E quando parte um duende...
Era uma vez...um duende de luzinha vermelha na ponta do nariz!
Um dia ele encontrou uma menina chamada Rita...ficaram amigos e partilharam o seu mundo um com o outro.De forma simples...sem forçar, como surge a amizade.
O duende descobriu que para além do seu mundo, havia ainda muita magia para viver...a menina abriu-lhe o seu mundo, os seus tesouros e os seus amigos, um por um!
E ele com a sua luzinha vermelha, trouxe encanto, a todos esses amigos e aqueceu-lhes um pouco mais a alma...com um calor tão forte, que jamais ninguém pode apagar, que jamais ninguém pode esquecer.
Nem o mais frio dos gelos, nem a maior das distâncias...
Um dia o duende, percebeu que já tinha conseguido fazer amigos...e que já não precisava daquela menina, afinal ela só lhe tinha mostrado tão diferente mundo, teria sido como um guia...e ele queria muito voar sozinho...
E assim, numa grande tristeza cairam os dois, sem se falar...durante largos dias.Tiveram o sabor de uma eternidade.
Enquanto isso o duende continuava a construir pontes e laços no novo mundo que tinha descoberto.E a menina assistia...
Mas ambos sabiam que lhes faltava algo, e que seguir caminho assim não faria qualquer sentido.
Podiam mostrar os caminhos que quisessem um ao outro...mas cada um teria sempre que seguir o seu próprio caminho...nunca deixando de estar no caminho um do outro.
E assim foi.Caminharam juntos...sorriram, festejaram, brindaram, cantaram...choraram quando foi tempo disso.
A luz mantinha-se sempre acesa e aquecia os dias que eram felizes!Tão felizes.
Afinal o duende, tinha ensinado a menina, que nós somos sempre ponte para os outros...para que eles passem, e descubram mais, descubram o nosso mundo.
Alguns esquecem a ponte que os levou ali...outros nunca esquecem e vão sempre passar por ela, seguros de que esse é o melhor caminho e mais seguro.Voltando sempre.
Mas como sabem os Duendes, não ficam parados muito tempo no mesmo local...precisam correr o mundo e levar essa luz, a todos os que encontrarem, nunca perdendo de vista a fogueiras que acenderam nas muitas florestas que visitaram...onde podem sempre voltar um dia, e aquecer-se, caso faça frio, e abraçar os amigos que fizeram...
Assim o duende de luzinha vermelha na ponta do nariz...partiu hoje...ainda o sol não tinha nascido.
Partiu para uma terra de nome Filândia...onde há muita neve e o sol não brilha muitas horas.Ele precisa levar lá o seu calor...e acender por onde for, fogueiras e mais fogueiras...que o aqueçam a ele e o mundo inteiro, se for preciso.
A menina ficou a vê-lo partir, sorrindo...sabendo que será feliz assim.
E um dia voltará...para contar as suas histórias...e acender fogueiras.
O mundo espera-te...e nós a ti.
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