segunda-feira, 13 de junho de 2011

Gosto.Do Stº António.E de ser livre.



Gosto da liberdade que é falar com estranhos em noite de festa.Gosto das ruas cheias de gente, da confusão em noite de Stº António.Gosto de cheirar a sardinha, de comer na rua e do travo a hortelã na sangria.Gosto dos gritos da multidão e gosto de sorrir para quem passa.É como se nesta noite, tudo fosse permitido.Sem vergonhas, sem constrangimentos.Eu raramente me reprimo de ser quem sou, porque o faço seja onde for ou quando for.Mas gosto especialmente de ver que todos se soltam um pouco mais numa noite assim, mais uma vez, sem vergonhas, sem barreiras que nos podem deixar aquém daquilo que somos e queremos fazer.
Gosto de arcos e balões e manjericos, gosto de (ainda que cansada), rir-me dos enganos pelas ruas numa cidade que conheço e Amo, apesar da minha distância constante nos últimos tempos.Gosto de subir rua, descer rua e descobrir em todos os recantos uma nova luz, uma festa,triliões de cores, cheiros a esta Lisboa que é única.Foi aqui que eu nasci.
Mas este ano não perdia esta noite por nada, e falar com quem não conheço e ver a mistura de idades que se vai vendo.Gosto de Lisboa e disto tudo.
Não gosto de gente que tem vergonha de ser livre e tudo critica apenas com o olhar ou que tudo lhe parece mal ou despropositado.Não gosto sobretudo quando estão demasiado perto de mim e não sabem sequer como agir ou o que fazer, ignorando uma cultura que é a sua, mantendo uma imagem que afinal também não lhes pertence.O Stº António é uma festa popular, e não se pode esperar nada mais nada menos do que naturalidade.
Voltando ao que gosto, gosto de me rir, de abraçar e de brincar, sem medo de perder aquilo que sou, pois é quando o faço que me torno ainda mais EU.
E então vejo ainda mais claramente aquilo que me move, pessoas, afectos, espontaneidade, gente com alma.
Obrigado a quem esteve comigo por inteiro, nesta noite...

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