terça-feira, 14 de novembro de 2006


Duende...






Um duende
segurava a cauda de uma lua qualquer.
No seu saquinho estrelado,
transportava palavras.

Como pesava esse saquinho,
pálido no seu ombro cansado.

Soltou a cauda dessa lua qualquer
e de pés firmes na terra
que era a sua
atirou as palavras ao vento
para chegarem ao sol.

A estrela sol devolveu-as.
Eram pobres.
Parcas de sentido.

Pede o duende uma tesoura
para cortar o fio da vida?
Não.
O duende era feliz,
e nada o fez parar.

Sem comentários: