A sós...no meu quarto.
E o que pode haver de melhor do que chegar a casa, descalçar-me, respirar fundo, colocar música , encher o meu quarto de vida...de mim, das minhas coisas espalhadas, de correr para um banho quente, de esquecer por momentos tudo.
Existo apenas eu e o meu mundo.
Pode soar a egoismo, mas todos, sem excepção precisamos do nosso espaço, só nosso.
É ai que me espera a cadeira e o teclado, onde dou asas a cada sentimento, e o torno "público", de certa maneira.
Acendo uma vela, encosto-me um pouco nos almofadões, e repouso nem que sejam uns simples 10 minutos.Penso.
Dou comigo a sorrir, ou a querer deixar cair a lágrima (raramente, mas também acontece).
Gosto deste momento do dia, sinto o meu coração a trabalhar a todo o vapor...sim á moda antiga, ele não é uma máquina moderna, que não faz fumo...é como aqueles comboios antigos, com chaminé, atravessando as mais diversas paisagens e lugares...
É nessa altura que me passam diante dos olhos imagens do dia que findou...sensações, visões que me agradaram ou não.Palavras soltas ditas por quem nem conheço, mas que me marcaram.Imagens...cheiros.
Ou então algo que esteja por aqui á algum tempo para ser dito...
Desde cedo comecei a escrever...adorava.
Ainda longe da era dos blogs...e internets, eu escrevia em livros que me eram oferecidos, em branco, de 1001 fantasias na capa...que preenchi com as minhas histórias.Olhares sobre o mundo.
As vezes pego neles e releio...e penso como era possivel que com 13 e 14 anos pudesse escrever tanto?E o que escrevia.
Eram os olhitos da alma, já a trabalhar.
Hoje fico por aqui...neste recanto que me conhece como nenhum outro.
Onde me deito e adormeço tranquila, feliz por mais um dia que se aproxima.
Gosto assim,muito.
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