Eu sei que nunca mais acabo de tirar as rastas, eu sei que nunca mais apareço com o novo cabelo, mas isto tem sido uma luta, cabelo que há anos não era trazido á luz do dia.
Tem muitas memórias entranhadas, sim.Orgulho-me de cada pedaço que cai.Porque não cai, apenas por cair, cai e faz-me viajar.
Está quase, talvez mais 2 dias e estou operacional.
Ainda assim, hoje tive um dia lindo.Voltei a reunir-me com a Rute, em sua casa, para um almoço,cozido á Portuguesa, o que eu tinha saudades!Comida bem Portuguesa.Maçã assada e um café com sabor a Portugal para terminar.Conversas sobre o País,o passado, o presente e o futuro.Medidas de austeridade que nos afectam a todos e assustam quanto ao futuro.Encontro Portugal num caos e á beira de um colapso, sinto.
Á parte disso muita boa disposição, gargalhadas e sorrisos que não se esquecem.Um deles sempre presente na minha vida, mesmo á distância e que admiro muito.
Uma ida repentina á baixa, campo grande, avenida da República, Campo Pequeno, Saldanha, Marquês de Pombal, Rato, Príncipe Real.Tudo pela janela do carro cheia de chuva e com as luzes da noite a acenderem.Missa, pela primeira vez desde que cheguei a Lisboa.Uma igreja novamente, Católica e não Ortodoxa.
Uma chuva forte e repentina, o regresso a casa, para o jantar e mais conversa até á 1h30 da manhã.
Sabe bem um domingo assim, em que escutamos, em que nos escutam, nos abraçam e a chuva a cair lá fora, porque já apetece estar em casa, relembrando os dias e noites de verão, as viagens e aventuras que nos encantaram e ensinaram tanto.Falando do coração e da vida, daquilo que nos move.
Voltei a falar do meu Pai, hoje que fez 8 meses que descansou para sempre.Foi no dia 10 de Fevereiro e o tempo voa.Mas as memórias nunca voarão.
Grata por este dia e pela amizade que nos dá tanta força a continuar a nossa missão sobre a terra, sobretudo se acreditamos, (como eu) que é aquela para a qual nascemos, e ninguém nos demove desse caminho.
E ainda uma surpresa no blog do João Nuno.
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