segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Portas.
Em tempos idos, já muito idos e gastos, foram inventadas as portas.
Uma espécie de bloqueio á passagem para o interior, ou exterior de casas e afins.
Isto se não tivermos a chave. Porque se tivermos a chave podemos dizer que as portas são uma espécie de passagem para qualquer parte.
A verdade é que nunca se sabe o que está por detrás de uma porta.
Ao longo da nossa vida são imensas as portas que se abrem á nossa volta e até mesmo por detrás de nós...e estas são sempre as mais escancaradas, as que já não podemos alcançar por mais que nos esforcemos em reviver o passado.
Quanto ás portas que ainda estão e estarão ao alcance da nossa mão, pouco há a dizer no muito que poderia ser dito.
Em quase todos os momentos de nossas vidas, somos assaltados pela decisão, ainda que inconsciente, de abrir portas e fechar portas.
Vivemos em constante sobressalto com a hipotese de perda da chave daquela porta especial.
Desprezamos portas que não ousamos ou não conseguimos fechar, embora fosse nossa vontade usar vários cadeados, para as trancar de vez.
Também existem as portas que insistem em ranger, mesmo quando lhes oleamos incansavelmente as dobradiças.
Sem esquecer as portas que se abrem e fecham sozinhas, sem que nós possamos ou tenhamos tempo de pensar se as queremos abertas ou fechadas.
Estas sim, são portas mágicas, as que melhor nos indicam o nosso caminho. São as portas ás quais devemos estar mais atentos, independentemente da cor, formato ou tamanho que possam ter.
Bom...muito mais havia para dizer...mas esta porta,está a fechar-se. Concerteza outra se abrirá ...

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