domingo, 23 de outubro de 2011

Despedida da Ana Rita com,Brasil,USA,Colômbia,Portugal,Moçambique, Zimbabwe...


































A Ana Rita, partiu, faz alguns dias.
Fomos vizinhas, durante pouco tempo, mas acho que o soubemos aproveitar.
O projecto dos médicos sem fronteiras está a terminar no final de Novembro e aos poucos começam todos a partir.
A Ana Rita,é engenheira civil e já percorreu muitos continentes,estudando, viajando ou em trabalho.Viveu um ano e meio da Suazilândia, esteve um ano aqui em Moçambique e agora prepara-se para uma grande volta á Ásia em bicicleta.É uma aventureira, capaz de andar 50 km num dia, sem ficar com uma bolha.Tem um bom feeling, que possível sentir á distância.É  uma pessoa interessante, com quem se pode debater qualquer tema.É sobretudo uma pessoa de coração aberto...e sem stress algum.
Através da Rita, conheci imensas pessoas de quem gosto muito e que têm feito parte da minha vida social aqui em Lichinga e creio que algumas vão ficar para a vida.É bom quando nos damos com pessoas que têm bem mais do que segundas intenções para connosco.

(E esse tipo de comportamento aqui é frequente.Principalmente no povo Moçambicano.Quando se aproximam e nós, alguma coisa querem.Nem sempre,mas regra geral.Entendem mal as coisas.Ás vezes pergunto-me se saberão o que significa amizade, assim, pura e simples, sem ter que se dar nada em troca?)

A festa seguiu com sabores de vários pontos do planeta, com música e cantorias á volta de uma fogueira, que é como sabe melhor.Foi uma noite calma e nem sempre uma festa tem que ser de arromba, é preciso saber estar, permanecer, aproveitar a companhia de quem está quase de partida.
Deixar a música tomar conta de nós e ouvir o lume a estalar...debaixo de um céu e de uma lua perfeita.
Entre uma e outra conversa, vai-se aprendendo sobre os outros, sobre o mundo e até sobre nós mesmos.Conferindo que somos as mesmas pessoas, genuínas seja em que ponto do globo for.
Vou ter muitas saudades da Rita e destes momentos em casa dela.Parte da equipa continua cá, mas a Rita era a Portuguesa da casa e isso era sem dúvida uma ponte.
Mas neste ano e meio fora do meu País, já aprendi que é mesmo assim, as pessoas entram na nossa vida e aquelas que ficam, nunca mais as tiramos de nós.Mesmo que nunca mais as reencontremos.
As memórias fazem uma vida valer a pena.

Obrigado Rita!E boa viagem.

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