Duende...
Um duende
segurava a cauda de uma lua qualquer.
No seu saquinho estrelado,
transportava palavras.
Como pesava esse saquinho,
pálido no seu ombro cansado.
Soltou a cauda dessa lua qualquer
e de pés firmes na terra
que era a sua
atirou as palavras ao vento
para chegarem ao sol.
A estrela sol devolveu-as.
Eram pobres.
Parcas de sentido.
Pede o duende uma tesoura
para cortar o fio da vida?
segurava a cauda de uma lua qualquer.
No seu saquinho estrelado,
transportava palavras.
Como pesava esse saquinho,
pálido no seu ombro cansado.
Soltou a cauda dessa lua qualquer
e de pés firmes na terra
que era a sua
atirou as palavras ao vento
para chegarem ao sol.
A estrela sol devolveu-as.
Eram pobres.
Parcas de sentido.
Pede o duende uma tesoura
para cortar o fio da vida?
Não.
O duende era feliz,
e nada o fez parar.
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