Dia do Pai.
Habituei-me a que todos os dias dos últimos anos, fossem dias do Pai.Todos os dias foram dele, para ele, por ele, com ele.
Assim que percebi, que a sua vida se ia esvair em menos de nada, que todos os momentos passaram a ser PAI.
Tenho saudades...principalmente de nos rirmos juntos,de dizermos parvoíces e comentar a actualidade,de divagar.Ele ouvia atento os meus sonhos, entendia os meus anseios, caminhos, escolhas.Como ninguém.Sem dizer muito.Sem grandes monólogos.Na sua paz incomparável e que ainda perdura.
Está sempre comigo.Olho a sua fotografia, na parede deste quarto, quando me deito e me levanto, para mais um dia de serviço.Como ele sempre fez.Servir.Á sua semelhança.Querendo ser como ele, alguém de coração aberto aos outros...alguém que sabe sorrir, agir, acolher,mas ser justo também.Verdadeiro.
Era uma pessoa limpa, sem mancha de falsidade ou interesse.Era uma pessoa ás claras.Antevia as coisas, precavia-se para o que por aí vinha.Tinha sempre um mimo, para quem chegava, ou quando ele chegava.Tinha a meiguice e a brandura de uma mãe.Tinha o sexto sentido.Tinha a sensibilidade.
A perspicácia.O amor necessário a um Pai.Bem do seu jeito.Era preciso ler tudo isso,nos gestos, nas palavras,nas pequenas coisas.Essas que valem sempre mais.Que marcam sempre mais.
Saudades,sim, daquelas que não se calam no peito.Daquelas que fazem sorrir, quando vejo um Pai, com um pequenino ao colo e me sinto eternamente feliz e grata, por ter recebido todo o amor do mundo.Ter tido um Pai "gordano", como lhe chamava...que me deu a vida.Uma vida que estou a viver da melhor forma que posso e sei, com os ensinamentos que me deu e que os meus olhos captaram.
E ele estará muito feliz, de onde estiver...seguindo e protegendo cada passo meu.
Obrigado Pai.
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