sábado, 5 de abril de 2008



Últimos instantes em Taizé...e chegada a Paris!


Segunda feira de manhã...acordo, e na minha camarata todas dormem...tenho que despachar-me pois hoje, partimos para Paris e tenho as últimas coisas para arrumar e não quero perder a oração da manhã...esta sim a última...
Abro a porta ainda em pijama e está tudo branco...completamente branco, que visão...e que friiiiooo!
Começo a arrumar as coisas, e a empacotar o melhor que posso, os ténis já não cabem, e vão pendurados na mochila...
Levo as minhas coisas para a camarata 14...e vou para a oração.
E que aconchego é entrar ali, numa manhã fria...





Depois da última oração da manhã...saimos da igreja com calma, e caminhamos pela neve até á fila do pequeno almoço...a alegria de todos apesar do frio é visível, afinal tal como eu, nunca se viu Taizé numa Páscoa, assim...branco.


O dia cinzento...o dia da partida.

E depois do pequeno almoço, e de nos despedirmos do Ir.David...lá rumamos ao parque dos autocarros, para descobrir qual seria o nosso?!
Vieram logo ter connosco, pusemos as malas e escolhemos o lugar...

Fomos muito bem acolhidos por todos...um grupo animado, que nos fez sentir entre amigos.E ainda nos agradeceram por estarmos ali e irmos com eles...quando quem tinha de agradecer, éramos nós...
E lá iamos nós a caminho de Paris...daí a 5h, estariamos lá...e começava uma nova semana, para nós.

Passado alguns minutos, partimos...e ao som da minha música preferida:" El alma, que anda en amor...", foi assim que ficámos a ver a aldeia ficar para trás...e até para o ano Taizé!




Os primeiros isntantes calmos, cada um pensaria para si o tanto que tinha aprendido esta semana...
Depois o ânimo tomou conta de todos...
A primeira paragem foi para almoçar...a 2h30 de Paris...e a neve não parava de cair...




E um bom Tuga que se prese, come a bela da sande...onde quer que seja, e assim foi, abrimos o farnel em cima da mesa, e ele foi chouriço, presunto, maçã, paté...enfim!Mas é assim que eu mais gosto de fazer, destas pequenas partilhas que nos fazem rir mais tarde...

Era o espírito de Taizé ainda ali...bem presente.


A viagem continuava, mas a neve e o gelo na estrada eram bastantes, pelo que fomos com cuidado.

Lembro-me que nesta viagem, nos rimos, chorámos e falamos sobre tanto...eu diria que foram as 5h mais longas destes dias...mas muito importantes.


E esta é a Abiba, professora de química, e que foi mesmo muito querida connosco...tinha um sorriso doce, e fez-nos até uma surpresa, numa das paragens.Quando regressámos ao autocarro, tinha escondido um chocolate para nós...e tivemos que o descobrir.

Agradecemos com uma música, cantada em todas as línguas...e são momentos destes que nunca mais se esquecem, cheios de sinceridade...porque apesar de trocarmos emails, e sabermos que para o ano nos veremos em Taizé, o que fica é muito maior...e impossivel de explicar.


A alline, e o seu amigo...ela ficaria em Paris connosco, e foi ela que nos guiou pelas linhas do metro...e nos deu logo um mapa, para nos orientarmos.


Nós...cheios de calor, quase, quase a chegar a Paris...!!!


Paris surge...o sena dá-nos as boas vindas, o autocarro pára, e despedidas deitas, tiramos as malas, e vamos com a Alline, para o metro...a confusão de linhas é grande, mas nada que não se possa descodificar...

Fomos de comboio.A alline explicou-nos tudo e despediu-se de nós...com um até breve!

E lá fomos a caminho de Noisy - Champs, onde moram os tios do Duarte, onde ficariamos por um dia e uma noite.



Em 20 minutos estávamos lá...a chuva sempre a cair.E a provar que há pessoas boas em todo o lado, vinha a passar um rapazito, este mesmo da foto, ao qual perguntámos onde havia uma cabine, e ele saca do seu telemóvel do bolso e diz-nos: "telefonem...", e onde é que isto se vê?Já não se vê...


Depois de nos tirar uma foto, seguiu o seu caminho e nós o nosso...


Carregados, molhados e cansados...lá esperámos pelo tio do Duarte, o tio Quim!

Que por fim apareceu, com um enorme sorriso, dizendo que nos esperava desde manhã...ajudou-nos a meter as coisas no carro, e seguimos para sua casa.

Falámos da viagem, de Taizé, da vida dele ali, mostrou-nos um pouco do seu departamento...e por fim chegámos a casa, onde o lucky não paráva de ladrar, com o ar mais ameaçador do mundo...


A casa era uma casinha de bonecas...construída por ele...e com muita história.


Ao entrar, quente...pousámos as coisas, mesmo na garagem...e meteram-nos logo us chinelos quentes nos pés.Gesto que me marcou...afinal nem me conheciam.Mas já me vou habituando e Português que se prese, recebe sempre bem e de braço abertos...

Eu de chinelos na mão...

Depois de alguns dedos de conversa, jantámos...e confesso que já não comia tanto, há uns bons dias...mas soube-me bem, de certa forma, parecia que estava em casa, e eles eram os meus pais...afinal sempre que chego de Taizé, são eles que me esperam e preparam uma refeição assim...e me fazem sentir quente por dentro...

A noite seguiu em conversas na sala e a conviver com o Lucky, mas fomos descansar cedo, dormi no sotão...quentinha, onde podia ver as marcas de uma vida de trabalho...e recordações, que sem saber porquê, nem o que significavam, me faziam sorrir...talvez por também querer construir assim uma vida, repleta de recordações, boas, que farão alguém sorrir!

Lembro-me que nessa noite fizemos uma passagem por tudo o que vivemos estes dias, e como iriam ser os próximos...que adormeci com a maior paz do mundo...de manhã tinha deixado Taizé, e agora estava ali, ás portas de Paris, pronta para viver mais momentos fortes...daqueles que fazem uma vida valer a pena.

Até amanhã...=)




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