quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Pudesse eu escolher um final feliz...

Há a altura em que se conhece e se cria uma empatia.
Depois, gosta-se. E começa-se a gostar cada vez mais, aos pouquinhos.
A cada dia se nota a diferença. Um dia percebe-se que já não se vê a pessoa da mesma maneira. É paixão.
E a paixão aguça os sentidos. E os sentidos ganham vida própria e buscam incessantemente a satisfação dos seus desejos.
E o tempo passa... E gosta-se cada vez mais.
Já não chega saciar os sentidos. Agora o coração bate ainda mais depressa, vêm as saudades, sonha-se com o futuro. Lado a lado.
É então que se descobre o inevitável: o amor, ama-se alguém! Irreversivelmente.
Final 1: Depois, para grande mágoa, vem o fogo e lavra tudo o que foi construído até ao momento.
Final 2: Um dia, adormece-se e acorda-se junto à outra pessoa, e isto torna-se habitual, dia após dia após dia... Até ao fim dos tempos...mas durante esses tempos é assim que eu sonho viver:
Ela dançava por entre os laços da alegria. Ele olhava-a do alto do seu baloiço de corda. Ela sorria para ele e salpicava-o de desejo. Ele enterrava as suas mãos nos cabelos dela enquanto a puxava para si. Ela tinha a boca suja de chocolate. Ele usava as pontas dos dedos para escrever na janela embaciada. Ela pedia para ele lhe segurar a cintura. Ele pedia para ela lhe cantar ao ouvido. Ela pintava retratos. Ele cozinhava. Ela cobria-o de beijos. Ele cobria-a de beijos.
Eles eram felizes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Rita escreves muito bem :) Venho todos os dias ler-te. Gostei muito de como te expressaste hoje.
Parece que a noite se prolonga e das 5 da matina vão crescendo as horas e desejando que tenhas "aquela" coragem :)
Um abracito