quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Doce sorriso.






O meu dia, foi longo, parecia que não acabava.Sabem quando as horas esticam?
Queria ir ter com o meu Pai.Não pensava em mais nada.As pessoas falam comigo, mas é como se estivesse numa outra dimensão.Não sei bem,como e quando fazer uma paragem, para estar a tempo inteiro com ele.Porque mais tarde ou mais cedo, vou querer fazê-lo
Depois de lhe fazer a barba,enchê-lo de afther shave, e colocá-lo mais fresco...sentei-me no cadeirão.Ficámos á conversa.E o que me sabe bem, estar ali.O mundo pára.
Deixei, o meu Pai a sorrir, muito.
É com esta imagem que o deixei, e é esta que ainda tenho na minha cabeça...e me faz sorrir também, só de o imaginar.Hoje, ele tinha uma paz diferente.Talvez a visita do Alberto o tenha ajudado.
Não há muito que possa alterar e fazer, para além de estar com ele.
Hoje, mal sabia que ia fazê-lo rir tanto.Lembrei-me de algumas cenas únicas, da minha infância, que o fizeram dar umas boas gargalhadas, agarrado á barriga, por causa das dores.Mas este riso, inflitra-se não só no corpo, mas também na alma, eu sei.E ajuda a esquecer tudo o resto.A mim e a ele.
O que nos rimos, com as idas á praia, com a galinha que me atacou no Alentejo e me fez correr como nunca corri, com 5 anos,rimos com as cassetes que ele gravava com as nossas primeiras palavras...e que em modo repeat, eram de morrer a rir.Ainda existem.Vou guardá-las, sempre.
Como guardo hoje, o sorriso do meu Pai.Único, merecido...contagiante.
Vim, mais leve, com este sorriso.
Os dias, têm sido uma sucessão de acontecimentos e sentimentos.

Até amanhã.

1 comentário:

Peregrina disse...

Obrigado Rita, por diáriamente me contagiares com o teu sorriso, com a tua força...
Continuo a contar com eles!
Força!
Bjs
Anita