Os primeiros isntantes calmos, cada um pensaria para si o tanto que tinha aprendido esta semana...
Depois o ânimo tomou conta de todos...
A primeira paragem foi para almoçar...a 2h30 de Paris...e a neve não parava de cair...
E um bom Tuga que se prese, come a bela da sande...onde quer que seja, e assim foi, abrimos o farnel em cima da mesa, e ele foi chouriço, presunto, maçã, paté...enfim!Mas é assim que eu mais gosto de fazer, destas pequenas partilhas que nos fazem rir mais tarde...
Era o espírito de Taizé ainda ali...bem presente.
A viagem continuava, mas a neve e o gelo na estrada eram bastantes, pelo que fomos com cuidado.
Lembro-me que nesta viagem, nos rimos, chorámos e falamos sobre tanto...eu diria que foram as 5h mais longas destes dias...mas muito importantes.
E esta é a Abiba, professora de química, e que foi mesmo muito querida connosco...tinha um sorriso doce, e fez-nos até uma surpresa, numa das paragens.Quando regressámos ao autocarro, tinha escondido um chocolate para nós...e tivemos que o descobrir.
Agradecemos com uma música, cantada em todas as línguas...e são momentos destes que nunca mais se esquecem, cheios de sinceridade...porque apesar de trocarmos emails, e sabermos que para o ano nos veremos em Taizé, o que fica é muito maior...e impossivel de explicar.
A alline, e o seu amigo...ela ficaria em Paris connosco, e foi ela que nos guiou pelas linhas do metro...e nos deu logo um mapa, para nos orientarmos.
Nós...cheios de calor, quase, quase a chegar a Paris...!!!
Paris surge...o sena dá-nos as boas vindas, o autocarro pára, e despedidas deitas, tiramos as malas, e vamos com a Alline, para o metro...a confusão de linhas é grande, mas nada que não se possa descodificar...
Fomos de comboio.A alline explicou-nos tudo e despediu-se de nós...com um até breve!
E lá fomos a caminho de Noisy - Champs, onde moram os tios do Duarte, onde ficariamos por um dia e uma noite.
Em 20 minutos estávamos lá...a chuva sempre a cair.E a provar que há pessoas boas em todo o lado, vinha a passar um rapazito, este mesmo da foto, ao qual perguntámos onde havia uma cabine, e ele saca do seu telemóvel do bolso e diz-nos: "telefonem...", e onde é que isto se vê?Já não se vê...
Depois de nos tirar uma foto, seguiu o seu caminho e nós o nosso...
Carregados, molhados e cansados...lá esperámos pelo tio do Duarte, o tio Quim!
Que por fim apareceu, com um enorme sorriso, dizendo que nos esperava desde manhã...ajudou-nos a meter as coisas no carro, e seguimos para sua casa.
Falámos da viagem, de Taizé, da vida dele ali, mostrou-nos um pouco do seu departamento...e por fim chegámos a casa, onde o lucky não paráva de ladrar, com o ar mais ameaçador do mundo...
A casa era uma casinha de bonecas...construída por ele...e com muita história.
Ao entrar, quente...pousámos as coisas, mesmo na garagem...e meteram-nos logo us chinelos quentes nos pés.Gesto que me marcou...afinal nem me conheciam.Mas já me vou habituando e Português que se prese, recebe sempre bem e de braço abertos...
Eu de chinelos na mão...
Depois de alguns dedos de conversa, jantámos...e confesso que já não comia tanto, há uns bons dias...mas soube-me bem, de certa forma, parecia que estava em casa, e eles eram os meus pais...afinal sempre que chego de Taizé, são eles que me esperam e preparam uma refeição assim...e me fazem sentir quente por dentro...
A noite seguiu em conversas na sala e a conviver com o Lucky, mas fomos descansar cedo, dormi no sotão...quentinha, onde podia ver as marcas de uma vida de trabalho...e recordações, que sem saber porquê, nem o que significavam, me faziam sorrir...talvez por também querer construir assim uma vida, repleta de recordações, boas, que farão alguém sorrir!
Lembro-me que nessa noite fizemos uma passagem por tudo o que vivemos estes dias, e como iriam ser os próximos...que adormeci com a maior paz do mundo...de manhã tinha deixado Taizé, e agora estava ali, ás portas de Paris, pronta para viver mais momentos fortes...daqueles que fazem uma vida valer a pena.
Até amanhã...=)
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