domingo, 1 de dezembro de 2013

Dezembro.




Agora que a época se aproxima, e depois de muito racionalizar e desdramatizar o feito na minha cabeça, sinto uma angústia pequenina a crescer.
De repente não quero que seja Natal. 
Para mim Natal não é nada do que se vive por aí.
Claro que tenho a família á minha espera que não me faltarão na noite da consoada, mas ficar-me-á a faltar sempre qualquer coisa.O meu pai.
E a noite da consoada, é só a noite da consoada. Não pode nunca ter mais importância que o resto do ano, que os dias...e com quem os partilho.
E desde então o Natal nunca mais foi a mesma coisa.E agora resta-me alegrar-me com todas estas luzinhas que se acendem e ficar quente por dentro...á medida que os dias avançam iludidos por cores, campanhas, gestos típicos de Natal...
Acho que passei a pertencer aquele grupo de pessoas, anti Natal...mas não sou radical, porque para mim, ele tem um verdadeiro sentido cristão e de entrega.Mas a entrega não a vivo só agora.É o meu modo de vida. Então Natal, vivo-o diariamente em gestos muito concretos.Interiormente.
Quando se perde alguém assim, não queremos simplesmente que o Natal chegue.Ponto final.
E eu ainda hei-de aprender a viver com isto.
Um dia.
Não já.
Afinal, só passaram 4 anos...



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