quinta-feira, 10 de agosto de 2006

É num dia quente e calmo...


(E num certo verão eu escrevi…)


E é num dia quente e calmo, que dou, por mim a recordar verões passados, dias que marcaram o início ou o fim de uma etapa.

Muitos já estarão de férias, outros porém trabalham o ano inteiro, na esperança de melhorar a vida.

Agora, é ver quem as tem de braços abertos para entrar nelas como se fosse um mergulho no mar! E respira-se fundo…finalmente chegaram.

E ruma meio mundo para o Algarve, os parques de campismo ficam pelas costuras, os Emigrantes regressam à sua aldeia perdida no Portugal profundo…para reencontros, e saudades guardadas no tempo.

Nos olhos das crianças; e isso a mim é o que mais me fascina; há aquele brilho, de algo de novo que está prestes a chegar…de brincadeiras tardias, que no tempo de escola ninguém as deixa permanecer. E chegam as amizades de verão, e os amores, quem não os teve, e não passou o mês de Setembro ainda na lua?



É o sabor das coisas, aquele que lhe queremos dar…e a que sabem as férias? A sal? A saudade? A aventura, a liberdade…a tanto.

Afinal em cada verão, foi tanto o que se deu, ainda mais o que ficou e já ninguém pode apagar.



É clara a ideia que guardo de cada verão, e do que cresci com os olhares que recebi, com os sorrisos, com as histórias contadas, paisagens que lá continuam, e somos nós que passamos por elas…não elas por nós!

Ver o sol nascer ou pôr-se…cantar até que a voz me doa, deixar-me levar pelos dias, não ter relógio…”nem paradeiro”…



E foi preciso ter mais alguns anitos em cima, para perceber…que férias não são mais que o meu tempo…e posso dá-lo a quem e como quiser, este verão espera-me um mês de voluntariado…longe, um pouco longe daqui…mas mais perto daquilo que eu sou, e desejo dar.

Basta colocar a mochila ás costas, um sorriso no rosto…e partir.







Rita

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