Maio foi um mês estranho. Difícil de entender. Cheio de interrogações, com os piores sustos que podemos sentir (com a saúde), com a vida a chamar-nos a tomar decisões em cima da hora, sem tempo para pensar muito e ainda menos ponderar. Ficou resolvido e agora é confiar em que sabe o que faz.
Desejo, com muita força, que Maio tenha sido o pior mês do ano. Não tendo sido um caos, trouxe muitos dias de caos. Muito trabalho cancelado, muitos dias de calmaria, com a missão (quase impossível) de manter este tufão em repouso absoluto; fiquei zangada com a vida e com o mundo; fiz as pazes com a vida, mas preciso de aprender a perdoar o mundo; reaprendi a diferença entre um amigo e uma espécie de amigo; voltei ao dicionário para rever a definição de parceria, de parceiro, de valor e de princípio - concluí que ainda a tenho bem presente; tive muitos dias a pensar duas, três, quatro, cem, mil vezes numa proposta para voltar ao princípio de tudo e mudar a minha vida a 180º. E eu, que sou absolutamente pró mudança, que acredito que as oportunidades quando surgem são para se agarrar com as duas mãos, que não tenho medo de arriscar, de ir, de saltar com fé, de conjugar com convicção o verbo acreditar (e confiar - na vida), dei por mim, numa daquelas fases de tudo a acontecer ao mesmo tempo, a pedir que o tempo, o mundo, a vida parasse para que eu conseguisse ouvir o meu coração.
Ele falou.E eu ouvi.
A decisão está tomada e agora é seguir em frente. E acreditar que a bússola, o mapa e as certezas vão aparecendo ao longo da viagem.
* - querido Junho, mês mais bonito do nosso desejado verão, que tragas tudo o que prometes.
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