sexta-feira, 13 de abril de 2012

Páscoa


















Passar a Páscoa, com a família que nos foi confiada...ou que não escolhemos, é um desafio.
Muitas das minhas Páscoas, foram passadas em Taizé ou no Telhal.Em serviço.
Aqui não é diferente, estou em serviço.
Foi uma Páscoa, sofrida, pela forçosa tomada de decisões.Pelas obrigações que isso implicou.
Mas também foi uma cruz que tenho vindo a carregar,que de certa forma terminou.
A nossa cruz interior, e todos carregamos uma, essa é algo que nos acompanha pela vida fora.
Ás vezes encontramos alguém que nos ajuda a levar essa cruz, caminhando ao nosso lado, outras vezes, alguém que ainda nos coloca mais peso em cima, outros ficam indiferentes...há de tudo.
Engraçado é pensar, que neste local, tudo o que viemos fazer, foi AJUDAR.
Estamos aqui para ajudar, tudo e todos, o máximo que pudermos.E se não começamos por ajudar o que está ao nosso lado, não poderemos ajudar mais ninguém.
Mas é legitimo que nos queiramos ajudar a nós mesmos.Há um trabalho e caminho pessoais, que só nós podemos fazer.É certo.Mas estender a mão e dizer, "não sou capaz sozinho", é mais que normal e humano.
Eu iniciei o meu.
Vivo-o a cada dia,com altos e baixos.Mas ainda assim, com todos os baixos é um caminho do qual me orgulho.
Porque mal ou bem, procurei sempre ser melhor, onde e com o que tinha.Ás vezes pouco, muito pouco.
Foi a primeira Páscoa em que me senti longe.longe,longe e com imensas saudades de casa, de Taizé, do Telhal e de toda a alegria genuína que já vivi...e experimentei.Embora o sorriso estivesse lá, o desejo era o de silêncio e um abraço  firme de quem em conhece bem.E culminar com aquela alegria única...própria deste tempo.
Vale a ressureição de cada dia, feita junto dos meus Konguitos...esses que me renovam constantemente.
E as memórias doces, tão doces de Páscoas profundas.
Se esta o foi, deve-se ao local onde aconteceu, que tanto me diz.

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