quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Dias para me despedir...












A razão e a emoção a chocarem a emplodirem.


Ela, não poderia nunca perceber aquelas lágrimas.


Há coisas que são indizivéis.


Ele, nunca lhe podeira explicar que lágrimas, eram apenas o resultado de uma complexa mistura de sentimentos.Mas talvez o que mais o assustava não fosse a despedida...mas a incerteza dos minutos seguintes.


As despedidas matam sem sequer matar.


Ela não poderia nunca perceber as lágrimas que caiam da sua cara.
Ele tão pouco poderia explicar, também as suas.Não lhe poderia dizer que chorava por, uma vez mais, não poder adiar o sonho de ficar.Porque para isso teria que dizer que queria ficar para sempre.Com ela.E isso não era a verdade.


Porque num determinado momento da vida se conhece aquela pessoa, e que nesse preciso instante se sabe que se vai ficar com aquela pessoa para sempre, um dia de cada vez, dentro do peito seguramente.E que ela passa a estar presente nos mais pequenos promenores e até no ar que respiramos.
Porque ficar não era o caminho certo.Pelo menos o dele.
O caminho certo seria sempre partir e descobrir, respirar...e ela sabia isso.Mas não podia impedir que as lágrimas saissem.
Porque há duas palavras com efeitos estranhos.Sempre.Nunca.
O para sempre assusta, mas o nunca também assusta...mais ainda, eu creio.
Ele queria partir, embora lhe doesse deixar tanto para trás...e estava feliz, apesar de deixar escapar essas lágrimas que lavam e marcam ao mesmo tempo...

E ela...

Ela queria que ele fosse feliz...somente.


Porque a presença de alguém, jamais será a de um corpo...mas sobretudo a de um espirito, a de uma essência única, impossivel de apagar.
Aguarda-o pacientemente, vivendo, respirando, viajando...e ele, estará sempre lá.Bem perto.

E ele talvez assim numa metade...
Ela inteira.

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