sábado, 20 de abril de 2013

Ai Lisboa.





































Lisboa.

Pode mesmo acontecer um bocado de tudo. Podemos escolher a melhor esplanada plantada mesmo em cima do rio.Depois subir a Alfama, vagueando. Ir por uma rua, descer pela outra, apenas para descobrir mais.Mais janelas abertas ao sol.Mais floreiras a rebentar de cor.Uma idosa, apanha sol na soleira da sua porta, e ao peito guarda o amor de uma vida.As saudades, confessa, são enormes.Mas foi feliz.Os seus olhos não mentem.
Depois colocar as mãos em 200 anos de historia, que continua ali de pé, admirar cada entrada de luz,cada recanto.Respirar a alma dos que nos fizeram grandes.E lá de cima, olhar o horizonte,sentir o vento.Esta lisboa que aprendi a Amar na distancia.Cada vez que venho, a amo mais um pouco. 
8000 pessoas chegaram a Lisboa estes dias, em navios de cruzeiro.Ouvimos Italiano,Espanhol...e todas as línguas que nos escapam, enquanto falamos a nossa.

Descemos e a marginal é nossa.Vamos onde o vento nos levar.Caminhamos enquanto o mar nos rebenta no rosto.E em alguns minutos vem o entardecer.Sonhamos,projetamos, divagamos, estamos.Junto ao mar, esfriou, não ficamos mais.E se voltarmos a Lisboa?...quero estar perto dela, enquanto posso.Vamos a sabores do mundo e assim viajamos.Bebemos mais uma cerveja enquanto ponderamos se vale a pena tirar a máquina da mala. Podemos maldizer todos os males deste Portugal, toda esta crise bem como as nossas próprias crises interiores.Ser humano, implica sofrimento, mas uma alegria que esbate tudo o resto! mas não podemos evitar saber e amar os segredos desta cidade luz... 
E quando percebemos que sim, que vale a pena, ainda não é tarde demais para mais um martíni e um tango na Bica.O rio ainda fica ali ao fundo.Temos sempre mais a dizer.Nunca nos cansamos de falar.Observar.A noite flui.Amigos Dinamarqueses fazem a festa.Porque eu não tenho barreiras.E todos os cantos do mundo falam.Talvez pudesse acontecer tudo noutro sítio. Mas acho que só aqui é que sabe bem.
E apesar de o mundo estar á minha espera.

Lisboa.





E desta vez, o coração vai nas malas, também.
Assim me vou.


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