o mais novo de 3 meses...a mais velha de 21.
Ainda demos opinião sobre a cor da tinta...
Todos em farda de trabalho...mas muito acolhedores.
Senti que o Duarte estava radiante em poder conhecer melhor uma parte da família que está longe, mas nos acolheu de uma forma fabulosa, sempre.
Na ida para o encontro com a Manue, o tio Quim, lembra-se que não trouxe os documentos do carro...e lá foi o duarte a conduzir...!!
O dia chegava ao fim...
Encontramo-nos por fim com a Manue, num centro comercial gigante, onde ela trabalha numa livraria.Lembrei-me dela um verão aqui em Portugal...e reencontros feitos, despedimo-nos dos "tios", e levámos as coisas para o carro da Manue...
Do centro comercial, até á sua cidade, foram 10 min, ela mora em Esbly, uma cidade pequena, e pacata...a 30 min do centro de Paris de comboio.
Pelo caminho podemos ver a disney ali mesmo ao lado, e o castelo da bela adormecida...a brilhar.
Ao chegar, foi comodarmo-nos e fazer o jantar...
A Manue mora num T0, mas bastante acolhedor...onde as fotografias na parede mostram uma vida cheia de viagens e boas vivências, algumas em comum, como os encontros de Taizé, jornadas mundiais...e experiências que nos fazem sentir vivos de verdade.
Perdi-me a olhar para todas as fotos... e descobri uma foto do Duarte, do verão passado, com o ar mais feliz do mundo...pensei, que estar longe dos que amamos nos pode mesmo fazer perder um pouco o brilho...mas se fizermos um esforço, percebemos que as pessoas nunca podem mudar assim tanto, que percam a magia...e ele não a perdeu.
Depois do jantar, foi consultar mapas e preços, para Paris...e tentar programar o resto da semana, mas a verdade é que planos não são connosco e acabamos por fazer sempre o que mais nos apeteceu...acho que planear minimamente é bom, mas não demasiado...
E claro mapas é com o Duarte...
Adormecemos...depois de muito falar.Camas no chão...sacos de cama...malas.A confusão.Percebemos também que a Manue não tinha máquina de lavar roupa e a semana passou-se a lavar roupa no lavatório...ahahahhaha!
Foi bom.
O dia que se seguia seria a aventura de descobrir a dois uma cidade enorme e bonita.
A Manue ia trabalhar...todo o dia.Por isso procurámos que o tempo com ela fosse bem aproveitado...e agradecer assim este acolhimento.
Até amanhã Paris!!
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