segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Recortes de um Inverno que se anuncia.







































Foram dias de celebrar.Muitos aniversários.Muitos abraços e desejos sinceros de que as pessoas que amo, permaneçam na minha vida para Sempre.

Tenho bebido do sol de Inverno desmedidamente.

Descomplico e deixo ir. Simplifico e abraço o fim. Acredito que há princípios que começam com outros fins e que vale a pena ouvir o sussurro tímido do coração quando nos diz para seguir em frente. Mesmo com medo, ir.
Acredito que ser simples custa mais do que tudo o resto. Custa tudo o que temos. Mas essa busca da simplicidade, que implica fechar tantas portas, outras tantas janelas que só trazem para a nossa vida correntes de ar, faz-nos redescobrir a coragem que temos, e que muitas vezes é apenas fazer o caminho de volta para o nosso próprio coração.
E descubro que a (minha) serenidade é sentir que a vida cabe no instante presente. E que consigo fruir no conforto de não sentir falta de nada.

Volto a esta música sem compreender muito bem porquê. O Verão há muito que acabou mas é como se ainda estendesse os seus braços sobre mim. E ontem subia a rua à pressa, já a noite ia longa e apertava o casaco porque o Verão foge sempre antes de eu conseguir fechar os meus olhos.

Estou cansada mas tão eufórica, perco as preocupações no caminho, danço sem me envergonhar, passeio-me entre fantasmas que já fiz desaparecer. Já não tenho medo nem sequer dúvidas, aceito o Mundo inteiro sem perguntar porquê, sei que me vou levantar da próxima vez que cair.Sorrio tantas vezes sem saber porquê, limito-me a dançar, e o Mundo naquele momento é perfeito.

O Verão fez-se para isto. Para sentir o coração a palpitar, para sorrisos inconsequentes, para nos entregarmos sem medo nem hesitação, para ser livre. As folhas já quase todas caíram, é o Outono a fazer-se notar, chamando o Inverno. 
Mas eu tenho Verão cá dentro e tudo em mim é feito desse calor.



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