Nunca gostei de despedidas.
E já tive que me despedir vezes sem conta.Nos mais diversos locais e situações.Recordo-me que há muitos anos, era um drama, chorava sempre, despedia-me antecipadamente de cada detalhe...local, pedra, riacho, montanha, mas sobretudo pessoas.Essas sempre me marcaram vincadamente.
Mas sei,no entanto, que é quando nos despedimos de alguém, que por vezes dizemos com mais emoção e veracidade o que sentimos e podemos perceber muito do que sentem.
Há uma urgência de dizer, o que até ali foi guardado.
Deixamos até escapar o que pensamos nunca poder vir a demonstrar.
Há certos momentos, em que consigo sentir, que o adeus será por muito tempo ou mesmo para sempre, ainda que não o possa dizer, mas que por certo, não trará esquecimento ou abandono.
Há pessoas que nos marcam até ao fundo da alma e nem disseram assim tanto, apenas estiveram.E estar, é algo que pouca gente sabe fazer, sem forçar.Apenas olharam para nós, mas acontece que nos viram, que nos leram, que nos compreenderam de tal forma, que é como se tivessem o mapa até á nossa alma.E vice versa.Tenho tantos amigos assim, que nasceram desta transparência.
E isto para mim é tão límpido, como uma noite destas aqui em África, quando falta a luz e o céu fica a descoberto...em que conseguimos ver caminhos, imaginar e reconhecer outras tantas formas, sonhar com o futuro, mas sobretudo é o sentimento de encantamento por aquilo que nos transcende e sabemos ser maravilhosamente longínquo e profundo.E então ficamos ali, apenas a admirar, debaixo de um silêncio divino, que nos vai habitar para sempre, que queremos guardar de alguma forma.
Basta que nos lembremos, de como era, o sorriso, o olhar, a voz, a palavra, o significado, o gesto, o calor,o brilho, o abraço e sobretudo a ansiedade de esperar por alguém que se gosta e com quem se quer estar.Isto lembra-me o principezinho...que começava a ser feliz, muito antes do encontro acontecer.
Não é preciso mais nada,apenas uma boa memória, daquelas que se aquietam para sempre, mas existem...ou das que irão acordar algum dia, para dar continuidade a uma história que merece um desfecho coerente e concreto.
E só existem estes dois caminhos...quando deixamos em aberto, uma despedida.
Porque afinal, não podemos dizer que é para sempre, mas também não podemos garantir que voltará a ser um toque,suave, terno,doce...
Mas ainda assim, acredito que depende de nós...escolher o adeus pesado, cerrado, duro ou uma memória viva, que a qualquer momento pode ganhar nova vida,e por isso, asas que a permitam continuar a voar!
Esta despedida deixou-me a pensar e mais que isso, abanou-me.As pessoas mudam e alteram-se progressivamente aos nossos olhos.
Recuso-me a dizer adeus e encho o peito de ar e rasgo um sorriso subtil que traduz uma enorme paz.
É isso que fica.
E já tive que me despedir vezes sem conta.Nos mais diversos locais e situações.Recordo-me que há muitos anos, era um drama, chorava sempre, despedia-me antecipadamente de cada detalhe...local, pedra, riacho, montanha, mas sobretudo pessoas.Essas sempre me marcaram vincadamente.
Mas sei,no entanto, que é quando nos despedimos de alguém, que por vezes dizemos com mais emoção e veracidade o que sentimos e podemos perceber muito do que sentem.
Há uma urgência de dizer, o que até ali foi guardado.
Deixamos até escapar o que pensamos nunca poder vir a demonstrar.
Há certos momentos, em que consigo sentir, que o adeus será por muito tempo ou mesmo para sempre, ainda que não o possa dizer, mas que por certo, não trará esquecimento ou abandono.
Há pessoas que nos marcam até ao fundo da alma e nem disseram assim tanto, apenas estiveram.E estar, é algo que pouca gente sabe fazer, sem forçar.Apenas olharam para nós, mas acontece que nos viram, que nos leram, que nos compreenderam de tal forma, que é como se tivessem o mapa até á nossa alma.E vice versa.Tenho tantos amigos assim, que nasceram desta transparência.
E isto para mim é tão límpido, como uma noite destas aqui em África, quando falta a luz e o céu fica a descoberto...em que conseguimos ver caminhos, imaginar e reconhecer outras tantas formas, sonhar com o futuro, mas sobretudo é o sentimento de encantamento por aquilo que nos transcende e sabemos ser maravilhosamente longínquo e profundo.E então ficamos ali, apenas a admirar, debaixo de um silêncio divino, que nos vai habitar para sempre, que queremos guardar de alguma forma.
Basta que nos lembremos, de como era, o sorriso, o olhar, a voz, a palavra, o significado, o gesto, o calor,o brilho, o abraço e sobretudo a ansiedade de esperar por alguém que se gosta e com quem se quer estar.Isto lembra-me o principezinho...que começava a ser feliz, muito antes do encontro acontecer.
Não é preciso mais nada,apenas uma boa memória, daquelas que se aquietam para sempre, mas existem...ou das que irão acordar algum dia, para dar continuidade a uma história que merece um desfecho coerente e concreto.
E só existem estes dois caminhos...quando deixamos em aberto, uma despedida.
Porque afinal, não podemos dizer que é para sempre, mas também não podemos garantir que voltará a ser um toque,suave, terno,doce...
Mas ainda assim, acredito que depende de nós...escolher o adeus pesado, cerrado, duro ou uma memória viva, que a qualquer momento pode ganhar nova vida,e por isso, asas que a permitam continuar a voar!
Esta despedida deixou-me a pensar e mais que isso, abanou-me.As pessoas mudam e alteram-se progressivamente aos nossos olhos.
Recuso-me a dizer adeus e encho o peito de ar e rasgo um sorriso subtil que traduz uma enorme paz.
É isso que fica.
1 comentário:
tenho adorado o blog... mae Ines,
beijinhos tudo de bom
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