domingo, 5 de dezembro de 2010

Kent Park







Acordei cedo, com vontade de sol.Lavei roupa, tomei o pequeno almoço, que ao fim de semana se estende até ás 11h, fiz 1h de ginásio e saltei para o banho.Li mais um capitulo do meu livro e ás 13h30 saí, finalmente.Uns amenos 17º fazem os dias de Ankara, enquanto todos gelam pela Europa fora.Não entendo?
Hoje conheci um local novo.É certo que é um centro comercial, como aliás não faltam por aqui.
Este é enorme, e as minhas noções de grande, começam a aumentar.Qual Dolce Vita Tejo...tudo é grandeeee aqui.Mas muito grande, com tantas pessoas, que chego a pensar onde se metem tantas pessoas numa cidade?
Fui com o Yusuf, um dos elementos da nossa equipa de projecto, que durante esta tarde, me explicou imensas coisas sobre esta cultura, cidade, País.Estivemos imenso tempo á conversa, demos voltas e mais voltas.Vimos a cidade anoitecer.O Yusuf, como todas as pessoas que tenho conhecido aqui, tem uma vida ocupada e preenchida.Pretende entrar no Banco Nacional da Turquia para trabalhar, para isso tem que acabar o Mestrado.Joga futebol profissional e ainda arranja tempo para o projecto, como está com outros projectos em mãos.É ele que nos tem ajudado a escrever projectos e nos torna as tardes de 5º feira no escritório mais animadas.É ambicioso no entanto.
Hoje, mesmo na véspera de um jogo importante amanhã de manhã, passou a tarde toda comigo e foi animado, discutir com ele diferenças culturais, regras sociais.Ainda para mais, conhece bem a realidade da Roménia, e os locais onde eu estive por lá.Tivemos oportunidade de partilhar aspectos mais pessoais e é engraçado ver como pensa um rapaz de 26 anos, na Turquia em relação a tanta coisa.Há muitas diferenças.
(Ele mora num 15º andar de 25 andares e eu num 3º que é o último.)O que é isso?Entre tantas outras coisas.
É também num centro desta dimensão onde tantas pessoas se cruzam, que vou percebendo o estilo de vida, dos Turcos, como brincam as crianças num espaço destes e sinto-me em plena Europa, não fossem os lenços na cabeça e os corpos tapados, os tons de pele morenos e os cheiros de especiarias na comida.
Os sinais de Ano novo (não posso dizer de Natal, porque aqui não o são), estão por todo o lado.Quando cheguei ao Kent Park e vi uma árvore gigante na porta, pensei logo em Natal, mas não, é mesmo ano novo!
No fundo nenhum desses sinais exteriores de festa me fazem sentir mais perto do meu País, ou das minhas tradiçoes.Há muito que as dispenso...e que nada me dizem.Gosto de as ver, mas não fazem de certo o meu Natal.
Este então promete ser bem diferente e com luzinhas bem acezas sim, dentro, bem dentro de mim.
Uma por cada um dos que amo.
Imaginem então, quantas luzes não se acendem por aqui?

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