E daqui a 33 dias, volto deste recanto...espero que de alma quente e boas aventuras para contar.
Ah, as pessoas que vão… Deixem-nas ir. Não significa que elas não amem, não sintam saudades, não se importem – apenas o coração delas é grande demais, e elas precisam sempre estar em expansão. Quando enclausuradas, sofrem muito. Não cabem em escritórios, não cabem em ternos, não cabem em si – movimento é a palavra de suas vidas. Alguns acham que esse tipo de pessoa é indecisa, inquieta e até frustrada, pois parecem estar sempre em busca de respostas. Não. Na verdade, pessoas que vão não se importam tanto com as respostas – seu combustível é feito pelas perguntas. Questionam o tempo todo, pensam o tempo todo, observam o tempo todo. Encantam-se pela quantidade de maravilhas que o mundo pode oferecer, seja em uma cidade da moda como Paris ou num boteco abandonado de esquina.Acontece, por vezes, de pessoas que ficam se apaixonarem por pessoas que vão. Daí a vontade de içar e ancorar, criar raízes e voar, correr e ficar parado. Eu poderia aqui escrever conselhos, poderia dizer fica, vai, espera, aceita. Mas nada posso dizer. O amor é movimento, energia, é vida pulsando dentro e fora de nós, e exatamente por isso é muito pessoal. A única coisa que me arrisco em falar é: Sinta. Se permita. Amplie o sentimento, não guarde para si. E aceite o tipo de pessoa que o outro é também. “É difícil aprisionar os que tem asas”, disse o poeta. Também é difícil arrancar os que são feitos de raízes.
Até breve...
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