sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Por estes dias, foi assim...






Fiz, aquilo que tinha de ser feito.Aquilo que queria e ao qual nem conseguia ou podia fugir.
O primeiro passo, foi voltar ao Alentejo depois de 9 meses, e visitar a campa do meu pai.Aquilo que parece ser simples, á partida, tem um peso enorme na nossa paz, quando o fazemos.Encerramos um ciclo...suspiramos com alívio, porque o sofrimento acabou.Mas também senti vontade de levantar aquela pedra e trazê-lo de volta para junto de mim.Mostrar-lhe como sou feliz e cumpro aquela que sei ser a minha missão.Disse-lhe algumas coisas, e voltarei daqui a 6 meses.Para caminhar pelas ruas da sua terra, olhar os telhados e sentir o cheiro do pão acabado de cozer.Depois das visitas e reencontros, segui ainda mais para sul.Uma outra família me esperava.É sempre tão bom, chegar a Silves e sentir, "estou em casa...".
Abracei e conheci de perto as novas vidas, que fazem parte desta família.O Duarte e o Simão.São lindos, tive direito a dar banho, adormecer, dar o leite e derreter-me literalmente.
Não consegui abraçar toda a gente, nem dizer ou ouvir tudo, mas um abraço bem dado, fala mais que qualquer palavra.
E tudo isto foi ainda mais precioso, porque tinha ao meu lado, alguém que esteve á altura de todos os momentos.Alguém de quem gosto muito e que já faz parte de mim.Alguém que me fez rir e sorrir e sentir segura...apenas por estar ali.Gosto de pessoas simples.Pessoas que sabem o seu lugar e o conquistam devagarinho e com cuidado.
Há coisas inevitáveis.Como o futuro ou o rumo natural das coisas e da nossa vida.
Foram dias meio a correr, mas na minha cabeça tudo se vai tornando mais claro. 
É bom partir e arriscar, mas custa ter que deixar os que se amam.É só isso que me custa.Mas nem isso me prende, porque o amor é liberdade.
E foi isso que hoje me fez fazer Km, em silêncio e a pensar, que um dia chegará a altura de parar e criar raízes.Ou até mesmo, que esse dia pode nunca chegar.
Por agora, sei que é este o caminho...o meu e o de todos os que nele quiserem entrar.
Trago Sol de todos estes momentos.

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