segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Outono como este...não há.


Dias de Outono...levam-me para longe.No pensamento.E hoje também o corpo vai.

Percorro a serra,com os sentidos.Há lareiras acesas dentro e fora de mim...pelas aldeias.Posso adivinhá-las dentro das casas.

Cheira a verde...há o frio da noite,mas tantas janelas abertas,com a luz acesa.

Ouve-se o mar.

Enquanto,tudo isto se vai desenhando aos meus olhos...eu penso,no Outono.Não é um Outono que vá esquecer.É aquele em que eu vou tocar os 25 anos de existência,sobre a terra.

Gosto das imperfeições que a vida deixou no meu corpo. Gosto das histórias escritas na minha pele. Gosto dos momentos que guardo no coração.

Tal como gosto de subir a serra,e ver as folhas caídas,no chão e sentir que as que presistem nas árvores,também virão não tarda,formar esse tapete fofo e amarelo,que vou pisando.

Olho para trás ligeiramente,não gosto de me virar por inteiro,há coisas que estão lá,que estão bem ali,não as quero ver,mas o olhar alcança,tantas e tão boas.As mais belas que algum dia tive,e ainda tenho.

São as que me saltam á vista.Porque são as que em quero lembrar.

Tenho em mim a vontade de ser sempre,aquilo que eu sou.Assim.Rita.

Porque como diz a Lua...

Tu és todos os livros, todos os mares, todos os rios, todos os lugares.

Todos os dias, todo o pensamento, todas as horas... e todas as manhãs.

Tu és todos os lábios, todas as certezas, todos os beijos... Tu és todas as noites em todos os quartos, todos os ventos em todos os barcos.

Todos os dias em toda a cidade... Tu és só o começo de todos os fins.

Tu és todos os sons de todo o silêncio, por isso eu te espero, te quero e te penso.

Palavras dedicadas á vida.

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