terça-feira, 28 de agosto de 2007





Silêncio...?

Qual é o som do silêncio?





(Santiago 2006)





É tão fácil falar... É tão difícil ficar calado...

Ou será difícil falar, e fácil remetermo-nos ao silêncio?

Eu falo muito, mas para mim é exactamente ao contrário, nunca consigo falar quando preciso - e digo preciso porque esta incapacidade verbal acontece-me, quando tenho algo importante a dizer, que é quase sempre - e ainda por cima gosto muito de silêncio.

Sobretudo de silêncios confortáveis, que não sejam ensurdecedores.

Claro que sei o quanto é bom conversar, mas é raríssimo encontrar alguém que perceba o que isso realmente significa e não tenho paciência para combates quando quero captar uma pessoa e transmitir-me a ela.

É tão bom, dois intervenientes que se propagam um pelo outro, a discordância a tornar-se intrigante e envolvente, algo que queremos entender; a concordância de repente a suspender-nos num estado de quase beatitude.

E o riso.
Por vezes acontece, o riso, e é como uma coisa mágica, um laço invisível que une como o fogo solda duas partes separadas, que por momentos se tornam uma só.

E se há um olhar espôntaneo trocado e aceite sem constrangimento... pode ser um nó que nunca mais se desdá.









Qqqrrrttttppppppp... dzing! :)





Volto mais tarde, que agora nem escrever consigo.

Mas continuo a ouvir alguns ecos,que me dizem :" afinal és alguém que quero presente, porque me sabes ler...até á alma..."

Não posso deixar de sorrir ao relembrar o contexto e, sim, faz-me sentir compreendida de uma forma que muitos já não sabem - coisa rara! - e menos solitária, também.

Até por causa de quem assim me falou.

E apraz-me, igualmente, concordar que tenho mesmo muita vontade de viver e sorrir sem fim, com o brotar natural dos dias...

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