terça-feira, 14 de julho de 2009

O cúmplice e irrequieto silêncio entre nós.









É o mês dos regressos, como se todos fossem emigrantes em parte incerta.É o mês de os receber de braços abertos.
Por meados de Agosto já cá devo ter os amigos mais lindos, que estão espalhados pelo mundo.
O ano passa e o pensamento toca-os muitas vezes.Não resistem a este sol, a este calor, a esta luzBoa!A este ambiente de festa, a estes petiscos...Lá fora ganha-se dinheiro, abrem-se horizontes...mas é aqui que tudo sabe melhor!
Há saudade, há lembranças que fazem sorrir e ao mesmo tempo uma confiança que nos diz, que o tempo e a distância nada desfazem, mas tudo unem.
Há conversas que condensam tudo o que se viveu durante o ano, há aquela lágrima que esperava por nós, o abraço e por fim o sorriso que leva á loucura de rebolar na relva, num dia de sol, de atirar areia, de caminhar lado a lado, na certeza de que as partidas estão para breve, mas ficará sempre em porto seguro a nossa amizade, aquilo que se viveu...e ainda está para vir.
Não há nada melhor que partilhar com alguém que não víamos há tanto tempo, o que temos vivido bom e mau e o entusiasmo com que o fazemos...porque na verdade apenas não nos vimos durante largos meses, mas estivemos sempre lá e como isso se sente.
E entre o ver e o sentir, há grandes diferenças.
Há quem se veja todos os dias e não nos faz sentir absolutamente nada.
Há quem se veja, uma vez no ano, e todos os dias apenas de pensarmos nessas pessoas, tudo se remexe por dentro.
A simples existência de alguém é algo muito belo e que nos transcende de certa maneira.
As horas com vocês deviam esticar. . .

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