domingo, 21 de junho de 2009

Visita S.O











Acabei de chegar da visita do 12h, nos cuidados intensivos.

Entra 1 pessoa, durante 1h, que nos é roubada pelos 15 minutos que levam a organizar a visita e pelos outros 15r minutos que nos mandam sair mais cedo.Logo, são 30 minutos, que temos.

Em 30 minutos, falei com ele, dei-lhe uma sopa e fruta cozida, falei com a médica de banco.

Ele não está nada bem, a infecção voltou em força, a febre, a tensão muito alta...a barriga muito dura, parece prestes a explodir.Perguntei-lhe se a colega que deu alta ao meu Pai,na sexta feira, estava consciente daquilo que fez?Ela encolheu os ombros.Pois é, encolhe-se os ombros e ninguém se responsabiliza...andamos aqui todos aos tombos.Não pode ser!

Em 30 minutos, percebi que está novamente assustado.Não é para menos.

Qual de nós, no lugar dele, não sentiria medo?

Medo de morrer, de sofrer.Deve ser tão duro, perceber que o nosso corpo, aquele que nos permitiu viver durante anos, quer finalmente parar para sempre.

O que não pára nunca e se mantém além do tempo, é a memória que se deixa aqueles que se ama, herança eterna, cravada na nossa personalidade, jeito de ser e objectivos.

É isso que já sinto em mim, desde sempre e creio que vou sentir mais...



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