domingo, 21 de fevereiro de 2010

Trofa




(Ontem na Trofa, O tigao, a Sara,eu,a Ana Rita e o Paulo, faltam a Zélia e a Marta, chegaram depois)






Os últimos dois dias, foram intensos e cheios de diferentes emoções.
Se por um lado, fiz de tudo, para não me lembrar do que aconteceu, (o que é impossivel), e corro para todos os lados e quero abraçar e ser abraçada por quem gosto,por outro, quando páro e penso sériamente caio numa melancolia recheada de saudade e aí as lágrimas caem, sem que as impeça.Só eu sei, o quanto custa não conseguir parar as imagens que se repetem na minha cabeça.Imagens recentes e que me vão marcar para o resto da vida...imagens lindas, do meu Pai, da sua alegria, mas também imagens de um sofrimento que não posso esquecer, porque assisti a ele  muitas vezes sem poder fazer quase nada para o impedir.
Eu sei, que o meu pai está bem, mas eu ainda não estou.Nem sei quando vou ficar.Será esta a sorte de quem fica.
Sei que durante muito tempo, em todas as palavras que disser, escrever, o meu Pai, vai estar.Nem quero que não esteja.Quero fazer dele, memória bem viva e bonita.Prefiro falar dele do que pensar nele sozinha.Porque quando falo dele,me brilham os olhos e sorrio e porque quando penso nele a sós, choro.
E eu também sei, que é este o tempo para chorar...tudo o que houver para chorar.
Mas sei que nestes momentos a alegria e a tristeza andam a par e passo.E se acho que estou a fazer o que está certo, ás vezes fico na dúvida.Mas cada um vive a dor á sua maneira.
Tenho sido muito feliz aqui, nos reencontros, partilha, naquilo que me sabe bem dizer do meu Pai.Mas principalmente no Acolhimento.
Foi assim, com todos os amigos.O que sabe bem recordar o que vivemos e escrever mais páginas sobre a nossa história.
Na sexta fui para a Trofa.E lá voltámos a ser crianças, dormimos todos juntos para nos aquecermos de alma, rimos pela madrugada fora, cantámos, comemos pão e miniaturas quentes, falámos á norte, apanhámos chuva e trocámos força.O mais importante.
Vim embora na manhã clara, a beber um sol que me tocava a cara, pelas ruas de Ermesinde com uma caixa de miniaturas na mão...e tanto mais para contar no coração.
É bom, sentir que por onde quer que vamos, temos amigos.E eu sou um desses casos.
Amigos, que apesar da distância física, se encontram tão perto que nos fazem sentir que vale a pena  nem que seja por umas horas, estarmos juntos.
E saber que podemos voltar, uma e outra e outra vez.
Amanhã, partimos daqui,nos planos estão apenas, Vila Nova de Cerveira,depois seguimos para o Gerês 2 dias,ficamos na caso do Paulinho,em Caldelas que vem de Lisboa só para estar connosco,vai ser tão bom estar com duas pessoas que amo tanto. E depois seguimos para norte...talvez Astúrias.porque não conhecemos e o que queremos mesmo é ficar longe e respirar novo ar.

...Onde Deus me levar.

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