Por aqui, Ama-se, á velocidade da Luz!
Estou de volta.
(Monforte)
À volta do pequeno cruzamento, reúnem-se algumas casas, e ao fundo da estrada, vislumbro a casa onde desejei voltar muitas vezes.Ali dentro está um mundo, que vocês nem calculam de tão vasto e belo que é, mas também sofrido...mas amparado, cuidado e amado.
Foram alguns quilómetros, para testemunhar a gratidão e a humildade de quem nos recebeu tão bem e foi a maneira de regressar com um coração cheio e aconchegado para casa.
Estou de volta.
Com os sonos por regular ainda, com o cheiro a Alentejo e o brilho nos olhos do que vivi.
A uma velocidade supersónica, vivo momentos daqueles que nos marcam para sempre.
Fortaleço-me com aquilo que a vida me dá, gentilmente.E agradeço.
Fiz-me ao caminho, aquele que é o meu e eu adoro percorrer.
Fiz-me ao caminho, aquele que é o meu e eu adoro percorrer.
Eu diria que estavam mais que trinta e cinco graus mas nunca fui muito boa a avaliar distâncias ou temperaturas. A diferença entre a minha cidade e o Alentejo começou logo no alcatrão, que passa de uma largura de um carro para duas largas faixas de rodagem mas o Sol queima exactamente da mesma maneira.
Montemor o novo
O itinerário começou pela paragem em Montemor o novo, onde me encontrei com a Lena "Tirapikes", para seguirmos para Assumar.
(Monforte)
Pelo caminho, passagem em Monforte, Sousel...e outras terrinhas, verdes, brancas, pacatas e quentes.Boa conversa, música e partilha até chegarmos ao destino, para o almoço em comunidade!
E por fim, Assumar!
(Centro de recuperação de menores, Assumar)
À volta do pequeno cruzamento, reúnem-se algumas casas, e ao fundo da estrada, vislumbro a casa onde desejei voltar muitas vezes.Ali dentro está um mundo, que vocês nem calculam de tão vasto e belo que é, mas também sofrido...mas amparado, cuidado e amado.
Um gostinho a campo missionário, já em fase de conclusão, onde fiz questão de estar, no último fim de semana.Era importante para mim.
Foram alguns quilómetros, para testemunhar a gratidão e a humildade de quem nos recebeu tão bem e foi a maneira de regressar com um coração cheio e aconchegado para casa.
Foram e serão todos os quilómetros do mundo, para testemunhar o trabalho feito naquela casa e a luta pela vida daquelas meninas, que não desistem e são felizes só de nos verem surgir.
E por pouco, já me esquecia do mundo e da vida aqui e estava lá, pronta para me entregar ao serviço, ao que fosse preciso fazer.Assim como sou.
E foi também dizer ás companheiras de caminho e formação, que estou com elas, e que as acompanho sempre, seja qual for o rumo.
Abraçar a Catarina e recordar o campo do ano passado e dizer-lhe com o olhar, que vou com ela e sei da sua entrega.Nunca duvidei deste momento.
Foi também uma noite animada, de chinelo em riste, mais a Lena, á caça da melga alentejana, que pica como nenhuma outra...eram toalhas pelo ar, chinelos e risos!
Foi missão.Tudo, foi missão.
Domingo, debaixo de um sol tão forte e um calor abrasador,(ali conseguimos ouvir mesmo o calor e é como se o pasto seco entrasse a qualquer momento em combustão espontânea.), que parti para casa.
Antes ainda passeamos, eu e a Lena tirapikes, pelas ruas empedradas de Estremoz, bebemos uma água na praça do rossio e seguimos cada uma para a sua direcção, mas ao mesmo tempo sentimos que estamos juntas nos passos que damos.
Estremoz
Foi uma viagem pelas estradas do Alentejo, que me fazem sempre sentir liberdade, pela imensidão das paisagens, alternando o falso fresco do ar condicionado com as baforadas de calor que fugiam à desordem dos pinheiros.Eu perdida no meu MP3, pensei e voltei a pensar nas voltas que a vida dá e nas coisas boas que ela nos traz.Abraçava essa missão que tenho, para cumprir...agora.
No final deste fim de semana, podia encher o meu peito com a alegria inexplicável que sentia por ser jovem hospitaleira e descobrir-me assim.Sentindo que ganhei.Como pessoa, como missionária, como Rita, de todas as formas, as mais belas que possam imaginar.
Á noite fui respirar Lisboa e soltamos as palavras numa conversa á beira rio no parque das nações, isto já depois de ter feito 4 terérés, e muita conversa na Póvoa.Cinco meninas que caminham juntas, apesar de não se verem sempre, sabem que estão lá umas para as outras.
É sempre tão bom, voltar aí.Vocês sabem porquê!Há aquele sentimento de família, onde cabe sempre mais um e se partilha tanta coisa.
Beira rio, Lisboa
Chegava a casa já de madrugada, estafada, mas com aquele sentimento de ter feito 1001 coisas num curto espaço de tempo e tudo coisas que me preenchem bastante.Mas eu acho que no fundo fiz apenas uma, que resume tudo isto.
Amar.
Passa tudo por aí.
É muito fácil viver feliz, com um pé em ambos os lados e com pessoas especiais.
É muito fácil e simples, estarmos exactamente onde queremos estar e onde somos precisos e necessários, se assim o desejarmos e aceitarmos o inesperado como uma dádiva fabulosa.
É o lema de há muito - um pé onde somos felizes aqui, outro de coração no Mundo e onde nos quiserem.
Sempre!
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