segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


I've learn that people will forget what you said, people will forget what you did, but people will never forget what you made them feel.






Por algum tempo acreditei que as pessoas nunca se iam esquecer do que dizemos ou do que fazemos por elas.
Mas passado algum tempo e especialmente no último ano da minha vida em que tudo mudou abruptamente, segundo a minha vontade, descubro que afinal, o que elas nunca esquecem é aquilo que as fizemos sentir.
Fechando os olhos e pensando em determinada pessoa, é claro o que esta nos faz sentir.Muito claro.Quase que o posso definir numa palavra, som, sabor...para cada uma delas.
Não importa se foram muitas as palavras, bonitas, menos docéis, se o que fizemos implicou um grande esforço ou foi pura obrigação.
Aquilo que fica no fim é somente aquilo que as fizemos sentir.Bom e mau.
É quando por exemplo alguém sente o cheiro a mar e se lembra de mim, é quando alguém tem o gosto do café na boca e me diz, hoje lembrei-me de ti, quando alguém ouve uma certa música e se lembra do que sentimos, da forma como rimos juntos...olhámos o céu ou dançámos até ser dia.
E isso é tão valioso e a forma como chegam até mim todos os dias mensagens de amizade, de pedaços de vidas que me tocaram e eu toquei.De bebés que nascem, de casamentos que acontecem, de viagens que se fazem, de decisões que se tomam para sempre e nas quais eu me sinto dentro.
Vejo o mundo girar e faço por girar com ele.É tão bom este sentimento de não ser de ninguém...e de decidir livremente qual o próximo passo.É um dos maiores tesouros que possuo e do qual não tenciono abrir mão.
Nunca sabemos o quanto vamos marcar alguém ou como e de que forma alguém nos marcou.Muitas vezes não imediatamente, mas á luz de alguns meses, anos...encontramos afinal um sentido forte e um lugar para colocar certas pessoas, que foram essenciais e ás vezes com uma palavra apenas.
Por isso é que quando eu tomo lugar na vida de alguém e alguém na minha, faço por lhe demonstrar tudo o que sinto,sempre, sem medos e da forma mais clara possível.E as únicas regras de relacionamento que conheço, são estas.E são as minhas.
A verdade, sem esperas, sem adiamentos, sem porquês, sem reticências.
E tudo isto, porque aprendi a viver o aqui e o agora, como um momento único e que vai passar dentro em breve.E não vejo mal algum nisso nem sequer falta de respeito pelo o outro.
A verdade é que chego agora a uma fase da minha vida, em que muitas coisas que sinto quando penso em tantos amigos, que são mais do que irmãos, quando penso nas palavras sábias do meu Pai e tantas outras pessoas iluminadas com quem me vou cruzando, páro e penso em como todos eles foram, são e serão sempre tão importantes e decisivos para mim, mas peço desculpa, não nas minhas escolhas.
As escolhas essas são minhas, inspiradas naquilo que também eles são como pessoas e amigos.
Mas devemos escutar-nos a nós.Nenhum coração é tão certo e tão verdadeiro como o nosso.
E o meu apesar de magoado ás vezes, continua a saber muito bem, para onde vai, onde quer chegar e como.E a bater desalmadamente...cheio de sonhos e planos que é o mais importante.
E já o repeti aqui, como um filme vejo a minha vida a crescer e a tornar-se em algo tão bonito, cheio de cores diferentes, sabores, sons, sentimentos, pessoas, mas o que ficará, eu sei bem o que é, apenas o que tudo isto me fez sentir e que trará é memória vezes sem conta imagens como quadros vivos.E num ano, mudaram reacções, gestos, formas de agir, de estar, de sentir e desejar.
E só isso conta, o que tu me fazes e farás sentir.
Acredito.

(Os outros são os outros, deixem-nos falar...)

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