quarta-feira, 7 de maio de 2014

In Love with Lisbon.




























Quatro anos depois da minha Passagem pela Transilvânia, em plena zona Húngara da Roménia, o abraço foi igual. Onde hoje estavam 10 cm de neve.E aqui um sol abrasador.Depois de caminhar e comer um pastel de nata e um café,enfiá-mo-nos num eléctrico, misturando-nos com a gigante vaga de turistas e subimos até ao Castelo. Turistas por todos os lados, em grupos ou casais, de tuk tuk ou segway, magotes de turistas na Praça do Comércio rendidos à sua grandiosidade ou na Ribeira das Naus absorvendo o magnífico Sol de Lisboa. Ora não tivessem chegado hoje 6 cruzeiros, assim de enfiada.18.500 turistas, eram eles, contra duas.Depois de respirarmos fundo no elevador de Santa Justa, andamos tudo a pé: Portas do Sol, miradouro de Santa Luzia, Sé, Baixa. Já cheirava a sardinha, já se viam sacos de caracóis nas montras, e se ouvia fado, os turistas compravam garrafas de água e chapéus de palha.
Apreciando o presente, falando do passado e aspirando o futuro, enquanto víamos as modas passar. Acabámos a noite na Pensão do Amor, a beber um copo de Porto e já passava da meia noite quando voltámos a entrar em casa. O nível de saudades do que vivi, por terras da Roménia, tinha já baixado consideravelmente.

E agora são quase 3 da manhã e eu espero pelo despertador, não vá a rapariga perder o avião. 
Lentamente espero que se faça dia ou que o despertador toque e penso, e escrevo, que estas pontes pelo mundo, perduram.E isso acontece porque se deixam marcas nas pessoas, para sempre.Acredito tanto nisto.

 A Annamaria estar aqui é como entrar para dentro de um episódio dos meus dias na Roménia e é uma sensação muito boa, esta de dizer de novo palavras noutra língua que já dominei.Perceber que as coisas mudaram para melhor em certos pontos.Outros nada.Mas eu dei a minha parte.Ficou.

Agora segue para os Açores duas semanas, encontrar outra amiga nossa que vive por ali.Apaixonam-se pelo nosso Portugal...e como não?Se até eu, feita turista me senti in Love com esta luz e cor...e nada me cansa.

Sei que a paragem vai ser brusca, já já a seguir, mas terei tantas memorias em mim, que basta fechar os olhos e sorrir,o tempo vai passar mais depressa.

Agora se faz favor, (que ela já ressona) quero uns pés novos e que me acalmem o escaldão da testa, do nariz e do peito.
Só fica mesmo o do coração, mas esse parece-me que é permanente.E como queima...


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