Jonathan in Lisbon!

Receber um amigo é sempre um enorme prazer.Adoro receber amigos, estar com eles, partilhar com eles a minha vida, realidade, simplicidade.O meu mundo é simples e eu abro-o tal como ele é.Claro que há várias maneiras de o receber.Alguns amigos deixam-nos perceber tão bem o que vão sentido, outros guardam mais para si, esta experiência que é passar uns dias em Lisboa.
Mas todos eles, se deixam encantar por esta luz...por esta Lisboa, castiça e única.Venham de que ponto do globo for.
O Jonathan é Americano, vive e trabalha em Moçambique como eu, há mais de um ano.Também há mais de um ano, que não via os pais.Acabaram de se encontrar por estes dias, aqui em Portugal.
Admiro a vontade que tinha de conhecer este pequeno País, a forma como usa a nossa língua e entra subtilmente nesta cultura.
Para mim foram dias para redescobrir a minha cidade, voltar aos locais que tão bem conheço.Demos uma grande volta a Lisboa...Arrábida, Sesimbra.Tivemos muita sorte com estes dias de Inverno solarengos e azuis.Nunca deixo de aprender coisas sobre Lisboa, de cada vez que a revisito.
Por ver ficou muito pouco.Alguns amigos tiveram a sorte de o conhecer e perceber a sua boa energia, a calma e a paz que transmite, com o seu sorriso sereno.
Aliás todos os amigos nos receberam tão carinhosamente bem.Fazem-me sentir cada vez mais a enorme família que fui cultivando.
Acho que ficou a conhecer uma boa parte da cultura Portuguesa...na sua mais profunda expressão.
Há muita coisa que como turistas, nos passam ao lado.É bom quando há alguém que nos explica, elucida, faz sentir o verdadeiro sentido de um povo.Mas não sei até que ponto é bom estar sozinho e descobrir por si...
Foi uma semana non stop, cansativa, pois andei mais do que devia a pé...e os dias no Telhal foram também intensos e com poucas horas de sono.Mas recordo estes dias com um bom feeling...e com tudo a fluir no tempo certo.Não preciso de muito, para ser feliz...ás vezes o próprio silêncio, acompanhado por um bom raio de sol, são o mais que suficiente, para me sentir no céu.
Fica o sabor do café, o cheiro a rio, a castanhas assadas, o fado a soar nas ruas da baixa, o sol a queimar-me a pele em pleno inverno,o vento na parte de cima do yellow bus...e uma mão cheia de pensamentos que Lisboa nos desperta.
Sinto-me imensamente feliz, por ter sido no meu País a ponte, para o Jonathan e a sua família se reencontrarem.
Este tempo é inteiramente deles.
Dei o meu melhor...mas parece que fica sempre uma leve sensação de que nunca chega.
Há sempre algo que poderíamos ter feito melhor ou mudado.
Agora, voltamos a ver-nos com alguns dias de diferença, longe daqui, em Moçambique.