domingo, 22 de abril de 2007


Dedicado a uma qualquer noite em que me resgataste, para a outra

margem...






Gosto de ti como quem gosta do sábado,

Gosto de ti como quem abraça o fogo,

Gosto de ti como quem vence o espaço,

Como quem abre o regaço,

Como quem salta o vazio,








Um barco aporta no rio,

Um homem morre no esforço,

Sete colinas no dorso

E uma cidade p’ra mim.






Gosto de ti como quem mata o degredo,

Gosto de ti como quem finta o futuro,

Gosto de ti como quem diz não ter medo,

Como quem mente em segredo,

Como quem baila na estrada,

Vestido feito de nada,

As mãos fartas do corpo,

Um beijo louco no porto

E uma cidade p’ra ti.








Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.

Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.









Gosto de ti como uma estrela no dia,

Gosto de ti quando uma nuvem começa,

Gosto de ti quando o teu corpo pedia,

Quando nas mãos me ardia,

Como silêncio na guerra,

Beijos de luz e de terra,

E num passado imperfeito,

Um fogo farto no peito

E um mundo longe de nós.









Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.

Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.







*Pedro Abrunhosa (2007)

2 comentários:

Fernando disse...

Gosto (muito) de ti...Simplesmente!
:-)

Anónimo disse...

Há uma saudade especial que me invade quando leio o teu blog. Uma vontade enorme de estar a teu lado, sentir o teu perfume, os teus gestos, de me sentir na tua presença. É incrivel como Deus nos põe pessoas no nosso caminho. Tu transformaste-me tanto! Tenho saudades tuas enfim! Gosto de ti como quem gosta do sábado também...(porque eu tenho pcos sabados SABADOS! normalmente levanto.m mais cedo ao sabado que durante a semana!)
Um beijo especial com cheiro a relva, a rio, com som do ar, estrelas, luzes, pirilampos e frescura de mar!