Tell me all about you.
Ultimamente tenho conhecido tanta gente, não sei como...e deparo-me sempre com a mesma coisa, um infindável interrogatório de perguntas, a que não gosto de responder...
Conhecemos alguém e fazem-nos ou fazemos logo as mesmas perguntas de sempre. E fazemo-lo crentes de que só assim conheceremos melhor a pessoa (nem que seja num inútil diálogo de 10 minutos).
Conhecemos alguém e fazem-nos ou fazemos logo as mesmas perguntas de sempre. E fazemo-lo crentes de que só assim conheceremos melhor a pessoa (nem que seja num inútil diálogo de 10 minutos).
As perguntas são as habituais. O nome; a idade; a profissão; onde vives...e no meu caso, perguntam-me sempre coisas sobre o cabelo...e se estive em África recentemente, ahahahha.
Muito excepcionalmente, e quando a empatia é mútua e o permite, passa-se ao segundo nível: música preferida, filme da sua vida, etc.
Acho este diálogos massadores e sem conteúdo. E procuro cortá-los...mas depois, ou passo por antipática ou ficamos sem dizer nada...o que é constrangedor.
A questão é: será que ficamos a saber mais da pessoa por aquilo que ela diz que é ou por aquilo que ela nos diz que gostaria de ser?
A questão é: será que ficamos a saber mais da pessoa por aquilo que ela diz que é ou por aquilo que ela nos diz que gostaria de ser?
A verdade é que aquilo que somos não foi mérito nosso na maior parte das vezes. A nossa vida é, objectivamente, um conjunto de causas, consequências, derrotas, vitórias, obstáculos, desvios, azares, improbabilidades, coincidências.
Raramente é feita de sonhos que gostariamos de realizar. Sendo assim, como podemos definir alguém pela vida que tem? Antes por aquilo que a pessoa gostaria de ser. Os sonhos, as ambições, as lutas, as buscas dizem muito mais daquilo que somos. Ainda que nunca cheguem a acontecer.
"O que gostarias de ser?" será, a partir de agora, a minha primeira pergunta.
E sei que do outro lado, os olhos vão brilhar e o sorriso vai rasgar-se, porque hoje em dia as pessoas não são aquilo que gostariam, mas sim, aquilo que a vida os induziu a ser...sem saberem como.
Isso vai mexer com os seus sonhos e o diálogo não será o mesmo...maçador e desinteressante.
Porque conhecer alguém, é abrir a porta a um mundo, que até então era desconhecido...e a uma infinidade de coisas novas, tanto deste lado, como do outro...
Eu diria mesmo um desafio...que muitas vezes, sabemos que temos de levar até ao fim, ou seja a uma amizade e relação de confiança, outras achamos por bem que fique pelo caminho.
Mesmo que estejamos a cometer um grande erro...
Tenho dito.
2 comentários:
Olá!
Leio-te sempre mas não costumo comentar.
Mas, gostei tanto, mas tanto deste post que não consegui evitar.
É tão ponderado e fez-me pensar em algo que nunca tinha pensado...
O que é que quero ser?
Quero ser mãe...sem nunca deixar de ser uma criança grande!
Um beijinho.
Ah, sou eu...a Pucca - do Algarve!
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Olá minha Pucca...saudades tuas.
Sim tu és uma pessoa linda...vais ser tudo aquilo que desejas , estou certa.Já o és.
Abraço em ti.
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