Escolho os meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila: tem que ter brilho! Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero respostas, quero o meu avesso..
Escolho os meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de crescimento, mas que lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. pois se os vejo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
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